Prólogo

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Humano.

"Os humanos sempre pegaram o que precisavam à custa das outras criaturas da Terra."

O cheiro dos mortos vivos se arrastando pelo asfalto deixando o restante de sua carne ja podre me enjoava. Em que merda eu me meti.

Olhando para os lados avistei um machado, o pegando com dificuldade mirei em direção a criatura que já havia se aproximado de meu pé machucado.

Merda!— exclamei.

Meus dedos doíam, ainda tremendo empurrei o objeto com toda a minha força enterrando o mesmo no crânio daquele ser repugnante.

Ainda cansada me apoiei uma última vez na grade ao lado da lixeira lembrando da terrível cena que presenciei a alguns minutos atrás, aquele velho psicopata.

Sangue, Sangue.

Era tudo que cobria seu rosto, o rosto no qual eu tanto vi.

Ainda sentia a ardência da faca que passaram de leve no meu braço que sangrava. Ainda não acredito que o deixei para morrer, ainda não acredito que o perdi daquela maneira.

Se fechar os olhos consigo ouvir o som dos seus dentes rangendo na intenção de se alimentar da minha carne ainda viva.

Ele não era mais humano.

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