Connected by Accident

Capítulo 6: Imperdoável

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  O primeiro a acordar foi o Lúpus, com o seu celular tocando feito um louco. Rosnou raivoso e abriu os olhos pronto para tacar o bendito na parede, mas deu de cara com o Ômega em seus braços, com a boquinha entreaberta. Estava ressonando baixinho, com o cabelo esparramando no travesseiro, a coisa mais perfeita do mundo. Jeong Kuk abriu um sorriso largo, vendo todo o seu mal humor e raiva escorrer para fora de si, como se fosse areia sendo banhada pelas águas inquietas do mar. Aquele Ômega era seu calmante natural.

O telefone voltou a tocar e Jeong Kuk rosnou baixinho e catou o celular, vendo o nome da secretária e revirou os olhos. Saiu devagar da cama e com cuidando para Jimin ficar confortável e não acordar - embora dormisse como um pedra -, e foi para o banheiro, atender a chamada.

— sim?! — atendeu assim que começou a tocar novamente.

— senhor Jeon, um cliente do Japão ligou e disse que precisa conversar com o senhor, urgente! — avisou a Ômega rapidamente — ele está pensando em cancelar o contrato — completou e Jeong Kuk suspirou frustrado, esfregando as pálpebras com as pontas dos dedos e olhou no espelho.

— ok, passa a ligação para mim! — pediu Jeong Kuk e a mulher rapidamente passou a ligação, vendo a foto do japonês bilhar na tela, respirou fundo e atendeu — moshi moshi? — (alô?)...

O homem já foi logo avisando que estava com algumas dúvidas e que assim não iria fechar negócio e Jeong Kuk não poderia perder esse cliente. Esse cliente era a porta para conseguir mais clientes no Japão, se perdesse esse contrato, teria alguns milhões a menos e isso não seria bom, nada bom, afinal perder dinheiro nunca é bom. Respirou fundo e saiu do banheiro olhando para Jimin na cama, deitado e dormindo como o anjo que ele é - apenas dormindo -, mas tão perfeito.

— ok, kyou wa nihon ni ikite imasu! — (ok, estou indo para o Japão hoje!) respondeu para o senhor Yamada e desligou o celular em seguida.

O Lúpus olhou para o Ômega com devoção, adorando e decorando cada detalhe do rostinho de seu bebê. Conseguiria ficar uma semana longe do Ômega, certo? Esperava que sim...

Tomou um banho, vestiu suas mesmas roupas da noite anterior e foi até a cama, se deitando ao lado do Ômega. Cheirou o pescoço branquinho com algumas marquinhas, feito por si mesmo e sorriu orgulhoso. Lambeu a bochecha gordinha de Jimin e a empurrou com o nariz, fazendo o Ômega começar a ronronar mesmo dormindo.

— Jimini... ei meu doce, acorda — chamou baixinho empurrando o rostinho mais uma vez.

O pequeno Ômega entreabriu os olhos, quase não conseguindo - por estarem bem inchadinhos de sono - e olhou para o maior, voltando a fechá-los. O moreno lhe beijou a bochecha e cheirou seu pescoço mais uma vez.

— bom dia, meu anjo! — desejou Jeong Kuk sorrindo para o pequeno, que abriu um pouco mais dos olhos.

O Ômega focou a visão, vendo o moreno o olhar com um sorriso e logo fechou os olhinhos novamente. Mas dessa vez pelo eye smile perfeito!

— puta que pariu, que coisa mais perfeita! — exclamou Jeong Kuk e apertou as bochechas cheinhas de Jimin, que gemeu e fez um bico, mas gargalhou em seguida.

— para, não aperta! — pediu Jimin colocando as mãozinhas na bochecha e logo em seguida se sentou na cama, se espreguiçando.

Mas ao perceber a situação, fez um bico maior ainda, ao ver o Lúpus trocado. Então deixou as mãozinhas cair em seu colo e olhou para Jeong Kuk começando a ficar triste.

— você já vai? — perguntou Jimin baixinho com um tom triste e chateado.

— eu tenho que ir meu bem, o senhor Yamada quer cancelar o contrato e eu preciso ir no Japão o convencer ao contrário... — respondeu Jeong Kuk suavemente fazendo carinho no rosto do Ômega — ou vamos perder de ganhar bastante dinheiro e notoriedade — completou olhando nos olhinhos perfeitos.