𝟎𝟓

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Estava nervosa

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Estava nervosa. Ansiosa demais para que tudo ocorresse perfeitamente bem e simplesmente acabasse. Precisava descansar. Sentia meu corpo cansado devido as noites mal dormidas, e mesmo que tenha passado um bom tempo no hotel com Ji-hoon, não descansei. O segurança que o coreano designou para me trazer abriu a porta do carro para mim e então desci, cruzando a entrada de minha casa. Já devia ser por voltas de duas da manhã, meu corpo pesado e minha mente atormentada, no entanto meus olhos bem acessos. Fui em direção à cozinha, precisava de água ou minha garganta se partiria em mil pedaços.

-La volpe in persona...- Direcionei meu olhar ao moreno. O pijama aparentemente caro e o robe de cetim o cobrindo, os cabelos castanhos bagunçados e o sorriso brilhante.

(A raposa em pessoa)

-Vincenzo.- Cumprimentei com um pequeno sorriso, logo sendo presa em um abraço apertado.

-Maya, como tem passado?- Perguntou meu primo, segurando-me delicadamente pelos ombros e me olhando com calma.

-Estou suportando.- Suspirei cansada, o largo sorriso do maior levemente desmanchado agora com a confissão.- E como vão as coisas na Itália?

-Sabe como é, nada que eu não resolva.- Ele riu baixo, voltando-se para sua xícara de café.- Soube que estava com Ji-hoon, o maldito coreano sequer responde minhas mensagens.

-Deixe-o em paz.- Foi minha vez de rir.- Ele é sábio, você é muito chato, não lhe responderia também.

-O Suna estava certo, você é insuportável.- Torceu o nariz resmungando e eu o olhei curiosa.

-Rintarou disse que sou insuportável?!- Exclamei, indignada com o que escutei.- Aquele idiota de merda...

-Ele é uma boa pessoa.- Me cortou, fazendo com que eu me calasse e o encarasse com as sobrancelhas arqueadas.- Estou sendo sincero.

-Eu sei, é isso que me surpreende.- Confessei, um curto suspiro deixando meus lábios.

-Agora conte, o que aconteceu com você?- Levou a xícara aos lábios, um olhar reprovador em minha direção.- Quando foi a última vez que dormiu? Parece que uma manada de elefantes raivosos passou por cima de você.

-Me conforta tanto ouvir isso.- Murmurei irônica, revirando os olhos em seguida. Peguei uma garrafa de água na geladeira e fiquei na ponta dos pés, deixando um selar curto na bochecha do moreno.- Boa noite, Antonelli.

-Durma bem, Miya.- Ele ergueu a xícara, acenando para mim.

***

-Vamos, confesse, você e a cama vão pedir o divórcio.- Me sentei em frente à mesa do café da manhã, olhando confusa para meu gêmeo acinzentado.- Vocês estão brigadas à dias.

-Graças a Maya nunca mais tive soluços, vivo tomando sustos.- Atsumu riu, passando geleia em uma fatia de pão. Dei uma risada mal humorada, mostrando o dedo médio para ambos.

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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 𝐌𝐢𝐲𝐚 - 𝐒𝐮𝐧𝐚 𝐑𝐢𝐧𝐭𝐚𝐫𝐨𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora