Capítulo 28 - Taehyung

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Voltei hoje de bom humor, por dois principais motivos: CB está com quase 7k curtidas, e quase 2k comentários, o que me motiva MUITO a continuar escrevendo. Então, agradeço novamente o apoio de vocês, é muito importante para mim. Além disso, após oito meses de puro sofrimento, eu concluí o capítulo 30, que pode ser considerado uma chave de partida para o caminhar do fim da fanfic. Sim, a fanfic está acabando, e isso é muito triste, mas também é um alívio poder concluir um enredo que eu amo tanto.

Espero que vocês gostem do capítulo de hoje, e por favor, comentem bastante. Eu amo os comentários, e apesar de não responde-los, adoro ver como vocês estão cada vez mais engajados com a obra.

Finalizando os agradecimentos, tenham uma boa leitura

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Quando Kim Taehyung fora criado, uma das primeiras coisas que aprendera foi como o mundo funcionava. Ele aprendeu sobre a criação do mundo, e como seu planeta tinha surgido, aprendeu sobre a formação dos rios, da terra, e principalmente a existência dos países, porquê era de consenso geral dentro do departamento de pesquisa em que vivia que Taehyung era um espião anticapitalismo, e portanto, não teria uma residência fixa.

Ele aprendeu tudo, desde idiomas até culturais gerais. Sua mente era um grande computador, e por isso aprendia de tudo e muito rápido, tendo seus conteúdos vagando por sua memória como um aviso de que ele não era alguém normal, e muito menos humano. Não importava o quanto Song dissesse sobre sua missão, o motivo de sua existência. Sua programação sempre o trairia, lembrando-o de porquê estar ali.

E desde que chegara em Seul, Taehyung aprendera a apreciar a liberdade que a missão lhe dera, utilizando de seu tempo para observar a vegetação, o movimento dos carros pelas ruas, os grandes prédios que pareciam alcançar o céu – embora ele soubesse que isso era humanamente impossível –, além das únicas fontes de água disponível, uma vez que Seul ficava quase no coração da Coreia do Sul, impossibilitada de ter contato com os mares.

Mas quando Won-Shik lhe convidou para visitar o rio Han durante uma de suas folgas, tudo que Taehyung conseguiu fazer foi negar – o rosto decepcionado de Hoseok embaixo da chuva, às margens do rio, ainda lhe assombrava.

Então, em uma forma bem resumida, Taehyung gostava da vida. Gostava das oportunidades que tinha, gostava de observar o céu – algo que demorou para entender o motivo para os humanos apreciarem tanto –, e principalmente das flores, que aparentavam ter um cheiro agradável dependendo de sua espécie. Além de que, agora longe de Hoseok – algo que definitivamente não gostava –, ele gostava de observar seu cuidador/irmão se alimentando, perguntando-o constantemente o sabor das coisas para que de alguma maneira conseguisse recriar as sensações em seu cérebro informático.

Não funcionava.

O mesmo acreditava que a humanidade ainda não tinha construído uma máquina poderosa o bastante para recriar texturas no nível que Taehyung desejava sentir.

O inverno chegava ao fim, e com ela o início da primavera, que vinha para trazer luz e cor aos habitantes de Seul. As árvores, antes escuras e sem vida devido as geadas e neve, agora eram marcadas por pequenos pontos coloridos, indicando o início do renascimento das flores. No parque que sempre gostava de visitar, aquele em que conhecera Namjoon e tivera seu primeiro contato com Hoseok fora do âmbito escolar – e o mesmo que ocorrera seu primeiro beijo com o mesmo –, era conhecido pelas suas cerejeiras, então não se surpreendeu ao notar o rosa misturando com o céu azul e a grama verde levemente corada, situando a mistura de estações tão intensas.

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