𝐖𝐨𝐮𝐥𝐝𝐧'𝐭 𝐜𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤|

Bad luck

Pretendente

 Wilhelm aproveitou o pouco da paz que tinha para observar a maneira como o Sol ficava mais intenso em alguns pontos da cidade durante a manhã. Isso era bobo, sim, mas não inusitado. Estava de fato centrado, que sequer notou quando sua música parou de tocar nos fones de ouvido. Já estava em casa.
Sem muita disposição, abriu a porta do carro e foi acompanhado pelos seguranças até que estivesse dentro do palácio. Pensava que "segurança" era uma coisa superestimada, apesar da existência de paparazzis, admiradores e psicopatas, se ele estivesse sujeito ao perigo de ser esquartejado ou sequestrado para qualquer outro lugar que não fosse o palácio, ele demonstraria muita pouca resistência. Se a rainha soubesse desses seus pensamentos, ficaria louca.

- Licença. - Fala a velha, adentrando ao quarto e fechando a porta. Wilhelm queria não dar a mínima e viver em seu canto, fazer o que bem entendia e ser feliz, mas estava sendo complicado. - Queria vê-lo, se estava bem. Tenho coisas para te falar.

- Eu estou seguro e bem. E não, não tive problemas no colégio, antes que pergunte. - Ele se apressa em dizer, tentando fugir da ideia de que ele estivesse interessado em conversar com ela. Porque ele não estava.

- Que bom que está bem. - Ela fala, mesmo não demonstrando um pingo de preocupação naquele seu rosto enrugado. Ela tinha outro ponto para falar sobre. - Você.. se lembra quando fomos para a Alemanha? Uma das poucas vezes - Ela inicia, esperando que ele assentisse para que o assunto fosse tomado. - A filha de um dos governadores estará aqui em breve!

 Sua animação fica por aquilo, não era recíproco. O que tinha de tão importante? Almoço reforçado e companhia alemã?

- Hum.. não faço ideia de quem seja, deveria comemorar? - Estava tão desinteressado quanto antes.

 Ele sempre carregava um pingo de esperança de que algo realmente admirável fosse sair da boca para fora daquela mulher. Mas hoje não era seu dia de sorte, outra vez.

- Ela é uma pretendente, filho!