Capítulo 4

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Começo a andar pelo salão em direção ao bar e avisto Camila, mas antes que eu possa chegar até ela sou interrompida por Pedro.

- Uau! Você está muito linda. – me elogia me olhando dos pés à cabeça.

- Obrigada.

- Você aceita dançar?

- Agora não. Eu preciso falar com a minha amiga.

- Quem é ela?

- Camila. Ali no bar. – aponto para ela que está virando um shot de tequila.

- Você acha que ela tá disponível pra falar com você agora? Acredito que entre você e a tequila, você é a terceira opção. – eu rio e o encaro.

- Tá bom, vamos.

Assim que pisamos na pista, a música agitada de antes acaba e começa uma música lenta e sensual. Pedro me encara com um olhar predador.

- Senhorita? – ele estende uma mão para mim e com a outra ele pega na minha cintura. Eu encosto meu corpo no dele.

Eu posiciono uma mão em sua nuca e a outra eu apoio no ombro. Balançamos de um lado a outro sem sair do lugar, sinto a respiração quente e lenta dele em meu pescoço, o que me traz uma sensação de segurança e conforto, já que ele é um homem alto e forte. As duas mãos dele estão na minha cintura e sinto ele me apertar um pouco, me puxando para mais perto dele.

A música acaba, eu o solto e ele segura minhas mãos.

- Eu realmente preciso falar com a Camila.

- Tá bom, vai lá. Te vejo depois?

- Sim. – assinto e ele solta uma mão minha. Me viro para sair mas ele me puxa rápido e me beija.

Seu beijo é suave e excitante, uma mão está na minha cintura e a outra segurando minha nuca. Sinto ele me puxar para aprofundar o beijo e eu retribuo. Ele põe as duas mãos na minha cintura, me prendendo a ele e eu seguro seu rosto.

- Quer ir para um lugar mais reservado?

- Depois, okay? Eu vou ver minha amiga.

- Tá bom. – aceita relutante. – Me encontra na portaria da torre C assim que possível.

- Beleza. – eu me viro e vou para o bar, me aproximo mais e vejo Camila bebendo. – Oi.

- Oi! Você sumiu hoje o dia todo o que houve? – ela diz se levantando para me abraçar.

- Nossa! – suspirei cansada. – O dia foi tão agitado e maluco que eu nem sei como contar.

- Como assim?

- Deixa eu listar. Fui no centro, fiz compras, fui assaltada – ela arregala os olhos nessa parte mas eu não paro para explicar. – uma moça da loja de vestido me ajudou e o Pedro acaba de me beijar.

- Espera! Volta tudo. Assaltada? Beijada? Me conta logo, vai.

- Eu vou mas deixa eu pedir uma bebida porque foi MUITO LOUCO. – me viro para um barman – Traz duas batidas para gente, por favor. – ele assenti. – Obrigada.

Eu conto toda a história para ela, com detalhes, o que eu senti durante o assalto, o que as mulheres fizeram por mim, como foi o beijo e tudo. Camila pediu mais duas doses de tequila enquanto eu contava o meu dia e ela fica extasiada.

- Meu Deus, amiga. Tenho nem o que dizer.

- Pois é, eu nem quero pensar mais nisso senão vou me internar em um hospício. – nós rimos. – Eu preciso ir, o Pedro tá me esperando.

- Não me diga que... – eu interrompo ela.

- Sim. – eu sou uma mulher solteira e livre. Por que não curtir da minha maneira?

- Tá bom, vai aproveitar, maluca. Não vou empatar sua foda. – eu rio.

- Valeu, maluca. – eu me levanto, dou um beijo nela e saio para a torre C.

Seu NomeOnde histórias criam vida. Descubra agora