Código Binário | Vhope

Capítulo 16 - NTJ

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E então, voltamos! O que acharam do capítulo anterior? Sofreram? Gostaram? Espero que sim!
Esse capítulo é um pouquinho diferente dos outros, porque terá alguns pontos de vista que nunca vimos (mas isso não significa que é o extra deles, já que teremos um pouco de Kim Taehyung).
Espero que gostem! E não deixem de comentar.
E se quiserem falar comigo, a autora, me chamem no TT: @vantaeatjin 😏
Boa leitura!

Quando o céu começou a clarear naquela manhã de Natal, foi quando Kim Namjoon saiu de casa, decidido a ter um dia bom. Seu planejamento para aquela tarde era: comer, beber e rir, sem se estressar com coisas estúpidas, porquê já tivera o suficiente daquilo por um ano. Embora a família Kim-Jung fosse uma família de extremos – ou se amavam, ou se odiavam –, ele não podia negar quão bons cozinheiros eles eram, e era por isso que tinha preparado algo que atrairia a atenção dos quatro membros da família: sua torta de abóbora. O clássico norte-americano que Namjoon tinha aprendido logo na infância sempre chamava a atenção nas festividades, e foi por isso que, ao receber o convite, não hesitou em prepará-la, sabendo que os pais de seu melhor amigo ficariam orgulhosos de seu trabalho.

Por alguma razão, ele gostava de ser elogiado, gostava de ser colocado no topo ao fazer algo certo, por isso sempre se esforçava, para ser o melhor no que se propõe.

— Você é um idiota — Nayeon sibilou do sofá, enquanto Namjoon cobria a torta com o papel laminado, ignorando-a. — Duvido que você fez essa torta só para os pais do Hobi gostarem da sua culinária, nem você acredita nisso... — continuou, enquanto mexia no celular em algum aplicativo de conversa.

— Cala a boca, garota. Eu sou seu oppa — ele respondeu, ajeitando a proteção enquanto confirmava que o recheio não vazaria. Nada poderia dar errado.

— Então me diz uma coisa, Oppa — disse, irônica. — Você não tem vergonha de mentir? Dizendo que não gosta mais daquele irmão estranho do Hobi-ssi.

— Seokjin não é estranho e eu não gosto mais dele — murmurou, sentindo algo estranho descer por seu estômago. — Eu gostava quando eu era garoto de catorze anos que não entendia nada sobre sentimentos, apenas isso. Feliz agora?

— Sim — sorriu, antes de voltar a mexer em suas redes sociais. Namjoon franziu o cenho, achando a reação da irmã estranha antes de colocar a torta na embalagem de proteção, fechando os pinos. Seria mais fácil de carregar. — Eomma mandou mensagem avisando que chegará em uma hora.

— Ótimo. Você pode ficar sozinha por uma hora — pensou. — E ela já sabe que estou saindo, então...

— Vai lá, e por favor, tente não babar pelo SeokJin.

— Me lembrarei disso — murmurou, guardando seu celular e as chaves no bolso do casaco de zíper antes de sair da residência, se despedindo da irmã com um aceno.

Como ele morava relativamente longe da casa do melhor amigo, Namjoon decidiu pegar um ônibus, que sabia que pararia na esquina da casa dos Kim. A embalagem estava confortável em seu colo, seus cabelos estavam ajeitados após uma corrida atrás da sua linha, e Namjoon aproveitou o trajeto para ouvir as músicas que gostava, sabendo que não poderia ouvi-las em casa por ser um rap levemente pesado. Ainda era difícil para ele morar em uma casa somente com mulheres, porquê sabia que elas tinham problemas que ele não entenderia, assim como ele tinha problemas que elas não entenderiam.