Segundas Chances nas Ruínas do Amor

Cap 9

Um lado meu está triste pelo Alejandro
Já o outro quer que ele sofra bastante
Qual lado vocês estão?

Eu estacionei o carro, estava cansada, para um primeiro dia, eu poderia dizer que havia ido bem?
A garagem estava isolada.
E se o assassino Billy Loomes aparecesse aqui?

A sessão de filmes de Pânico, os mas insanos e intensos.
Com o fast food sobre as mãos, eu caminhei até o elevador.
O último andar, não demorou muito a chegar.
As luzes estavam piscando, talvez fosse a chuva.

Uma ótima noite para dormir.

Uma, duas, três vezes...
Minha surpresa foi impactante, e lá estava ele.
Sentando em frente a minha porta, a última pessoa que eu esperava ver.
Uma calça jeans, a camiseta social desabotoada, os cabelos bagunçados.
O cheiro de álcool dava para se sentindo até mesmo no final do corredor.

Minhas pernas vacilaram, a sensação de borboletas no estômago.
Desde aquele fadatico dia, era a primeira vez que o via. Além dos áudios na secretaria eletrônica, a única forma de escutar a sua voz, era dessa maneira, sentir a sua presença.

E ali depois de tanto tempo...

- Alejandro...- Sussurrei.

Ele elevou seu olhar para mim, os olhos vermelhos, estava mas magro. Ou poderia ser apenas uma impressão ou um desejo?

Era dramático demais tá minha parte, ele também estar sentindo a minha falta?

- Desculpe, desculpe não respeitar o seu tempo...- Sua voz saiu em um sussurro- Eu só não consegui.

Suspirei frustada.

- Você não respondeu ao meu telefonema- Continuou.

- Estou bem- Dei de ombros- Só estava resolvendo a minha vida.

Forçei as minhas pernas a caminharem até ele, controlando a respiração a cada passo.

- Você está bonita- Ele tentou se levantar, caindo em seguida.

- Precisa de ajuda- Toquei levemente em seu braço.

A eletricidade percorreu por todo o meu corpo, era estranha a forma em que ele ainda me atingia. Os sentimentos, todas as lembranças.

"- É a primeira vez que eu bebo- Ele ria- Estou com tanta vergonha.
No primeiro mês de namoro, papai havia organizado um churrasco. Todos estavam presentes, meus irmãos, mamãe, e até mesmo sua tia, a única parente que ainda permanecia viva em sua família.

- Tudo bem amor- Beijei seus lábios- Todos damos PT em algum momento.

- Você é tão linda...

- É o álcool- Corei.

- Ei- Ele segurou em meus braços- Você é perfeita, e quer saber do mais? Eu quero seja a minha mulher... Para sempre...."

- Tem alguém que eu possa ligar?- Perguntei.
Lembrar desses momentos, não eram bons. Não agora.

- Não tem- Sussurrou- Posso ficar aqui- A voz estava embolada.

- Não, não pode. Acho que ainda tenho o número da sua tia...

- Não- Soou com firmeza- Eu vou embora, eu só queria te ver...

- Não está em condições- O relâmpago clareou- Vamos lá.

Com uma das mãos eu abri a porta, joguei todos os meus objetos no chão. Alejandro estava mole, mas tentava colaborar.
Ele se jogou em meu sofá, ele era grande, suas pernas ficaram de fora.