CAPÍTULO 21

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Cidade de Cancún, 26 de setembro de 2021. Oliver levava Lígia e Adam para a universidade, e ao chegarem lá, ele os amarrava junto com a professora Ambry. Oliver não tinha motivos para esperar nada, por isso ele começaria o mais rápido possível o seu plano de vingança. Ele pegava vários baldes de gasolina do carro e levava para dentro da universidade. Não tinha ninguém lá além da professora Ambry, por isso ele conseguia jogar gasolina por toda a escola, em uma tentativa de não falhar no seu único plano. 

— Oliver, eu não digo que você está ficando louco, porque não tem como você ficar mais louco do que você já era. Por que estamos na escola? O que você está planejando fazer com a gente? — Lígia olhava para ele e gritava. 

— Ele bateu a arma em mim e, depois de pegar a chave da escola, ele me amarrou aqui. Agora ele traz vocês para cá, então eu acho que boa coisa ele não quer fazer. — Ambry dizia, tentando se soltar.

— Ah, não se preocupem com o que eu vou fazer com vocês, isso não importa muito. Por que, quando alguém está tentando executar o seu plano de vingança, alguém tem que perguntar o que ele quer fazer? Por acaso estamos em um filme? — Oliver olhava para eles e sorria. 

— Oliver, eu não preciso estar em um filme para te falar que você vai se dar mal no final de tudo isso. Você acha mesmo que ninguém vai perceber que a gente sumiu? Você é muito burro! — Adam olhava para ele e gritava.

— Adam, cala a boca, eu e a Lígia estamos tentando distrair o Oliver e você acaba de fazê-lo ficar com mais raiva? Você não assiste filmes não? Isso é uma estratégia. — Ambry olhava para ele.

— Vocês  são muito burros. Acham mesmo que eu vou ficar aqui conversando com vocês? Eu já fiz metade do que eu queria, agora eu vou terminar o resto. Não saiam daqui, eu já volto. — Oliver saía da sala.

— Nem se a gente quisesse, a gente conseguiria sair, né! Ah, que ódio, o que a gente vai fazer? Eu não quero ser pessimista, mas eu estou sentindo um forte cheiro de gasolina. — Adam dizia, tentando se desamarrar. 

Rick e Vitória estavam cada vez mais próximos. Eles tinham se tornado grandes amigos, mas nós sabemos quando somos apenas amigos e quando existem sentimentos a mais na relação. Ambos sabiam que eles não se gostavam apenas como amigos, mas existia algo a mais na amizade deles. Depois de o destino os separar dos seus parceiros de um modo triste, estava na hora deles serem felizes novamente, e agora era a hora perfeita deles encontrarem de volta a felicidade. A vinda de Vitória para Cancún e a transferência de Rick também para Cancún não foram coincidências, mas o começo de um ótimo destino que há tanto tempo os preparava.

— Eu amo vir aqui na sua casa, tomar café e conversar com você. Espero que meu chefe não descubra. Demissão não é algo de que eu precise agora. — Rick abria a porta e sorria.

— Ah, não, rezemos para que ele nunca descubra isso. Rick, antes de você ir embora, eu tenho uma coisa estranha para te perguntar, e não precisa responder se você não quiser. Você acha que nós merecemos ser felizes novamente? Em todos os sentidos? — Vitória o encarava.

— Claro, eu acho sim que nós merecemos ser felizes. Eu acho que, depois de tanto tempo, o que nós precisamos é ser felizes de novo. Talvez encontre um novo amor.

— Que ótimo, era isso que eu precisava escutar. Eu também acho que nós precisamos de um amor. Quem não precisa? Nós precisamos nos arriscar na vida, e agora mesmo eu vou me arriscar. — Vitória o puxava e o beijava. 

— Ah, meu Deus, por que eu tinha que chegar exatamente nessa cena? Meus olhos, eu acho que acabei de ficar totalmente cega. — Beatrice olhava para eles e sorria. 

Amizades imperfeitas Onde histórias criam vida. Descubra agora