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-Bom dia, meninos.- Cumprimentei meus gêmeos me sentando entre eles na longa mesa da sala de jantar.
-Bom dia, Maya.- Os dois responderam juntos. Uma das cozinheiras que trabalhava na grande casa colocou um copo de suco e uma fatia de bolo em minha frente.
-Obrigada.- Dei um sorriso para a mesma, que retribuiu e se retirou.
-Papai saiu para "trabalhar" e mamãe já saiu também.- Falou Osamu bebericando o resto de seu suco.
-Certo, como nós vamos?- Perguntei comendo meu bolo. Saboreava o único vício que era incapaz de conter: chocolate.
-Um motorista irá nos levar hoje.- Respondeu Atsumo se levantando.- Lembre-se que não temos idade para ter carteiras de motorista ainda.
-Nunca foi um problema.- Murmurei, o olhando com um leve sorriso ladino.
-Espere o papai cuidar disso, não queremos burburinhos rondando o colégio.- Suspirou, abanando a destra em sinal de que não tinha importância.- Vou me arrumar.
-Eu também, não se atrase.- Osamu deixou um pequeno selar em meus cabelos e se retirou com o loiro.
Finalizei minha pequena refeição e subi para meu quarto. Tirei meu pijama e adentrei no banho sem perder muito tempo. Saindo da água, escovei meus dentes e caminhei até o closet, onde vesti o uniforme já separado. A camisa branca com o colete justo em tom de vinho por cima, a saia cinza curta e rodada, a gravata azul marinho e por fim, o blazer acinzentado como a saia. Fechei o mesmo, vendo o uniforme perfeitamente alinhado ao meu corpo. Calcei um par de meias brancas que quase chegavam aos meus joelhos e um par de saltos pretos fechados. Passei perfume e penteei meus cabelos ondulados, deixando-os soltos. Passei perfume e um gloss, contente com o resultado perfeito. Conviver com Sakusa possuía suas vantagens visto que estava quase tão viciada em perfeição quanto ele, o que era um exagero de se dizer levando em conta que nesse quesito Kiyoomi era inalcançável.
-Amaya, precisamos ir.- Ouvi no corredor a voz de meus gêmeos e pude ouvir seus passos em direção às escadas.
Me apressei em pegar minha pasta e descer as escadas, sendo a última a entrar no carro. O segurança fechou a porta e o carro não tardou em partir. Me mantive calada durante o caminho, uma vez que Atsumu e Osamu não calavam a boca enquanto jogavam algo em seus videogames portáteis. Revirei os olhos para ambos, ainda que com um pequeno sorriso. Admirava sua leveza acima de tudo, não os culpava por evitarem a intromissão (quando não necessária) em nosso mundo, e se dependesse de mim, as coisas seguiriam assim sempre. Não deixaria que deixassem de seguir suas vidas como queriam apenas para ter sangue em suas mãos. Eu controlaria nosso mundo, e esse não era o mundo que eu queria.
Descemos do carro em frente as escadarias do colégio, dois carros atrás do nosso, esperando que adentrássemos no local para que então ficassem de guarda. Um leve sorriso surgindo em minha face, tomei a frente enquanto meus irmãos ainda discutiam algum jogo mais atrás, apenas me seguindo. Pelos olhares, tinha certeza que todos sabiam quem éramos, e sinceramente, eu estava amando essa atenção.
