Chapter 6: Mori's explanation

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Passos lentos e pensativos eram dados pelo corredor, Akutagawa seguia um caminho incerto, apenas estava indo aonde seus pés o levava

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Passos lentos e pensativos eram dados pelo corredor, Akutagawa seguia um caminho incerto, apenas estava indo aonde seus pés o levava.

O que é isso que o mesmo anda sentindo recentemente? Seria algo ruim? Algo que não deveria existir?

Nunca aconteceu algo parecido antes, sequer sabe o que pensar, o que concluir. Sua mente está uma bagunça, o que ele mais queria nesse momento era que ficasse como era antes, sem todas essas dúvidas recentes e sem... tudo isso o que está sentindo agora. Precisava de respostas, urgentemente.

Sequer sabe como chegou ali, ou como seguiu toda a trajetória, mas notou logo quando olhou para os lados, apenas viu a porta da sala de Mori.

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— Pensei que queria me dizer alguma coisa. – Por que ele havia entrado lá? Nem ele sabe, quando já havia notado já estava olhando para Mori em sua sala.

Após um longo silêncio, ele entre abriu os lábios para dizer alguma coisa;

— Eu-

— Você parece estar hesitante em dizer. Isto não é com relação ao trabalho não? E sim sobre algo que você não entende. – Concluiu o homem, Akutagawa passou a observá-la com um olhar surpreso.

Você lê mentes? – Disse incrédulo. Poderia muito bem ter contido tais palavras, no entanto, estava tão movido pelo momento e sua confusão que sequer passou perto de pensar nisso.

Mori apenas sorriu de canto pela reação do mesmo, mantendo sua superioridade e seriedade como chefe.

— Por que você não senta? – convidou-o – eu posso ser o chefe, mas também posso ser um bom ouvinte.

Akutagawa permaneceu em silêncio, e optou por fazer o que o mesmo lhe sugeriu, dando passos à frente e sentando-se na cadeira.

O silêncio reinou, e ao notar que Akutagawa parecia não estar disposto a falar primeiro, Mori deu início.

— Muito bem – começou, despertando o Akutagawa de seus devaneios novamente. – o que está acontecendo com você?

— É... é sobre a Higuchi.

— Higuchi? – Repetiu, estranhando o motivo. – aconteceu algo e você não quer mais trabalhar com ela? – ele parou e pensou um segundo. – Se bem que você não hesitaria em me dizer isso, então talvez este não seja o caso.

— Você está certo, não é isso... – Deu uma pequena pausa, pensando se realmente diria isso, estes acontecimentos com o mesmo pode causá-lo problemas. – serei sincero com você, eu ando me sentindo... estranho recentemente com relação à Higuchi, e eu não entendo o por quê. – Se acomodou ainda mais na cadeira confortável, mostrando o quando parecia desconfortável referente a situação conflituosa consigo.

— Preciso de mais detalhes, Akutagawa. – Respondeu-o cerrando levemente os olhos, tentando decifrar aonde o mesmo queria chegar. Akutagawa estava estranhamente hesitante em dizer-lhe aquilo, talvez apenas fosse um desconforto em compartilhar algo que, ao seu olhar, pode-se ser classificado como uma fraqueza, com uma pessoa tão importante como Ougai Mori.

— É que... recentemente, quando a Higuchi está por perto, eu sinto coisas estranhas, que nunca havia sentido. Acho que tudo começou quando ela foi sequestrada, entende?

— Aham... continue, por favor. – Pediu-o, mostrando-se extremamente focado em cada palavra que entrava em seus ouvidos.

— As vezes... o meu coração fica acelerado, e eu me sinto nervoso, e algumas vezes não sei o que dizer, dependendo do que ela me diz. Isso... começou a aparecer dentro de mim desde os dias em que ela estava de recuperação. – deu uma pausa curta, apenas para dar alguns segundos. – não sei mais o que fazer, me sinto perdido, extremamente perdido. Não sei porque sinto isso, não sei o motivo de toda a minha confusão, e isso me irrita.

Durante todo o momento em que falava, Akutagawa não olhou, nem mesmo uma vez, no rosto do chefe, e quando finalmente terminou de falar, parecia que havia tirado um peso de suas costas, ter finalmente dito isto para alguém... era aliviante.

Entretanto, Mori não pensava igual ele. Akutagawa ao olhar para o chefe notou o mesmo surpreso, e ao mesmo tempo intrigado.

— Não... — interrompeu a própria fala brevemente; – não pode ser... – tamanha surpresa chamou a atenção do portador do rashoumon. – você gosta da Higuchi! – Afirmou incrédulo, quando ao Ryūnosuke se chocou completamente.

Ahn? Como...? – Disse tentando formular falhamente uma frase. – É impossível... né? – Olhou para o chefe, Ougai estava tão chocado quanto ele, mas não mais que o próprio Akutagawa.

— É possível sim. Nunca imaginei que algo assim aconteceria algum dia...– Comentou, enquanto Ryūnosuke apenas olhava-o a espera de algo a mais de Mori.

— E... o que eu faço agora? – Perguntou, ainda desnorteado com a informação.

Mori parecia pensar, pensar bastante. Nem mesmo ele sabia bem o que fazer, não podia simplesmente dispensar Akutagawa pois o mesmo é muito eficiente, seria ruim perder alguém tão útil, contudo, o mesmo encontra-se com poucas escolhas.

— Olha... – Deu início finalmente, um pouco pensativo, mas com uma pontada de certeza. – eu permito vocês terem uma relação, caso a Higuchi queira, é claro.

Ryūnosuke não soube como reagir, aquelas palavras realmente vieram de Mori? Realmente?

Mas – impôs um ênfase – o rendimento de vocês precisa ser o mesmo, se eu notar qualquer tipo de "distração" durante o trabalho ou que ambos não tem mais os mesmos resultados de antes... você sabe o que vai acontecer. – avisou seriamente.

Akutagawa nem mesmo sabia o que dizer, estava chocado.

— Certo. Obrigado pela... ajuda.

— Não foi nada, Akutagawa.

O mesmo se retirou do cômodo, ficando no corredor novamente enquanto pensava, o que ele faria depois disso? Ainda sequer conseguia acreditar direito que realmente estava gostando de Ichiyo. Ryūnosuke nem ao menos sabe qual será a atitude que tomará futuramente com tal informação revelada.

O lado bom de ter falado com Mori é que agora toda a sua confusão desapareceu, em sua mente tudo se encaixou agora. O problema é o que fará referente a este encaixe.

Por outro lado, Mori encontrava-se ainda intrigado. É surpreendente descobrir que Akutagawa gosta de alguém, o mesmo se pergunta o que irá acontecer depois disso, será que isso daria certo? Estava curioso, mas também não era o único, Akutagawa era o que mais fazia-se perguntas, se perguntava igualmente o que isso iria dar.

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