Capítulo 93 - O que você aprontou?

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✨▫️  Brunna Gonçalves ▫️✨

Não tem como voltar pra casa não sei se vou conseguir chegar lá, estou muito nervosa, então parei na praia, estacionei o carro e fui até o quiosque da Daiane.

- Brunna - Falou empolgada - Que bom te ver, como está o bebê? Ludmilla tá toda boba 

- Não me fala o nome dessa mulher, só de ouvir o nome dela já me sobe uma raiva

- Pensei que tinham se resolvido 

- E nos resolvemos, mas ela voltou a me tirar do sério

- O que aconteceu? - Daiane abriu o coco colocou um canudo e me deu, tomei um pouco antes de voltar a falar 

- Sabia que ela comprou a cafeteria e passou para o meu nome sem eu saber, e ainda me fez assinar os papéis dizendo que era relacionado ao carro 

- Brunna - Ouvi meu nome ser chamado, olhei para onde vinha, Ludmilla estava vindo na minha direção e parecia cansada e estava suada 

- O que você está fazendo aqui? 

- Preciso falar com você

- Não tenho nada pra falar com você. Já disse que não quero falar com você, você mentiu pra mim, fez algo sem a minha autorização

- Eu quero te dar a cafeteria, e quantas mais você quiser

- Acontece que eu nunca quis a cafeteria, eu nunca te pedi ela, eu gosto do que eu faço, gosto de trabalhar lá, gosto de servir as pessoas, não quero ser dona 

- Eu te dou o que quiser, é só você falar 

- Eu não quero nada, quando você vai entender isso? 

- Eu tenho dinheiro pra isso, tenho dinheiro pra te dar uma vida de luxo 

- Eu não quero uma vida de luxo droga! - Passei a ficar nervosa - Eu já disse um milhão de vezes pra você, estou feliz fazendo o que eu faço, trabalhando onde eu trabalho

- E como eu fico? Sou milionária e a minha mulher trabalhando como garçonete em uma cafeteria

- Então isso só tem haver com você e esse seu ego, quer saber Ludmilla se enterra na areia e nunca mais saia, eu não quero mais ver essa sua cara! - Sai com raiva 

  ⚡▫️ Ludmilla Oliveira ▫️⚡

Iria ir atrás da Brunna mas Daiane segurou meu braço

- Deixa ela, precisa pensar, ficar um pouco sozinha 

- Ela precisa me escutar 

- Ela já escutou e não deu muito certo, você piorou tudo falando aquilo - Colocou um copo de suco na minha frente, peguei o suco e bebi tudo de uma vez

- Não foi errado eu comprar a cafeteria e dar pra ela, eu disse que iria dar 

- E o que ela disse pra você? Eu estava com vocês no dia 

- Ela disse que não queria. Eu só quis ajudar, quero dar uma vida melhor pra ela 

- Você ouviu o que ela disse, ela não quer a vida que você que quer dar pra ela, ela gosta do que faz, que tal deixar ela fazendo isso. Você sabe o quanto eu odeio trabalhar naquela empresa, odeio estar de terno, aquilo me sufoca, mas a Fernanda quer que eu trabalhe lá, queria mesmo ficar aqui vendo esse mar lindo, curtinho esse sol maravilhoso, aqui eu me sinto livre, trabalhando no quiosque. Estar na empresa me dói, e se a Brunna tivesse a vida que você quer dar a ela doeria também, eu sei disso porque eu sinto essa dor, a dor de não fazer o que você realmente deseja, é um incomodo, uma sensação de desespero, eu quero ser livre, aqui eu me sinto livre, e isso não tem haver com relacionamento, eu amo a minha esposa e só quero ela. Deixa a Brunna ser livre pra escolher o que ela quer, você são casadas, mas isso não significa que são uma só pessoa. Você tem vários restaurantes e hotéis, imagina passar o dia inteiro em uma cozinha, você gostaria? - Ela negou com a cabeça - Eu já conheço uma pessoa que adora cozinhar, todos somos diferentes de alguma forma, o respeito nessas horas é primordial 

Waitress (G!P) Onde histórias criam vida. Descubra agora