~one~

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Ola, me chamo Henry, atualmente tenho 17 anos! Vou contar um pouco do que aconteceu comigo e como vim parar aqui no reformatório.

Eu tinha 15 anos, ano de 2018.
Eu morava em Salvador, Bahia. Me mudei para Osasco, São Paulo. Desde então minha vida começou a ser um inferno.

Ano de 2018

- Vamos, Henry. Temos que pegar o primeiro Ônibus para a viagem. - Grita minha mãe da sala.
Corro até lá, vejo meu pai de cabeça baixa, dou um abraço apertado nele, mas ele não reage, sempre foi assim, ele sempre foi frio, nunca me abraçou, nunca fez questão de me dar uma festa de aniversário. Vive bêbado, batendo na minha mãe... em mim...

Minha mãe me puxa pelo braço, ela queria sair o mais rápido possível de lá. E saiu, sem olhar para trás, mas eu olhava... era o meu pai.. eu estava cheio de roxos no braço por causa dele, mas era meu pai.

Chegando na rodoviária, pegamos o primeiro Ônibus de viagem para São Paulo. A gente estava indo morar com minha tia, la em Osasco, São Paulo. Nunca me dei bem em cidade grande... mas a gente tenta, vida nova.

5 horas depois, a gente chega na rodoviária de Osasco, minha tia ja estava la esperando a gente com o carro dela. E de verdade? Nunca fui com a cara dela... e... da para perceber que, nem ela com a minha.

Meia hora depois, a gente chega na casa dela. Enquanto coloca o carro na garagem, minha mãe me fala:

-Henry, lembra da sua prima que te falei? A que você nunca conheceu? Então, é filha dela.

Então pensa, mano. Se a mãe não vai com a minha cara e se a filha for que nem a mãe, vai ser uma merda morar aqui. Mas eu passo a porta pra dentro, adentro a casa e vejo uma loirinha linda me olhando.

Minha mãe chega por trás, coloca a mão em meu ombro e fala:

-Henry, essa é sua prima Christina. Christina, esse é seu primo, meu filho, Henry.

Christina nem pensa e ja vem me abraçando forte, eu não consegui abraça-la, não sei por que, não era vergonha nem coisas do tipo.

-Vem, vou te mostrar seu quarto. - Me puxa,  Christina.

Ela me leva para o segundo andar de sua casa. A gente anda até o final do corredor, última porta a direita. Me sento na cama colocando minhas malas em cima da mesma. Christina senta ao meu lado e começa a puxar assunto.

-Como era la na Bahia?

-Ah... a cidade em si é uma merda, e a minha vida lá, também era.

-Fala palavrão sempre?

-An... sim...

-Posso saber o porquê?

-Problemas familiares..

-Eu sou o que?..

-Parça, nem te conheço, não vou falar meus problemas pra você.

A gente fica em silêncio por uns minutos, de repente ela se vira e me olha. Confuso, olho pra ela.

-Nossa... -Diz Christina. - Que olhar frio...

-Aprendi com meu pai...

-Ah... e esses roxos? Aprendeu com seu pai também?...

Continua...

Psycho (Parado)Onde histórias criam vida. Descubra agora