Ideias Estúpidas Por Uma Garota • yeorry

eu dormi na praça PENSANDO NELAAA

Chego em casa na paz, na boa, na tranquilidade. Meu pai tá sentado no sofá vendo uma partida de beisebol, comendo pipoca. Não entendo nada de beisebol, mas ele gosta muito.

— Oi, pai. — Ele não deve ter escutado, tá muito concentrado no jogo... vala o homi quase não respira. — Oi, pai! — Aumento o tom, mas nada muda. — Pai! Papai! Pessoa que me cria! Pessoa que paga as contas!

— HOME RUN! — Ele se levanta de uma vez, derrubando a vasilha da pipoca. — Opa... — Olhou pra bagunça e bate a mão na testa. — Mas, disse alguma coisa, Yeojin?

Ah, então ele viu que eu tava do lado?

— Desculpa, eu tava meio concentrado demais no jogo. — Coçou a nuca e soltou uma risada. — Eu tô todo ouvidos para você agora.

— Eu só ia perguntar como foi o trabalho.

— O de sempre. — Deu de ombros. — Mas, tá rolando fofoca lá na empresa, que uma menina tá chavecando o namorado de uma colega minha. — Soltou uma risada e bateu uma palma. — E elas ainda eram amigas.

— Amigas?! Nossa, que putaria.

— Né?! Te juro, a minha colega foi lá tirar satisfação, quase rolou pancadaria! — Meu pai é um baita de um fofoqueiro, ele sempre chega com uma fofoca diferente. — Tô doido pra que o Jooheon saia do escritório pra contar pra ele. Mas, antes que ele saia, é melhor eu limpar essa bagunça.

E foi pegar uma vassoura.

Melhor eu subir...

Qual o plano da Haseul?

Ela tem que ter um plano. Vou acobertar ela como? Usando peruca?

Passo pelo corredor e bato na porta da Haseul.

— Yeojin? — Pergunta do outro lado.

— A própria.

Então, a porta é aberta e sou puxada para dentro.

— Poderia ser mais delicada? — Deixo a minha mochila no chão do quarto e sento na cama dela. — Você já vai?

— Claro que não! — Sentou-se na cadeira que fica para a escrivaninha. — Já viu festa começar as 17h? — Abriu uma das diversas gavetas, tirando um par de luvas e alguns fios.

— Mas, por que você me mandou mensagem dizendo que já tava se arrumando?

— Pra você vir logo, pra gente repassar o plano. — Colocou as luvas.

— Por que logo?

— Por que faz tantas perguntas? — Olhou para mim, arqueando as sobrancelhas. — Fica quieta, por favor.

NÃO ME CALAREI!

EU NÃO ME RENDO A OPRESSÃO!

— Vou ter que ficar olhando você fazer seu trabalho? Sério?

— Espera aí, vou te falar o plano pra me acobertar. — Disse voltando os olhos para sua... sua... deve ser a criação, que tá apenas no início parece um monte de fios num tablete verde, que eu não sei o nome. — Mas, deixe-me organizar isso aqui.

— Olha, vou tomar banho. Depois da janta, cê me fala esse plano mirabolante

...

— Então o seu plano é que eu me vista de você, deite na cama e finja dormir pelo menos até o "boa noite" que nossos pais sempre dão? — Tento compreender.

— Sim.

— Tu é morena e eu tô loira, Einstein.

— Hahaha! É aí que vem o truque de mestre. — Tirou uma sacola de uma das gavetas da escrivaninha.