E assim a estátua ganhou vida, sendo banhada em emoções, expressões, em alma, sua pele, pálida e dura, que nem por isso deixava de ser macia de se tocar, seu cabelo, levemente ondulado por uma fima e lixado, se tornou negro, só não tão negro quanto seus olhos, ganhou cores naquele lugar tão pequeno, e tão curioso para si, afinal, foi ali onde dera seu primeiro suspiro.
Piscou algumas vezes, tendo certeza que aquilo não era coisa de sua cabeça, estava olhando para algo marrom e confuso, ah, um pedaço do teto. Sentia-se flutuando. Estava respirando, em um movimento rápido, saiu da posição onde estava, olhando em volta, seus olhinhos brilhavam como se fosse feito em imagem e semelhança ao céu estrelado - e com certeza foi - pois em suas orbes negras, era capaz de se ver constelações.
Estava maravilhado, principalmente ao olhar para fora e ver pequenos pontinhos amarelos brilhando e sumindo, brilhando e sumindo, ficou bons minutos tentando decifrar, porém acabou por contestar que aquilo era apenas para se admirar. Voltou à olhar em volta, se assustando com o humano que estava praticamente jogado entre alguns véus e panos cheios de tinta, encarando-o, se aproximou, ele não parecia ser tão velho quanto si, na verdade estava curioso, ele seria igual à ele? Era o que se perguntava.
Passou a mão na frente de seu rosto, e como não obteve nenhuma reação, teve certeza de que ele estava dormindo, foi comparar suas mãos, com certeza a sua era maior, mas não em um tamanho assustador, afinal, estátuas costumavam ter 3 ou mais metros, aquele foi uma excessão por conta da escassez de material. Mas nem por isso, deixou de observar as pontas dos dedos do outro, um pouco machucadas e coberta por uma camada fina de gesso, e esbranquiçada. Ah sim, muito esbranquiçada.
Provavelmente a tinta que usou para pintá-lo.
A estátua - agora viva - fez uma careta, achava branco uma cor tão sem graça, e quando olhava em volta, percebia que o mundo tinha muito mais cores à oferecer, isso porque ainda estava de noite.
Se viu na obrigação de explorar, estava respirando, e consequentemente, viver, agora, seria uma grande aventura.
Foi até lá fora e sentiu pela primeira vez a textura da grama, descobriu que os brilhinhos amarelos, não passavam de pequenos insetos que brilhavam, também descobriu o vento, que o fez genuinamente tremer de frio, por isso, encerrou sua expedição ali, voltando para dentro. Suspirou, se sentindo sozinho, resolveu tentar algum tipo de contato com alguém inteligente. - não que as outras estátuas não fossem, ele só achou meio grosseiro da parte delas, o ignorar. Afinal, se ele estava vivo, porque as outras não estariam? Isso fazia sentindo para si.
Taehyung acordou sentindo leves toques em sua bochecha, e uma risada baixa, estava tonto, zonzo de sono, e agora ao menos sabia onde estava, porém seus olhos arregalaram em uma velocidade surreal, vendo em sua frente, um garoto praticamente nu, inclinado sobre si, o analisando. Facilmente o confundir ia com uma sombra se não fosse pela luz da Lua que iluminava a pele clarinha do outro.
— Oh, você está vivo... Pelo menos não fui ignorado. — Ele riu baixo, se afastando, Kim pegou a primeira coisa que viu e apontou para ele, definitivamente estava assustado, assustado o bastante para não perceber que a estátua de antes, não estava mais ali.
— Quem é você? O que faz aqui? — perguntou piscando fortemente, tentando acordar e se levantou. — Você está nu? Por quê está assim? Como entrou? — engoliu em seco, ele era um ladrão? Não, ladrões não costumavam ser bonitos, e muito menos invadiam casas sem nenhuma roupa, o que mais faziam era esconder suas identidades, não simplesmente entrariam nus.
— Me diga você, foi você quem me criou, não foi? — respondeu, cruzando os braços — Você me fez assim horas! — retrucou, ainda percebendo a cara de confusão do outro — E por favor, abaixe esse...treco, não está sendo assustador, no mínimo engraçado. — o outro falou, divertido, antes de pegar em seu pulso e o puxar para perto, mostrando que o lugar onde a estátua ficava, estava vazio. — Viu?
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My love is a Statue. [ Kth + Jjk ]
Фанфик| CONCLUÍDA | E então taehyung sujava as mãos, inspirado em fazer a obra mais linda de todas, um alguém tão bonito quanto Afrodite, tão gentil quanto Hermes, tão inteligente quanto Atena, e alguém tão atencioso quanto seu avô. Taehyung não sabia es...