𝟎𝟒

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Desci do carro sendo guiada por meus irmãos

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Desci do carro sendo guiada por meus irmãos. Meus dedos se moviam de maneira quase que frenética contra a tela do celular. Amanhã seria a tão esperada festa e obviamente eu estava a poucos passos de ter um surto. Caminhava pelos corredores do colégio confiando inteiramente em meus gêmeos. Atsumu ao meu lado com minha bolsa em uma mão assim como meu braço entrelaçado ao seu outro livre e Osamu mais atrás, com a destra em minhas costas me guiando pelo caminho.

[Neko]
Já lhe falei Miya
Está tudo certo!

[Amaya]
Apenas quero ter certeza
Minha vida, literalmente, depende disso

[Neko]
Não seja tão dramática
Tomei a liberdade de comunicar seu pai
Sua mãe organizou a festa principal
Tudo está saindo conforme o planejado
Você já pode respirar

[Amaya]
Terei muito tempo para respirar
quando tudo isso acabar
Não sei o que faria sem você
Você é o melhor, cabeça de pudim!

Me assustei no momento em que meu pé se chocou contra algo e meu corpo foi lançado para a frente. Meu celular escorregou pelo chão enquanto as mãos de Osamu circulavam minha cintura. Encarei o loiro com um olhar irritado e ele me direcionou um sorrisinho sem graça. Osamu me ajudou a me reerguer corretamente com um olhar preocupado, agradeci meu gêmeo com um leve selar em sua bochecha. Atsumu desviou o olhar rapidamente, como se não fosse ele quem me permitiu tropeçar no degrau.

-Devia tomar mais cuidado.- Suna resmungou, erguendo meu celular.- Na verdade, não, seria bom se caísse, quem sabe assim você não se tornaria uma pessoa mais agradável!

-Se fosse fácil assim, eu mesma já teria batido sua cabeça contra uma parede.- Puxei meu celular de suas mãos com um sorriso falso.- Mas seria apenas perda de tempo pois é impossível que você se torne alguém suportável!

-Fala sério, qual o problema de vocês?- Atsumu se intrometeu, o olhar confuso.

-Como isso começou?- Osamu apoiou o braço nos ombros de Atsumu.- Eu realmente não me recordo de tê-los deixado à sós em momento algum.

-Oh, verdade.- Mumurou Atsumu, a mão em seu próprio queixo.

-Não sei se recordam-se, mas não somos siameses.- Revirei os olhos, apoiando o peso de meu corpo em uma perna e analisando a tela de meu celular, suspirando aliviada ao vê-la intacta.

-Inclusive agradeço todos os dias por não ter nascido grudado com esse porco.- Osamu deu um leve empurrão em Atsumu, se pondo a andar enquanto o ignorava.

 𝐌𝐢𝐲𝐚 - 𝐒𝐮𝐧𝐚 𝐑𝐢𝐧𝐭𝐚𝐫𝐨𝐮Onde histórias criam vida. Descubra agora