Guerra dos Contos

Oito

Ruby

Anteriormente...

- Vamos sair daqui - ela saí andando, mas Kalil pega a folha amassada e olha de novo para o desenho

- Meu nariz é grande assim? - pergunta ele jogando o papel de volta e correndo para alcançar Ruby

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- Mas que merda - resmunga Ruby se escondendo atrás de uma árvore

- Nós sabemos que você está aí, apareça - diz um dos dois guardas que a procuravam

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Três dias após Ruby ter achado o folheto com ela e Kalil, os dois passaram o dia sem ir a cidade, e quando tentavam não conseguiam passar nem do começo por estar cheia de guardas. No dia seguinte eles começaram a procurar na floresta.
Infelizmente um deles encontrou a entrada para a caverna que dava na torre, Kalil tinha conseguido pega-lo e prende-lo, mas ele escapou e contou para os outros. Eles chegaram na torre atrás dos dois, Kalil conseguiu escapar com Ryz. E para sorte de Ruby ela já estava do lado de fora, na floresta. Mas eles a viram e começaram a persegui-la

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Ela conseguia vê-los de trás da árvore, eles estavam próximos dela. Então por um descuido ela sem querer pisa em um galho, chamando atenção dos homens.

- Droga - grune ela, antes de sair correndo

Eles a seguem, mas ela conhecia essa floresta muito bem, e se esgueirava facilmente entre as árvores. Quando eles já estavam bem perto, e ela não sabia para que lado ir, Kalil aparece em cima de Ryz com duas bolsas penduradas no cavalo.

- Suba! - grita ele, e ela sobe - Vai garoto! - diz então para o cavalo que começa a galopar o mais rápido possível

- Bem na hora - ela diz quando eles se afastavam

- Achou mesmo que eu ia te deixar?

- Por um minuto, sim - ela responde - Obrigada por não ter ido embora

Ele sorri e então bate as rédeas fazendo Ryz ir mais rápido ainda

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Estava escurecendo, eles haviam parado no meio da floresta para descansar. Os guardas já não estavam mais atrás deles a pelo menos duas horas.

Kalil conseguiu algumas frutas para eles comerem, mas não o suficiente para matar totalmente a fome.

Mas agora Ruby nem conseguia pensar nisso, só pensava na sua casa. Com certeza não vai conseguir voltar tão cedo pra lá. Pra sua sorte ela nunca teve nada de valor que não conseguisse deixar para trás. Mas mesmo assim, é o lugar onde ela cresceu, e viveu sozinha por muitos anos. Sozinha.
Pelo menos agora ela tinha alguém com quem conversar, Kalil é um bom amigo, mas quanto tempo isso duraria? Ela repete para si mesma, para não se apegar em ninguém. Porque eles sempre vão embora, um dia sempre nos abandonam, e voltamos a ficar sozinhos. Era isso que ela repetia para si.

- Achei - Kalil diz de cima de uma árvore, tirando Ruby de seus pensamentos

- O que achou?

Ele mostra sua mão, que segurava duas frutas, maçãs. Ele desce da árvore e entrega uma para ela.

- Obrigada - diz pegando a fruta e comendo na mesma hora

Kalil estava prestes a comer, mas então ele estende-a para Ruby

- O que tá fazendo? - ela pergunta

- Toma - ele diz e então ela nega com a cabeça

- Não, você também precisa comer