Marte era o único planeta criado por Érebo. Vermelho e vazio, representava bem o Cósmico. Havia sido criado quando ele ainda estava entre seus irmãos. Planejava para o planeta o início de um reino perfeito. Não havia esquecido de sua criação arenosa, tampouco que ela era vizinha de Terra, planeta criado pelo seu irmão Zandur, Éfen e seu passado amor Soniuns. Tomar o planeta de seus irmãos mais audaciosos seria seu primeiro e singular movimento no início de sua ousada postura.
Ordenando que Empro e seus irmãos assumissem Marte e criassem a raça perfeita para dominar todo e qualquer planeta. Todos foram mandados para lá, e assim iniciaram seu trabalho de dar vida ao caos.
Cada um dos Cósmicos sabia que algo terrível estava por vir, e quando notaram a movimentação em Marte, tiveram certeza do problema. Não sabiam chegar a Érebo, ele estava além do alcance deles. Através de uma oração coletiva para seu pai e padrinhos, os Cósmicos imploraram para que impedissem Érebo de colocar em prática qualquer um de seus planos malignos. As orações atravessaram Cosmos e chegaram aos Filhos de Esferos, que logo reagiram para evitar o pior. Cosmos deixou que seus quatro irmãos viajassem dentro de si à procura do Cósmico infrator. Érebo sabia que estavam perto, seus olhos de Hell deixavam-no enxergar além, e por isso iniciou um plano para que não fosse preso. Sabia que mesmo com a Prima Matéria em suas mãos, não poderia fazer algo contra os senhores do universo. Usando mais uma vez a esfera, congelou o tempo em volta de si para que Cronus não descobrisse, e com o tempo congelado, fez seus últimos desejos.
Eles cortavam a escuridão das profundezas de Cosmos como cobras rápidas deslizando pelas sombras. O dourado dos quatro Filhos de Esferos era desenhado à procura de Érebo por vários dos becos das profundezas. Foi apenas no último lugar que o encontraram, parado, sem esboçar nenhum espanto ou preocupação. Tânatus, Cronus, Espectrus e Lucidus prenderam-no com facilidade e o levaram para Cosmos. Seu pai apenas o olhou com desprezo e o engoliu, o que levou o Cósmico a conhecer Esferos, seu avô. Nenhum dos dois havia esboçado alguma emoção, algum sentimento. Ali era o final e Érebo já sabia o que aconteceria. Seu corpo foi se esfarelando em pequenos cubos brancos e brilhantes, que voltavam para Esferos. Ele não sentia nada; oras, como poderia sentir algo sem seus espectros?
Os deuses sombrios haviam voltado ao seu planeta, com espírito de vingança destacado em suas existências erráticas, mas seria esse sentimento que os faria realizar as tarefas dadas pelo seu criador. Além da missão de dominação, receberam, antes da morte de Érebo, os espectros do mesmo, para que fossem fortalecidos e para que ele não deixasse de existir com tanta facilidade. Seu espectro havia se dividido em cinco partes, uma para cada um de seus deuses, e denominou-os como Darkzens. Deveriam invadir a Terra para vingar seu nome, e depois todo o resto do universo.
Zandur, na observação das nebulosas nuvens, pensava que havia sido muito fácil vencer seu irmão. Poderia ter algo de errado, pois sabia quão inteligente ele era, e que poderia enganar com facilidade qualquer um que tentasse vencê-lo. Ao mesmo tempo, sabia também que seus superiores eram bem mais fortes do que poderia imaginar. Dormiria com algo incomodando seus pensamentos, mas não imaginava o que poderia acontecer com seu planeta.
A Terra havia sido criada por Zandur, Éfen e Soniuns antes do ocorrido. Teria sido inclusive motivo de ciúme da parte de Érebo em relação a Soniuns. Zandur precisava dos dois, pois o planeta simbolizava para ele o equilíbrio que poderia existir na raça humana. Os Cósmicos que haviam participado da criação demonstravam isso dentro deles e eram perfeitos para tal tarefa. Érebo tinha muitos motivos para derrubar a Terra primeiro, e o faria com grande prazer.
Os Deuses que regiam o planeta eram Zeus, Hades, Poseidon, Ares, Ártemis, Atena, Hera, Hermes, Efestos, Afrodite, Apolo e Dionísio. Haviam criado tudo que estava sobre o núcleo da Terra, desde materiais até seres vivos. Criaram também as dimensões: Físicus, dimensão dos humanos; Emper, dimensão dos mortos; Tártaro, a dimensão que mantinha os seres malignos presos; E Deuriga, a dimensão que abrigava os seres encantados e divindades que cuidavam do planeta.
Zeus governava o planeta e o mantinha em equilíbrio com os Reis Sazonais, Hades julgava os mortos com o seu Tribunal Santo, e Poseidon trabalhava para manter o vigor do planeta com os Oceanos.
Os humanos haviam sido criados e mantinham-se em perfeito equilíbrio com a natureza. Se respeitavam, cuidavam uns dos outros e possuíam apenas uma língua. Era um mundo ideal, perfeito, como os humanos de hoje apenas imaginariam e mal saberiam que havia existido. Talvez não conseguissem acreditar que houve um momento na história que as diversidades nunca foram um problema. Perante o caos é difícil de imaginar algo tão encantador, mas não é impossível. Tudo havia se tornado tão complicado pela catástrofe que os Darkzens provocaram. Realizaram seu trabalho e ainda conquistaram um pedaço no planeta.
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Origem Cósmica
FantasyA origem de todo o universo da OlimpsArts+ tem como morada esse livro que vai encantar você artista que procura entender o mundo atual. Nesta aventura você descobrirá o motivo de possuir a energia da criação dentro de você, e como usa-la para mudar...