10. Atividades no banco de trás

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Ohm estava sentado no banco de trás da limusine e sentado no seu colo ele tinha uma companhia muito agradável: Fluke Natouch. O rapaz estava ofegante, mas parecia insaciável, completamente entregue às suas carícias.

"Nós não podemos demorar!", Fluke sussurrou com a voz rouca tomada pelo desejo de prolongar o momento.

"Não vamos, amor!", Ohm prometeu. Era uma mentira.

Enquanto os dois homens se perdiam em sensações com mãos investigando o corpo um do outro e línguas interligadas duelando por dominância, eles acabaram esquecendo o motivo principal de terem chegado até ali. Por sorte, uma batida na janela do veículo os fez voltar para a realidade e eles rapidamente tentaram refazer seus penteados e arrumar seus ternos. Saíram do veículo tentando parecer tranquilos, mas seu estado revelava suas atividades recentes e a pessoa que havia batido na janela fez questão de mostrar que sabia disso.

"Se eu não soubesse que esse é o casamento de vocês, diria pra se comportarem!", Boun comentou depois de uma olhada rápida no estado dos noivos que pareciam ter passado no meio de uma briga de tigres, o que não era exatamente incorreto de se dizer.

"Não vi você mais comportado do que isso quando tava dando uma rapidinha com o Prem na sala da xerox!", Fluke acusou tentando arrumar a própria gravata.

"Ei, espera! Você viu aquilo? Parece que o gatinho tem garras, afinal!", Boun provocou.

"Do que vocês estão falando?", Ohm perguntou perdido no assunto. Ele ainda era o CEO da companhia no final das contas.

"Opa, e ele tem um namorado assustador também!", Boun se afastou do casal fingindo se ocupar com algo no telefone.

"Não é nada, amor!", Fluke disse mudando de tópico e passando a arrumar a gravata de Ohm, mas se lembrando de responder a Boun com um "Não é meu namorado, Boun! É o meu futuro marido!".

"Vocês estão prontos? Eles estão perguntando se podemos começar!", Boun voltou para informar ao casal.

"Pronto?", Ohm perguntou oferecendo seu braço.

"Se você estiver!", Fluke respondeu encaixando seu braço no do amado.

Logo a música clássica se fez ouvir pelos quatro ventos e os noivos entraram pelo portal que havia sido montado um dia antes. A cerimônia de casamento foi simples e de bom gosto. Realizada no próprio jardim da mansão Ritprasert, a pedido de Fluke, que não estava acostumado a grandes despesas mesmo que seu futuro marido se dispusesse a pagar pela igreja mais cara ou o salão do hotel mais disputado para esse tipo de evento.

Fluke queria manter tudo simples: poucos convidados, só seus amigos íntimos e poucos parentes (os de Ohm, já que ele mesmo era órfão) e alguns parceiros de negócios mais importantes porque sabia do peso que isso tinha e o principal, claro, com os dois trocando votos de amor eterno com olhares borrados pelas lágrimas. Ohm teve um imenso prazer em oferecer tudo isso ao amado. Se pudesse, também daria para ele o Sol, a Lua e as estrelas como presente de casamento.

"Fluke Natouch, um dia eu te disse que havia contratado um motorista para me levar aos lugares onde eu pretendia ir, mas acaba que o meu destino era ao seu lado e eu agradeço todos os dias por isso. Eu te amo e quero passar todos os dias até o fim da minha vida ao seu lado!", Ohm disse ao colocar a aliança no dedo fino do seu amado que estava prestes a se desfazer em lágrimas e soluços.

"Ohm, você é muito mais que um presente que os céus me deram. Pode ter certeza de que eu vou fazer o possível para te dar toda a felicidade do mundo até o fim dos nossos dias! Eu também te amo muito!", Fluke prometeu colocando a aliança na mão grande do seu, agora marido, e se lançando nos braços dele em seguida para um beijo.

Meu adorável motoristaOnde histórias criam vida. Descubra agora