Caos Celestial

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Hades mal sabia que poderia ser traído por um mortyu, um anjo da morte que havia escolhido se juntar às trevas para assumir posteriormente o lugar de Hades quando os Deuses fossem depostos. Com sua foice que permitia ultrapassar as Linhas Interdimensionais, cortou os céus de Deuriga para que os Darkzens invadissem a dimensão e dominassem as maiores divindades do planeta.

Cada um dos Darkzens estavam a postos esperando o momento certo. Pandora seria a primeira a adentrar a dimensão e fincar uma gigantesca estátua de pedra obscura para corromper a dimensão. Em seguida viriam seus irmãos com total determinação para fazer os inimigos definharem. Perante as terras vermelhas de Marte que deram alicerce para um palácio escarlate sombrio, um portal havia sido criado através do rasgo do mortyu, e assim se iniciou a invasão tão esperada pelas sombras.

Zeus não falhou em ver rapidamente o rasgo e lançou seus raios para fechar a abertura mística. Seu raio era suficiente para isso, mas não contava com a força de Pandora, que mergulhou repelindo-os com rapidez, fincando a estátua nas terras da dimensão divina. Os Deuses de imediato correram até a escadaria externa do Olimpo e se surpreenderam com a chuva de meteoritos que, quando tocavam o chão, revelavam touros humanoides com tamanho poder de destruição: eram os minotauros criados por Empro. Os Deuses mobilizaram o Exército de Ares para o combate, e convocaram os Guardiões para o mesmo. Mesmo que quisessem, os minotauros eram extremamente ágeis, e os únicos que conseguiam combater as criaturas eram os semideuses heróis. Entretanto, eles não eram os maiores problemas. Os Darkzens haviam conseguido chegar ao Olimpo para derrotar os Deuses, que não se deixaram vencer por pouco. Lutaram tanto quanto puderam, mas perderam no final. O Olimpo se tornou pura sombra, e todos os reinos em volta conseguiam enxergar com indescritível terror. Os Darkzens só não contavam que um Deus não estivesse no Olimpo.

Hércules sabia que ainda existia uma chance e convocou Pegasus para avisar seu tio Hades do caos que dominava Deuriga. O astuto cavalo alado voou de uma dimensão a outra e encontrou o Deus dos mortos combatendo o mortyu traidor. O cavalo foi peça chave para vencer o anjo da morte, pois desceu como um jato até a entidade, que foi brutalmente jogada no chão e deixou sua foice deslizar no piso de mármore do Templo Tribunal até os pés do Deus. Hades pegou a arma lentamente e, com o anjo ainda caído no chão, acertou a entidade, não a permitindo existir mais. A morte havia chegado para a morte.

O grande Hades entendeu a mensagem que Pegasus trazia e decidiu contatar os Cósmicos para ajudá-los. Iniciou uma de suas mais poderosas orações, que o fez ser levado até Zandur, Éfen e Soniuns. Cada um deles havia sentido as palavras de desespero do Deus.

Não demorou nada para que os filhos de Cosmos surgissem em Deuriga com suas celestiais aparições. Emitiram um raio luminoso que penetrou o domo das trevas que rodeava o Olimpo, desfazendo-o e permitindo que os Deuses fugissem. Todas as divindades se encontraram nas escadarias do Pico da Paz Olimpiana para se reorganizarem. Hades conseguiu chegar até eles montado em Pegasus, com uma mensagem importante de seus criadores. Atena, Zeus e Ares deveriam aceitar os espectros de Zandur, Éfen e Soniuns para derrotar os Darkzens, explicando que os inimigos eram criaturas além dos poderes de ambos, mas que juntos poderiam derrotá-los e aprisioná-los. Não demorou para que aceitassem. Seus corpos já começavam a receber dentro de si os espectros de cada Cósmico. Zandur estava em Zeus, Éfen em Atena e Soniuns em Ares. Unidos, eles haviam se tornado Titãs, tão fortes quanto os Darkzens.

Através de uma luta divina, complexa e grandiosa, toda Deuriga passava por uma transformação de caos. Casas foram destruídas, criaturas tornaram-se corrompidas e soldados morreram aos montes, deixando diversas famílias desoladas por Deuriga. O próprio Olimpo sofreu grandes danos em sua estrutura, que não suportava tamanha força dos Titãs e Darkzens. O resultado foi anunciado a partir de uma indescritível luz que cantava, através de seus raios, a vitória dos Titãs. Os lordes das sombras estavam tombados e desacordados nos chãos reluzentes do Templo dos Deuses. Ainda ali, foram acorrentados por Ares e jogados diretamente para o Tártaro, onde ficariam aprisionados nos cinco Templos de Obsidiana.

Acorrentados no chão, poderiam apenas ficar sentados ou em pé, sem conseguirem circular, e cada um teria um Guardião Obsidian, um tipo de Guardião do Tártaro com poderio de força semelhante ao dos Deuses para monitorar e guardar os erros existenciais Darkzens.

A próxima etapa foi realizada quando Zeus usou a energia de Zandur para reconstituir cada região afetada pela invasão maldita. Os Reinos Sazonais foram reconstruídos bloco por bloco, restabelecendo a existência e o equilíbrio das estações do ano. A alegria e vida em Deuriga havia sido estabelecida, mas existia uma falha causada pela estrutura de pedra de Pandora. Parte de Deuriga havia ficado contaminada com as energias das trevas e não poderia ser restaurada. Pensaram em uma forma de tirar aquele erro, e chegaram a uma conclusão: deveriam retirar a parte contaminada de Deuriga e criar uma nova dimensão a partir dela, que não permitisse que as criaturas escapassem. Um minotauro ficou em Deuriga para estudo, preso em um labirinto, e Teseu seria o responsável por controlar a criatura, por ser o único a conseguir manter o controle da mesma.

Na Emper era necessária uma reorganização. Com a morte do mortyu, Hades criou as Moiras para assumirem o controle do fim da vida, a morte de tudo que era mortal. Foram feitas a partir do cabelo do mortyu e do sangue místico do Deus. Hades havia também conhecido Perséfone, uma meia-deusa que possuía influência sobre os Reinos Sazonais. Havia demorado para voltar a Deuriga, mas quando voltou para lutar contra o caos, encontrou o seu amor e a nova rainha da Emper.

Estava tudo novamente no lugar, a paz estava de volta e a vida dos humanos poderia continuar em segurança. A grandiosidade dos Deuses havia sido respeitada por direito de suas missões. Não poderia o mal vencer suas convicções de bondade. A autodestruição era a única forma de tirarem suas forças do poder.

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