Lutessa Lena Luthor | Point of View
— Não... Eu não entendi aonde você quer chegar. – Eu disse como se o assunto não fosse incômodo e trocando de canal.
— Nem eu sei por que estou falando disso. – Ele disse vermelho... Ele estava muito sem graça. – Você já procurou alguma acompanhante?
— Você já?
— Não. Mas fiquei tentado, pois você sabe que eu era muito inseguro e essa prostituta avaliava os caras e colocava notas nas transas. Mas eu não a contratei, pois fiquei com medo de ser esculachado e confirmar minhas inseguranças. Mas você não me respondeu.
— Eu já utilizei de todos os recursos possíveis para transar. Isso não é novidade.
— Mas eu queria saber o porquê disso. Você tinha qualquer mulher... A hora que quisesse. Porque procurava prostitutas?
— Eu não sou um ímã de mulher... Tinha noites em que eu não conhecia ninguém.
— Mas não dava para ficar umas noites sem sexo?
— Não era só sexo... Ajudava, mas eu não conseguia ficar sozinha... Eu precisava de música... Ou TV... Precisava de vozes. Minha mente era confusa, ficar comigo mesma era o fim do mundo para mim.
— E agora? – Eu parei para pensar.
— Agora eu me sinto em paz... Em qualquer situação eu fico bem, com Kara, com meu filho... Sozinha.
— Que bom... Você não quer me contar nada?
— Você já sabe tudo sobre mim. – Ele me encarou e assentiu.
Deitou e ficamos assistindo a alguns clipes até a hora da reunião.
[•••]
— Minha irmãzinha, você arrasou lá. Céus! Nem meu pai se saiu tão bem, nem parecia essa ranzinza irritante que conheço.
— Eu estava inspirada mesmo. Queria que acabasse logo para que eu durma e volte para casa.
— Dois a zero.
— Pede um quarto só para você. – Eu disse entrando no elevador.
— Não. Vamos dormir juntos e acordar de conchinha. Como nos filmes.
— Cala a boca.
— Eu não quero dormir sozinho hoje.
— Porque não pediu um quarto com duas camas então?
— Deixa de ser chata. Eu queria a suíte principal.
— Por isso que eu ganho um monte de contrato e nunca dobramos o lucro.
— O lema de nosso querido papi é... Funcionários em primeiro lugar.
— Você é tão chato que até uma viajem de elevador dura vinte anos.
— Tirou as palavras da minha boca. – Ele disse e as portas se abriram. — E eu fico com o controle. Vamos assistir uns pornôs.
— Quantos anos você tem?
— Não sei. Sou tão viril que me confundo as vezes.
— Oito.
Abri minha mochila e peguei minha roupa, indo para o banheiro.
Quando saí do mesmo, Barry estava sentado na beira da cama e vidrado na TV.
— Isso é humanamente impossível. – Ele disse enquanto uma mulher se virava em trinta para atender cinco caras com paus enormes.
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TRAP - Adaptação Karlena
Fanfic[ ADAPTAÇÃO ] - Isso é tão tolo, os bobos caem nessa armadilha de se apaixonar... Eu sou diferente. Sou realista, pessoas gostam de sexo e devem fazer isso com várias pessoas, o mínimo que o sexo pode ser é bom... De bom para cima. - Lena Luthor. ...