Capítulo 11

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boa leitura 

⁎ 

De todas as pessoas de dentro daquela universidade, Hyunjin era a última pessoa que ele imaginaria que estaria ali lhe ensinando cálculo I. A voz era calma demais lhe explicando os processos enquanto escrevia todos os números, e Felix sorriu quando notou a situação.

No fim, parecia que o diabo ria de si e do coração que insistia em bater rapidamente toda vez que o outro garoto se aproximava demais para apontar algum erro durante o percurso. Foram nesses momentos que o Lee queria alcançar o terço de baixo da camiseta de algodão branca, mas suas mãos estavam ocupadas.

Então, pela primeira vez, ele não rezou quando seu corpo reagiu à Hyunjin.

E talvez tenha sido naquele momento que as coisas começaram a fugir de seu controle.

Isso. — A voz grave retornou. Felix não queria ter se lembrado da situação na qual se conheceram, mas se lembrou. Ele fechou os olhos por um segundo e continuou forçando o cérebro a calcular. — Agora você soma o X com o número de cima, isso... e subtrai o resultado pelo de baixo. Pronto, acabou.

— Obrigado. — Felix se virou para o mais novo depois de bocejar e espreguiçar uma vez. — Você me ajudou muito.

— Eu não sou tão mal assim, não é mesmo? — Ele sorriu de canto e Felix revirou os olhos, se manteve em silêncio e começou à guardar o material dentro da mochila. — Certo, já está quase na hora do almoço. Você está com fome?

Hyunjin se colocou de pé e estendeu a mão na direção do outro rapaz, que arqueou a sobrancelha, receoso.

— Eu não vou cortar sua mão e sair correndo, Felix. E juro que só queria ser educado e te ajudar à levantar.

— Força do hábito. Meu cérebro associou você à rock pesado, drogas, atividades ilícitas e sexo. — O outro sorriu de canto e passou a língua pelos lábios.

— E está quase tudo certo, exceto a parte do rock, por que eu sou muito mais fã de rap.

— Você definitivamente não se veste como um fã de rap.

— Bem, mais um ponto em comum. — Hyun sorriu. — Você definitivamente não se veste como você.

Eles trocaram um olhar longo antes que Felix falsamente franzisse as sobrancelhas e negasse com a cabeça.

— Não entendi.

— Claro que não. — Hyunjin sorriu e lhe estendeu a mão mais uma vez. — Vamos.

Mas o mais baixo negou a ajuda alheia e abraçou os livros como se eles pudessem protegê-lo, antes de ceder ao rosto debochado que lhe encarava e aceitar segui-lo para fora da biblioteca.

Eles resolveram descer pelas escadas dessa vez e caminharam pelos corredores largos sem trocarem nenhuma palavra até estarem na área externa, onde Felix travou enquanto Hyunjin seguia pelo caminho oposto ao do refeitório.

— O refeitório é pra lá... — Apontou, inseguro, enquanto agarrava a própria jaqueta jeans com as mãos livres, uma vez que os livros haviam ficado na biblioteca.

— Eu sei.

— Então...?

— Ainda são onze da manhã, e o refeitório só abre meio dia. — Comentou, tranquilo. — Falta uma hora e eu estou com fome, tem um restaurante coreano muito bom à duas quadras daqui e a gente ainda ganha tempo pra revisar o conteúdo antes da sua prova. É hoje, não é?

𝐁𝐑𝐈𝐍𝐆 𝐓𝐇𝐄 𝐇𝐄𝐀𝐕𝐄𝐍| 𝐇𝐲𝐮𝐧𝐥𝐢𝐱Onde histórias criam vida. Descubra agora