Concluída!
•Com a primavera, o lobo desperta.•
Sendo designada para um novo caso, a detetive Talia Indico, com sua nova parceira, tentam prender todas as pessoas de uma lista deixada por um cadáver. Mas ela não imaginava no que aquilo poderia dar. E...
Nem sei o que dizer, só sentir. Principalmente cólica.
Boa leitura e COMENTEM!
* * *
P.O.V. Camila
Deixei a casa de Demi, aproveitei que Talia estava dormindo para ir em casa e pegar algumas roupas pra ela. Não a traria pra casa até que estivesse melhor.
Ainda estava em choque por descobrir sobre Talia, coisas que eu pensei ser coisas de filme, ficção, mas são de verdade. Descobrir que sua melhor amiga é um lobisomem, não se vivi todo dia.
Vou precisar de tempo para me acostumar.
Pego uma mochila, coloco moletons, tops, calcinhas, objetos de higiene, me certifico de não estar esquecendo nada. E então, começo o caminho de volta pra cidade, vou passar no departamento para acalmar e dar notícias a todos.
Estavam preocupados com a Lia. Os que não estavam na operação de resgate, ficaram ansiosos por notícias. Pelos anos que a mesma trabalha no departamento, todos a conhecem e gostam dela, apesar do seu jeito fechado.
Depois disso, voltei para a casa de Demi, deixando a mochila lá com a morena, voltei para a delegacia, esperaria Talia ficar consciente para perguntar alguma coisa sobre o ocorrido.
P.O.V. Talia
Acordo com meu corpo dolorido, o que era novidade. Mas ao lembrar do que tinha acontecido, entendo as dores.
Estava em uma cama, presumo que seja o quarto de hóspedes da casa de Demi, podia estar apagada, mas minha audição continua intacta. Me arrumo na cama, me sentando. Nessa hora, Demi entra com uma bandeja com equipamentos para trocar os curativos.
- Olha só quem finalmente acordou. - Fala e coloca a bandeja ao lado. - Como estão os cortes?Ainda doem muito? - Pergunta me olhando, se senta em uma poutrona que tinha perto da porta.
- Foram cortes feitos com prata, e ainda queimaduras de terceiro grau. - Falo. - Então estão doendo.
- Sinto muito, mas foi necessário. - Fala me olhando com pesar.
- Tudo bem, você salvou minha vida. - Falo e a encaro. - O que você é?
- Eu sou uma drúida, bruxa, como preferir chamar. Sou um tipo raro, meus poderes são limitados aos cinco elementos: água, fogo, terra, ar e eletricidade. - Ela suspira.
- Por isso que você tem várias plantas na sua casa. - Digo olhando ao redor. - Consigo sentir o cheiro daqui.
- E isso é uma das razões de não ter uma boa relação com meus pais. Eles são "completos", e eu um "defeito". - A olho confusa, mas deixo de lado por agora.
- Por que você não me contou antes? - Pergunto não me contendo. Talvez meu tom tenha sido acusatório.
- Pelo mesmo motivo que não contou a Camila. - Demi fala assim que percebeu o meu tom. - Eu não confio muito nas pessoas, apenas pesoas de confiança sabem. A Madison e vocês agora. - Fala e se levanta. - Vou deixar você digerir tudo, e você não tem direito de falar algo de mim. Por que você fez o mesmo.
- Demi. - A chamo antes que saia. - Desculpa, não quis soar rude.
- Vou trocar seus curativos e vou te deixar aqui para descansar. - Fala séria. - Camila disse que chegaria daqui a pouco, com roupas pra você. O banheiro é na porta da frente.
Ela passou uma pasta verde nas queimaduras e cortes, doíam um pouco, mas eram suportáveis.
Horas depois, Camila chegou com uma mochila, estava em pé me olhando, eu fingia estar dormindo.
- Eu sei que está acordada. Sua respiração está muito rápida. - Fala e eu abro os olhos e a encaro.
- Está brava comigo. - Falo a olhando.
- Eu não estou brava pelo que você é. - Fala. - Eu estou magoada por você não ter confiado em mim para contar. Se você tivesse me contado que tinha matado alguém, eu te visitaria na cadeia. - Fala e ri. Se aproxima. - Eu não ligo pro que você é, eu me importo com você, eu confio em você. Eu só esperava que fizesse o mesmo. - Fala e eu suspiro. - Vamos fazer um acordo. Não vamos mais mentir uma pra outra. Para que essa parceria funcione, tem que haver confiança. Combinado?
- Combinado. - Meus olhos queimavam.
- Você pode ser frágil comigo, Lia. - Fala e então deixo que as lágrimas do choro preso saiam.
- Me desculpa. - Falo assim que ela se aproxima e me abraça.
* * *
P.O.V Narradora
Depois da conversa e pedidos de desculpas, Talia pede para que Camila deite ao lado dela e a abraça.
- Eu nunca tinha contado para ninguém sobre mim, aí você vai e descobre por si mesma. - Fala agarrada a Camila. - E não é algo fácil de contar. Toda vez que alguém chegava perto de descobrir, eu sumia. Ou se eu começasse a confiar demais em alguém, eu me distanciava. Esse foi um dos motivos de que nunca tive ou quis ter um parceiro, por que envolve confiança, e eu nunca poderia dar total confiança a essa pessoa. Aí você chegou e me ganhou tão facilmente, você foi uma das únicas pessoas que conseguiu entrar no meu coração e se instalar nele. No começo, eu quis te afastar, te manter longe, mas eu desisti depois daquela noite de Halloween.
- Eu já estava descobrindo naquela época. - Camila fala baixo.
- Naquela noite você atingiu o ápice. Não tinha mais volta. Eu tinha que te contar, mas então eu escutei os uivos, sabia que estavam perto de casa, poderia ser perigoso pra você. - Fala com a testa franzida. - Nunca tinha aparecido outros por aqui.
- Quem acha que eles são? - Camila pergunta.
- Nao faço idéia. Mas eles estão no território errado. - Falou.
* * *
Camila tinha ido para casa, mesmo sobre protestos de Talia, mas a mulher era muito teimosa. Estava prestes a ir dormir, quando ouviu os uivos novamente. Talia estava muito longe, mas ainda escutou. Se vestiu, e saiu em disparada seguindo os sons, as feridas reclamavam, mas não estava ligando. Demi acordou com a movimentação em sua casa, deu apenas para ver a silhueta de Talia ao longe, se vestiu e foi atrás da mesma.
Camila estava na casa, tentando se manter calma, mas seus batimentos cardíacos denunciavam seu nervosismo.
Foi então que viu um homem de cabelos encaracolados, na porta. O mesmo bateu na porta, esperando que alguém aparecesse. Mesmo assustada, Camila vai até a porta, abrindo uma fresta, para olhar para fora, o vendo.
- Desculpe incomodar, mas é que eu e meus amigos nos perdemos. Poderia nos apontar onde fica a cidade? - Pergunta educado e sorrindo. Camila o encara desconfiada. - Desculpe minha falta de educação. Meu nome é Nicolas.
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* * *
Oia eu aqui nesse livro esquecido...
Não sei até quando vou conseguir escrever, tô meio sem ideia de como continuar. Então vou acelerar as coisas, fazer a bagaça acontecer.
