Já tinha se passado uma semana desde que nossas mães se conheceram oficialmente como sogras e nos apresentamos como namoradas para elas. O resultado disso tudo não poderia ter sido melhor. Dominique tinha dormido essa noite em meu apartamento, já tinha me mudado para o novo e ainda tinha algumas coisas para se fazer e outras que ela nem sequer imaginava. A gente tinha combinado de andar pelo Parque Mont-Royal. O que quase ninguém sabia é que ele foi criado pela mesma pessoa que desenhou o Central Park (New York).
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordei um pouco antes de Dominique e lhe dei um beijo na testa de bom dia. Dommie resmungou que precisava de mais cinco minutinhos na cama e que já iria me fazer companhia. Levantei para preparar o nosso café da manhã. Ajeite a mesa e a bela adormecida apareceu do já vestida com uma roupa mais leve. Fizemos o nosso desjejum e eu fui me trocar para fazermos o nosso passeio. Dirigi até o Parque Mont-Royal e achei uma vaga de estacionamento. Fechei o carro entramos no parque, logo na entrada era possível ver uma placa com a história do parque que é lá de 1535 quando Jacques Cartier, um dos primeiros exploradores do local resolveu batizar o lugar com o nome de Monte Real em homenagem ao rei da França.
Caminhamos pelo local pela pista de caminhada e aproveitamos para curtir a paisagem. O lugar em si era lindo. Quando chegamos do outro lado do parque, sentamos em um banco de frente para o lago para descansarmos um pouco.
- Tudo bem? – Perguntei ajeitando meu boné.
- Um pouco cansada e fora de forma. – Ela ajeitou seu boné, bebeu um pouco de água de sua garrafinha e olhou para mim.
- Fora de forma? Você não parece nem um pouco fora de forma Dommie.
- Faz tempo que não faço caminhada. Preciso me exercitar um pouco mais, fazer o meu esqueleto se movimentar mais que o normal. Quando você faz essa cara aí é que você está tendo alguma ideia.
- Que cara? – Perguntei.
- Você franze a testa e algumas dobrinhas aparecem na sua testa e então seus olhos brilham.
- Acho que poderíamos fazer algo juntas. Aula de dança, musculação ou qualquer outra coisa.
- Que saudade de fazer aula de dança. – Dom comentou e deu aquela puxada de ar olhando para um ponto fixo se lembrando de outros tempos.
- E não volta a dançar por quê? – Perguntei curiosa.
- Nem eu sei, mas sempre que dá eu coloco uma música e invento alguma coreografia.
- Entendo. – Falei ao ver a expressão dela. – Quem sabe um dia você volte e eu resolva te fazer companhia.
Ela olhou para mim e sorriu. Apoiou a cabeça em meu ombro, deu um gole em sua água e ficou ali parada curtindo o momento em meu ombro.
- Vamos continuar com a nossa caminhada? – Perguntei dando um beijo no topo da sua cabeça.
Continuamos com a nossa caminhada ainda na parte baixa do parque. Optamos por não ir para o pico mais alto que tem 233 metros. O parque em si tem uma natureza exuberante. As pessoas se reúnem ali para passar o dia ali para curtir a natureza ou aproveitando para praticar algum esporte. No nosso caso eram os dois. Mesmo no inverno no inverno o parque tem atrações interessantes, como uma pista de patinação de gelo. Quando retornarmos ao ponto inicial de partida finalizando a nossa volta, fomos para o carro e retornamos para meu apartamento.