Everybody's watching her

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[N/A: Bom, é oficial, todo dia brota um plot novo na minha cabeça. Algumas coisas para esclarecer: eu pesquisei bastante para escrever, MAS: não sou atleta, não sou ginasta, não tenho contato próximo com ninguém que seja ginasta. As cidades das Olimpíadas foram alteradas, apenas os anos permanecem os mesmos, e eu dei uma simplificada nas competições de ginástica artística, porque são MUITAS. Mas MUITAS mesmo. Os movimentos, saltos e etc tb são todos bem pesquisados, mas é claro que vai haver alguns exageros e inconsistências pelo bem da ficção. Peguem leve comigo kkkk amo vocês e espero que curtam! E AH! Natasha é uma forma carinhosa de chamar Natalias, por isso aqui são usados os dois nomes, assim como com todas as minhas fics.]

Berlim -  agosto de 2012

Nat foi direto ao encontro dos braços abertos de seu treinador, Alexei Shostakov. Ele tinha um sorriso enorme no rosto, como só poderia ser. Svetlana Petrova, da equipe deles, tinha acabado de ganhar o Ouro Olímpico, depois de um jejum de três Olimpíadas sem o país pegar pódio na ginástica. Como Alexei tinha feito questão de dizer, estavam mais alto no pódio do que as duas estadunidenses favoritas para a competição. A própria Natalia Alianovna tinha acabado de terminar a competição em quarto lugar, e a julgar pelo monte de câmeras que a filmavam, era a grande revelação do cenário. Claro que, quem acompanhava ginástica, já sabia que ela era uma grande promessa há pelo menos três anos, quando começou a se destacar nas competições.

"Natasha! Você foi ótima! Estupenda!" ele disse, abraçando-a de lado, orgulhoso.

"Eu terminei em quarto!" ela disse, sorrindo.

"Este foi seu treino, solnyshka." Melina, a treinadora dela chegou pelo outro lado. "Agora sabe como é estar em uma Olimpíada, e agora que Svetlana vai se aposentar, está pronta para brilhar."

"Na próxima, será você lá." Alexei disse, e ela sorriu, subindo o zíper do agasalho e correndo para fora do ginásio, ansiosa para abraçar a mãe, que devia estar com os nervos em frangalhos.

Ela ainda ia completar dezesseis anos dali a alguns meses, e já se sentia em êxtase pelo feito mais recente. Sentindo até mesmo as pontas dos dedos vibrarem pela adrenalina e pela música, ela sorriu para os pais, que estendiam um buquê e tinham lágrimas nos olhos.

Prometendo para si mesma que na próxima traria uma medalha de ouro, sorriu.

Moscow - novembro de 2015

Suspirando, Natasha se sentou no tatame ao lado da mesa de saltos e massageou de leve o tornozelo direito, sentindo uma dor potencialmente intensa querer se alastrar.

"Está bem?" ela ouviu a voz desconfiada de Melina.

Olhou assustada e voltou a apertar a faixa da cor da pele dela em volta do próprio tornozelo.

"Estou." ela se levantou, sentindo o pé queimar. "O que vamos fazer agora? Solo?"

"Nós vamos encerrar, Bicampeã mundial."

"Mas..." ela tentou argumentar

"Mas nada. Eu sou ouro olímpico, Natasha, acha mesmo que não sei quando uma atleta está escondendo um tornozelo dolorido? Não, senhora. Vamos parar por aqui."

Ela suspirou.

"Melina, eu consigo, eu juro..."

"Eu sei que consegue. Acabou de ser campeã mundial de ginástica de novo. Se tem uma coisa que você consegue fazer é treinar até morrer. Acontece que não quero que morra. Quero que esteja viva para ganhar ouro olímpico daqui a alguns meses."

Natasha sorriu contrafeita.

"Prometo que te espero aqui às cinco da manhã, amanhã, mas agora, você vai para casa." Melina continuou.

Flying High [ROMANOGERS]Onde histórias criam vida. Descubra agora