Insano

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Olá meus amores, como vocês estão? Esse vai ser um pedido breve. Me parece que as leituras dos capítulos estão uma montanha russa, então eu só queria pedir que vocês dessem uma revisada rápida, porque talvez alguém tenha pulado algum capítulo, e isso pode gerar alguma dúvida lá na frente de "Como eu fui disso pra isso?" por causa de um único capítulo não lido. É apenas isso, obrigado por cada comentário e atenção. Boa leitura!
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 Era sexta feira. Poderia ser um dia tranquilo, como as sextas anteriores. Mas, nesse mesmo dia, Simon já teria cogitado cometer pelo menos 7 crimes diferentes, e tudo porque sua cabeça não suportava uma sequer informação a mais. Não cabia mais, porque ele estava completamente ocupado pensando em por qual motivo sua irmã esteve se envolvendo com a pessoa que acabou com a sua vida. Como se Simon fosse o brinquedo mais inútil fora da caixa de brinquedos.

- Simon. Sou eu. - Ele fala, abafado por causa do cansaço ao correr uma velocidade que ele nem sabia que poderia ser alcançavel, apenas para chegar no dormitório do seu cacheado o mais rápido que pudesse. Então, Hailey abre a porta, dando passagem para que Wilhelm entrasse e ela enfim pudesse deixar Simon "só". Ela agradece pelo príncipe ter vindo, e vai embora.

 Ele não queria falar algo, não mesmo. Agora ele só via em Simon o quão frágil e vulnerável ele poderia ser, e o quanto vê-lo daquele jeito era doloroso. Era como no dia em que Wilhelm deu a entrevista, e mentiu, logo em seguida se dirigindo até Simon para agir como se aquilo não fosse afetar em algo, mas ia, e Simon estava tão mal quanto naquele dia. Estava tão mal quanto naquele MALDITO dia.
 Seu corpo tremia, e ele parecia não conseguir controlar seus movimentos, ou fosse capaz de formular uma palavra para ser dita. Então, Wilhelm o abraçou, e segurou firme o peso de Simon, ele mesmo não econestdando conta de se equilibrar sozinho. Parecia paralisado, preso num tempo fora do habitual, e Wilhelm só pôde fazer isso, abraçá-lo, e ignorar quantos minutos fossem necessários até que Simon se sentisse vivo outra vez.
Até que Simon o completou de volta, mesmo que não tivesse de onde tirar forças para aquilo, ele tentou. E depois ele deitou, ele fechou os olhos e respirou fundo, ele pensou, ele sentiu.

- Pode ficar aqui comigo, até que eu pegue no sono? - Ele falou, com uma voz embargada de tristeza. Seu carisma tinha sido afogado em mágoas, e qualquer coisa que ele conseguisse dizer em seguida, poderia afogá-lo um pouco mais. Ele poderia se afogar outra vez em quais fossem palavras rasas e sentimentos densos.

 Wilhelm o encarou, vendo que mesmo de olhos fechados, pálido, trêmulo e vazio, Simon seria sempre e para sempre a sua maior conquista. E ele se orgulharia disso mesmo em momentos como esse, então observaria cada segundo passar ao lado de Simon, até que ele se sentisse sã outra vez. Nem que fosse uma outra última única vez.
 As vezes eles não precisavam estar em sintonia, mas apenas juntos, apenas rasos. Demonstrações de respeito também fazem parte de um relacionamento e, agora, o que quer que eles tinham moldado juntos, provaria um ao outro que se fossem necessários mais dias ruins como esse, somente para que eles fossem aí capaz de se reconstruírem novamente, eles o viveria até o último segundo lamentável. Plausível.

Hora de voltar para o palácio e encarar um mundo totalmente oposto do que Wilhelm realmente desejava encarar. E poderia piorar, porque ele não tinha escolha, mesmo torcendo na ideia de passar mais um dia - e, se necessário, outros mil "mais um dia" - abraçado com Simon. Ele queria ficar da maneira em que estava nesse exato momento, deitado na cama do cacheado com o mesmo em seus braços, aninhado. Então, ele o encarou enquanto dormia. Ele parecia tão bem, porque nesse exato momento poderia não estar pensando nas coisas ruins que o tirou um pedaço do sono durante a noite. Agora ele estava simplesmente insensível, protegido.
Se Wilhelm pudesse dá-lo de volta uma realidade inteiramente boa, ele o daria. Tudo para ver Simon bem, e vê-lo sorrir da maneira que só ele sorria. E vê-lo falar com uma entonação que apenas ele tinha. Vê-lo tendo vida de volta.

- Hum... - Ele grunhe, inspirando fundo e abrindo seus olhos lentamente, permitindo que se adaptassem a luz da manhã. E ele sente Wilhelm o acariciando, dando importância para cada um de seus cachos. Ele sente Wilhelm respirar a serenidade em seu corpo. Ele sente Wilhelm em você. - Willie. - Fala, não exercendo qualquer movimentação possível que o tirasse do mais perto que ele pudesse se instalar em Wilhelm.

- Simon. - Ele responde, leve. Depois disso, eles simplesmente não dizem nada a mais. Wilhelm o puxa um pouco mais para si, e sente seus batimentos, sente sua respiração em seu peito. Sente sua eletrecidade o atraindo cada vez mais, e transformando a eletromagnetividade que criaram, num calor agradável.

O loiro beijou o topo de sua cabeça e se levantou, quebrando aquela linha que eles haviam assegurado. Agora um pedaço da cama parecia frio, e retornara uma cor acinzentada. Wilhelm precisava se arrumar, e partir mais um vez. Ele voltaria, é claro que voltaria, mas apesar disso, haviam aqueles malditos segundos em que eles estariam distantes, conectados por mensagens de saudade ou alguma declaração de afeto.

- Eu estarei de volta mais tarde. Tenho compromisso com a Hailey, já deixei agendado. - Ele fala, passando sua cabeça pela gola da camisa e abotando-a. - A não ser que você nos queira aqui. - Fala por fim, e Simon lança um sorriso. Parecia ter se esforçado para levá-lo ao rosto, ele estava realmente decepcionado com o que quer que Sara deixou pela metade a ele.

- Espero ficar bem. - Ele fecha os olhos, suspirando e os abrindo de volta.

- Você ficará! - Wilhelm fala, se abaixando próximo a Simon e encostando sua testa a dele. Eles permaceram daquele jeito por alguns segundos, como se estivessem disputando um mesmo espaço. E eles o quebram, decidem o interceptar e se beijam.
Seus lábios macios perfeitamente encaixados, necessitados, e destinados a se encontrarem ali. Um ao outro.

[...]- Eu não quero ser o segredo de ninguém.

𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝𝐧'𝐭 𝐜𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤|Onde histórias criam vida. Descubra agora