Três

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Era noite em Loqueaville, a neblina cobria toda a visão do mar no porto.  Alguns mercadores de Othidya chegariam está noite.
Um dos barcos de Akoque chegara está manhã e sairá tranquilamente, agora um barco se aproximava do cais. Os dois homens descarregavam a mercadoria, até que um deles vê um homem encapuzado se aproximando.

- Ei - um deles chama a atenção do amigo que descarregava as caixas

- Olá? - indaga o mesmo, mas antes que eles pudessem fugir o encapuzado corre em direção a eles, cortando a garganta do primeiro e dando um golpe brutal no segundo derrubando ele na água.

Com os mercadores mortos o encapuzado assobia, assim aparecendo mais três outros homens das sombras. O primeiro que matara os mercadores tira o capuz revelando um homem loiro não tão velho com a barba rala mal feita e um arranhão no olho esquerdo.

- Muito bem capitão - Diz um dos homens, velho com os cabelos grisalhos porém alto e forte

- Rápido, levem essas caixas antes que alguém apareça - ordena o suposto capitão

Os três homens pegam as caixas do barco, indo em direção a rua escura da qual saíram.

- Aonde pensam que vão? - uma voz feminina vinda do beco escuro faz os três homens e o capitão pararem de andar

- Quem é que está aí? - resmunga um dos homens, moreno mais jovem, não mais que 20 anos

- Não queiram saber - a garota da mais uns passos para frente, ainda no escuro. Tudo o que se conseguia ver era a lâmina de sua espada e de suas facas que reluziam pela luz da lua, e um... gancho

- Peguem ela - ordena o capitão

Os três homens então, soltam as caixas empunhando suas espadas e indo para cima da garota.
O primeiro, o jovem moreno, avança pela lateral dela dando um golpe que arrancaria sua cabeça se ela não tivesse abaixado e cortado a perna do garoto depois o jogando no chão. Outro dos homens, mais velho de cabelos pretos e barba longa pula para cima dela, a mesma agilmente se volta para o lado dando um rasteira no homem, que caí no chão, depois chutando a cara dele fazendo-o desmaiar. O terceiro grisalho tenta acerta-la com a espada, impedido pela lâmina da faca da garota. Que logo solta da espada e vai parar no braço do velho antes de levar um chute até cair no chão.
Com os três no chão, ela se volta para o capitão andando em sua direção. O homem dava um passo para trás, a cada passo que a garota dava a frente. Levando-a para a luz dos postes na rua.
Não dava pra ver o rosto dela, pelo fato dela usar uma máscara e capuz, o único traço visível era seus olhos negros como a noite mais escura na caverna mais escura e seus cabelos longos marrons em uma trança.

- Espere - fala o capitão

Ela para de andar, e o encara

- E se fizermos um trato?

Mesmo com a máscara o homem percebeu o sorriso se formando no rosto da garota.

- Que trato?

- Você leva metade da mercadoria, sem mais luta.

- Não sei se você é covarde... ou inteligente - diz a garota dando um passo para trás

- Receio que os dois - responde o homem sorrindo - então?

- Está bem - ela se vira para duas das quatro caixas no chão e as pega, ela usava uma capa de coro preta, e uma calça marrom com botas pretas do mesmo tecido da capa, e o capuz com uns desenhos azuis por ele. Após pegar as caixas não tão grandes ela se vira para o beco pronta para fugir

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