TRAP - Adaptação Karlena

Capítulo 46 - Coquetel

Lutessa Lena Luthor  |  Point of View

Eu preparei o jantar que Kara ama... É bem simples, na verdade, um salmão frito e um arroz, que eu misturo com molho branco, e pronto... Kara me elogia até amanhã por essa pequena refeição.

Tomei um banho e enchi a banheira para ela. Só fiquei esperando... Cheguei mais cedo hoje, eu mandei umas flores para a universidade dela e espero que ela tenha gostado.

Ouvi barulhos no andar de baixo e corri até lá. Ela estava com as flores e sorriu quando me viu.

— Lee... Você não existe.

— Gostou das flores? – Ela as deixou sobre a mesinha de centro da sala e rodeou meu pescoço com seus braços.

— Obvio que gostei, amor. – Ela beijou meu pescoço e pareceu pensar em algo. — Eu estava pensando em você e logo elas chegaram.

— Pensando... O que? – Perguntei com uma sobrancelha arqueada.

— No quanto eu estava sentindo sua falta... Que eu amo muito você... – Eu sorri e beijei o topo da cabeça dela.

— Eu também sinto sua falta... E amo você demais. Saí cedo para preparar seu jantar. E a banheira está esperando você.

— Uau... O que eu fiz para merecer?

— Você merece o mundo, querida esposa. Hoje me encontro um pouco mais romântica do que de costume. – Ela selou nossos lábios.

— Você é incrível.

— Você é mais... Mas ande com esse banho, pois seu salmão não pode ser esquentado.

— Não acredito que você fez isso para mim? Com arroz e molho branco...

— Exatamente... Vai logo, antes que o arroz vire uma papa.

— Ela me deu um selinho e correu pelas escadas. Arrumei a mesa e depois de minutos, ela entrou na cozinha.

— Esse cheiro... – Ela disse e fez uma careta.

— É do jantar, amor.

— Você colocou alguma coisa diferente?

— Não... Fiz como sempre faço. – Ela assentiu. Sentou a mesa e quando eu coloquei o prato servido em sua frente, ela correu... Novamente fui atrás dela. A encontrei ajoelhada em frente ao vaso.

Ela ficou um tempo ali e eu peguei os cabelos dela, escorei a testa dela na minha mão. Logo ela levantou e se escovou.

— Vou te levar no médico amanhã. Não pode ser normal, o amaciante foi trocado e o outro te enjoou também. Minha porra te enjoou... Seu jantar preferido te enjoou...

— Sua porra é meu jantar preferido...

— Sua safada... Não adianta me desfocar, amanhã vamos ao médico.

— Amanhã não dá, amor. Estou atolada na faculdade.

— Estou preocupada com você, amor. É sério... Você é tudo para mim... – Ela se sensibilizou e me abraçou.

— Eu estou bem, Lee. Só meu estômago está fraco.

— Vamos ao médico, então.

— Vamos, mas não amanhã.

— Você é tão teimosa...

— Achei que essa fosse uma das qualidades que te fez se apaixonar por mim.

— Apaixonar e sofrer... – Eu beijei a testa dela.

— Você não foi um doce.

— Ok... Estamos quites. Amor... Amanhã tenho um coquetel para ir da empresa... Será... Sabe... Eu pensei...