Capítulo 34 - Restaurando

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Lutessa Lena Luthor | Point of View



Eu havia tomado um banho caprichado, coloquei uma roupa nova e comprei as flores que o Barry sugeriu. Eu estava escorada no carro dela, pois eu tinha vindo pra cá de táxi, arrumando meu cabelo trezentas vezes e achando que ele não estava de bem comigo, pois resolveu ficar horrível hoje.

Logo ela saiu, acompanhada de três pessoas... Duas eram mulheres... O cara fez o sorriso em meu rosto desaparecer. Não... Não banque a neurótica, Lena.

- Amor? - Ela me puxou do poço de mortes lentas que eu maquinava para aquele cara e me abraçou. - Olha pessoal... Essa é minha namorida, Lena. Essa é a Siobhan, que você já conhece. - É mesmo... Eu a conhecia. - Essa é Leslie e esse é William. - William... Fala sério.

- Prazer... - A mulher me puxou e me deu três beijos.

- Prazer... - Eu respondi e logo o cara de aproximou.

- William Dey.

- Lena Luthor. - O aperto de mão foi forte, eu estava morrendo de ciúmes, mas não tirei o sorriso falso do meu rosto. - Para você, minha deusa. - Eu disse e Kara abriu um sorriso enorme. Ouvimos um "Own" das meninas. - Achei que poderíamos jantar fora hoje. O que acha?

- Acho perfeito. Tchau pessoal, até amanhã. - Ela acenou e logo eles se dispersaram. - Você está linda, amor. Isso não vale, eu não me arrumei.

- Como se precisasse de muito para você ficar deslumbrante. Nem chegamos no restaurante e já sei que será a mais bela de todas.

- Own... Você é tão romântica, Srta. Luthor.

- Tenho uma namorada incrível, preciso ser assim... Não posso dar mole. - Eu disse em tom de brincadeira e ela riu.

- Como se eu ligasse para mais alguém... Você é a única pessoa pra mim, amor. Sempre será. - Eu sorri enorme e abri a porta do carro, depois que roubei a chave das mãos dela e um selinho também.

Fomos a um japonês... Nós comemos muito e sorrimos várias vezes, foi muito bom, foi como nos velhos tempos... Ela me contava com entusiasmo sobre a faculdade e ria quando eu contava sobre minhas brincadeiras com o Barry. Então em muito tempo senti que estava tudo bem. Que por mais que faltasse um pedacinho, podíamos nos manter firmes. Só precisamos nos apoiar.

- Sabe... Hoje eu saí com a Katie.

- Como foi?

- Horrível, ela não me aprecia como antigamente. Ficou só no celular e quando a deixei em casa, ela disse que só foi porque a mãe dela tinha a obrigado.

- Que mimada esse garota... Eu vou até a casa dessas duas e vou dizer a custo de quem elas estão vivendo. - Ela disse muito alterada e levantou.

- Calma, amor. Eu não me importo muito, eu só achava que com a Katie sempre teria aquela coisa de irmã, mas ela está crescendo...

- Isso não dá a ela o direito de te desprezar.

- Só quero ficar com você, amor. Agora eu tenho você e isso que importa. Um dia eu conto o porque de tudo pra ela.

- Eu não entendo sua mãe. Olha a filha incrível que ela tem... E olha a filha que ela está criando. Tem gente que não imagina a sorte que tem... Poder cuidar de um filho é uma dádiva.

- Eu não era assim antes, mudei quando te encontrei. Talvez ela tenha motivos pra ser assim.

- Espero que ela se arrependa muito por essa negligência em relação a você.

- Não fale assim, Kara. Desculpe ter comentado isso, eu só queria compartilhar isso com você, mas não vou me incomodar e não quero que se incomode.

- Tudo bem. - Ela disse e sentou ao meu lado desta vez. - Então... Você chorou hoje?

- Não amor, e você?

- Também não. Você se sentiu culpada?

- Um pouco, mas Barry disse que não podemos nos sentir culpadas por estarmos nos curando. Ele disse que o luto é eterno, mas está passando e devemos seguir em frente.

- A Leslie me disse isso também. Que é errado me sentir culpada por estar melhor.

- Acho que eles estão certos. É como se esperássemos o pior... Mas só estão acontecendo coisas boas.

- É um sinal...

- É. Me sinto mais leve agora.

- Eu também... Que tal um sorvete?

- Ótima idéia, vamos sim. Tome a chave, vou pagar a conta. - Ela me deu um selinho.

Logo estávamos com uma taça enorme de sorvete em nossa frente e só nos dávamos ele na boca uma da outra.

- Vamos dormir na minha casa hoje? - Ela pediu e eu concordei. - Então vamos, estou cansada. - Eu assenti e fui até o caixa.

[•••]


Kara estava com a cabeça em minha coxa e lia um livro enquanto eu afagava seus cabelos loiros. Era sábado e estávamos aproveitando a folga.

- Sabe, Lee... Eu pensei muito e acho que devemos conversar com a Katie.

- Sobre?

- Tudo... Devemos contar que perdemos um filho e nos perdemos também.

- Não sei... Eu não devia dar desculpas pra ela.

- Ela é uma adolescente, Lena. Você já passou por essa fase... Ela pensa que o mundo está contra ela.

- Não sei... Posso pensar sobre isso?

- Claro. - Escutei um barulho na porta.

- Acho que sua mãe chegou.

- Ela viria aqui?

- Não sei. Ela é a única que tinha a chave.

- Gayle também tem. - Logo Gayle e Imra entraram no quarto.

- Olá casal. - Gayle disse com o sorriso habitual no rosto e eu me limitei a acenar.

- Oi, Gayle. Como estão?

- Bem.

Elas começaram a conversar. Imra conversava comigo como se nada tivesse acontecido... Então, comecei a entender que talvez eu estivesse exagerando e ela não tinha feito nada grave.

Mas depois comecei a pensar que na verdade, eu estava certa, ela simplesmente se esqueceu de mim, ou nunca gostou de mim, só me aturava... Por algum motivo que eu não sei.

- COMO ASSIM VOCÊS NÃO TRANSARAM? - Eu pulei com o grito que me obrigou a sair dos devaneios.

- Nossa, Gayle. É natural, passamos por maus bocados e precisamos estar bem mentalmente para nos entregar fisicamente. - Kara disse e eu beijei a testa dela. Ela é tão inteligente... Como eu sou trouxa por essa mulher.

 Como eu sou trouxa por essa mulher

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Olá anjos... Só passando para pedir que vocês comentem nem que seja para me dar oi e acendam a estrelinha. É tão importante isso... Pois ajuda na divulgação da história.

TRAP - Adaptação KarlenaOnde histórias criam vida. Descubra agora