𝑷𝒓𝒆𝒄𝒊𝒔𝒂𝒎𝒐𝒔 𝒊𝒓 𝒑𝒓𝒂 𝒄𝒂𝒔𝒂 | 𝒄𝒂𝒑𝒊𝒕𝒖𝒍𝒐 𝒖𝒎

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𝐌𝐞𝐠𝐚𝐧 𝐁𝐥𝐚𝐤𝐞

A água fria do chuveiro entrando em contato com a minha pele era algo enlouquecer de bom, talvez pelo calor surreal que estava dentro do anel. Os propulsores estavam perdendo forças a cada dia que se passava, fazendo a temperatura subir cada vez mais. Raven já estava trabalhando nisso, mas segundo ela, nosso limite de tempo dentro desta arca - remendada com fita crepe - já estava quase no limite.

Murphy: se precisar de ajuda, é só chamar. - sua mão apoiada no vidro me fazia estremecer, é surreal o tamanho. Como tive coragem de deixá-lo colocar aqueles enormes dedos dentro de mim?! O sorriso babaca dele estava lá, apenas esperando uma brecha da minha parte para me comer naquele exato momento. Hoje não, John Murphy.

Eu: vaza, Murphy. - senti seu desânimo atravessar o vidro. Acabei sorrindo com minha mini vitória, afinal, não é todo dia que consigo deixá-lo contrariado. O vidro que nos dividia não era capaz de esconder nada, então resolvi usar isso a meu favor. Levei meus dedos as rodelas de meus seios, as acariciando.

Murphy: isso não tem graça, Blake. - seu punho se fechou irritado. "Blake"? Sério? Hahaha, ele é mesmo uma criança.

Eu: não estou fazendo nada, MURPHY. - o sabão acabou "escorregando" de minhas mãos, então, eventualmente, tive que me abaixar para pegar. Empinei o bumbum o máximo que consegui. Sua respiração ficou pesada de repente.

Murphy: eu te odeio. - me levantei e virei para encará-lo, mas o moreno já não estava mais na porta. Peguei a toalha mais próxima e sai apressada de dentro do box, mas é claro que John ainda estava dentro do banheiro. Esse garoto sabe me enganar como ninguém.
— não achou mesmo que eu fosse embora sem nem ao menos... - fomos interrompidos pela droga do meu irmão e sua namorada.

Bellamy: estamos atrapalhando?

Nós respondemos quase que instantaneamente.

Eu: não.

Murphy: sim. - o encarei surpresa. Ultimamente é raro John e eu sermos vistos no mesmo ambiente, já que vivemos brigando, por 𝒍𝒊𝒕𝒆𝒓𝒂𝒍𝒎𝒆𝒏𝒕𝒆 qualquer motivo. Então, até que é plausível as caras de confusos de Bellamy e Echo.

Bellamy: quanto tempo eu dormi? - Echo deu um tapa em seu peito, recebendo um gemido de dor do mais velho. Ela realmente tem a mão pesada, não o julgo.

Murphy: esqueceu? Agora eu tô em uma dieta restrita... - se ele falar o que eu acho que ele vai falar, eu juro que arranco sua lingua fora.
— não como mais porcaria.

Eu: idiota! - eu fui pra bater nele, quando senti o nó da toalha se afrouxar. Fechei os olhos constrangida já presumido o que estaria por vir, mas não senti a toalha cair. Abri os olhos e me deparei com Echo segurando-a.

Echo: não sei qual de vocês é mais imbecil. - a resposta não é óbvia?
— xô, xô, xô. Todo mundo pra fora. - segurei o nó enquanto encarava todos sendo chutados para fora.

Bellamy: mas a gente não ia...

Echo: ia. - a porta foi fechada em um baque.
— sério isso? - dei de ombros.
— Tava falando com a Revan. Ela disse que estamos prontos. - fui colocando minhas roupas enquanto Echo tirava as delas. De novo isso? Só pode ser brincadeira.

Eu: eu ainda acho uma péssima ideia. A atmosfera, ela... está instável. E... - fui silenciada pela cara desaprovadora de Echo.

Echo: não dá pra viver aqui para sempre. Sabe disso.

Eu: eu sei, só tô pedindo um pouco mais de...

Echo: tempo. - era o que eu vinha pedindo nos últimos seis meses.
— eu sei que vai ser perigoso, mas... não temos mais tempo. Temos que ir pra casa... - seus olhos se fecharam em uma respiração profunda.

The 100: Jonh Murphy Onde histórias criam vida. Descubra agora