Cap. 6

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- Como assim você está ficando de novo com a Vivi? Essa menina já te fez sofrer muito Luis. - escuto a Camila falar com o Luis enquanto desço as escadas, passo por eles e a Glenda me chama para sentar ao seu lado na sala.

- Eu sei Camila mas eu escolhi dar uma chance e ficar com ela de novo. - o Luis dá de ombros, apoio meu queixo na mão e fico concentrada olhando para o celular como se eu não estivesse ali.

- Você só pode estar de brincadeira - a Camila diz revirando os olhos.

- Deixa pra lá Camila. Se der alguma merda, o que eu sei que vai dar, escuta bem o que estou dizendo Luis, não quero você sem comer de novo, triste e acabado pelos cantos. - o Jean esbraveja.

Entendo a preocupação de vocês, mas acho que ela mudou e outra, a Vivi está vindo para BH essas semana ainda então, se ela vier, tirem suas próprias conclusões. - o Luis falou meio tristonho enquanto brincava com seu anel.

- Trás ela aqui em casa que eu vou te provar o quanto essa menina é falsa. - a Camila diz com raiva.

- Se ela vier quero que você tratem a menina direito gente, por favor. - o Luis pediu.

- Eu não prometo nada não, menina sem noção se ela me estressar eu vou mandar pra puta que pariu, por que não sou obrigado a aturar Vivi sem noção não. - o Jean diz e as meninas começam a rir.

- Faço das minhas palavras as do Jean - Glenda fala rindo.

- Deixa ela vir - a Camila falou para o Luis.

- E você Aila, não vai falar nada não? Vai deixar seu namorado sair com essa menina mesmo? - o Jean me provoca.

- O Luis não é meu namorado Jean e outra, ele é bem grandinho e se ele quer ficar com essa menina sabendo que ela é uma vaca o problema é dele! Eu estou é cansada desse assunto. - esbravejo e percebo o olhar do Luis em mim.

Escutamos um barulho de buzina e eu pego minha bolsa.

- Aila você vai aonde - a Cams pergunta sem entender o porquê de eu ter pego minha bolsa.

- Vou para casa, pedi para o meu pai vir me buscar aqui - explico.

- Mas porque você vai ir embora assim? - o Luis pergunta.

- Só quero ir pra casa - abro a porta.

- Me manda mensagem quando chegar em casa - a Glenda fala sem entender o porquê de eh estar indo embora.

Aceno com a cabeça, saio dali fechando a porta e vou caminhando para o carro.

- Desculpa por hoje - o Luis grita eu me viro e vejo ele em pé na frente da casa, olho nos seus olhos e entro no carro sem responder nada. Fecho a porta e pela janela vejo ele olhando para o carro.

Antes de mais nada eu não queria ter discutido com o Luis mais cedo e nem ter deixado ele plantado ali, mas preciso de um tempo para organizar tudo isso que estou sentindo e depois de ter o beijado e ver ele sair correndo depois.

- Filha, porque você está tão quieta hoje? Aconteceu alguma coisa na casa da Camila? - Meu pai me olha pelo retrovisor.

- Estou bem pai, mas porque vocês homens são tão complicados? - questiono o meu pai.

- Nós não somos complicados. Filha eu sei que você não está bem e se o problema que você está tendo é com algum garoto, conversa com ele, porém, seja clara porque nós homens gostamos de conversar objetivas.

Joguei as mãos para o alto em sinal de rendição, e o meu pai riu sacudindo a cabeça.

Cheguei em casa, e fui direto para o meu quarto, deitei na minha cama e fiquei ali olhando para o teto branco, até que ouço um barulho ecoar pelo quarto e percebo que é uma notificação.

Você recebeu uma mensagem do Luis.

Luis: Sei que você não quer falar comigo, mas me perdoa por ter te deixado triste e chateada comigo hoje.

Leio aquilo e olho para tela do celular sem acreditar que ele me mandou aquilo. Saio da conversa e bloqueio a tela, sinceramente a última coisa que eu quero agora é falar com o Luis; Essa volta repentina dele para BH mexeu muito comigo, me tirou da minha zona de conforto totalmente.
Eu estava tão bem sem ver as fotos, os vídeo ou stories dele, eu estava ótima ignorando as mensagens do Lulu. Eu sei me virar bem com ele longe, mas quando ele está perto eu não consigo fingir que não me importo.
Pego meu celular e fico lendo a nossas conversas antigas e sua última mensagem até pegar no sono.

- Aila, Alia acorda! - escuto minha mãe me chamar, abro os meus olhos lentamente e percebo um clarão invadindo o meu quarto.

- Mãe por favor, você poderia me dar licença? - falo calma e um pouco sonolenta e cubro meu rosto com a coberta.

- Seu pai me contou, e eu vim aqui para saber o que está te deixando esses olhinhos inchados de chorar - ela fala fechando a porta atrás dela, então eu descubro meu rosto e olho para ela que está escoltada no batente da porta.

- Vem? Fica aqui comigo. - faço um sinal com a mão para que minha mãe possa se apaixonar. Sempre conto tudo na minha vida para minha mãe, ela é minha Best Friend de todos os momentos.

Ela deitou ao meu lado na cama e ficou me analisando com o olhar.

- Eu gosto do Luis - digo tampando o rosto com as mãos, mas afasto meus dedos e vejo a boca da minha mãe formando um pequeno o.

- Ontem eu vi ele depois de muito tempo e isso acabou comigo, porque quando ele está longe é fácil fingir que não sinto nada, mas quando ele está perto eu não consigo, meu olhar, minha forma de falar e agir né entregam. - desabafo.

- Mas o pior de tudo isso, é que ele voltou a ficar com a ex ficante e pelo visto está muito afim dela. Não suporto nem ouvir o nome dela, e sei que isso é errado, mas não posso ser hipocrisia comigo mesma. Mãe, eu estou... - não consigo nem terminar de falar, meus olhos se enchem de água e começo a chorar.

Minha mãe me abraça e fica ali em silêncio me acalmando. Li uma frase que dizia que o silêncio as vezes é a melhor resposta e essa frase nunca se encaixou tão bem como nesse momento.

- Aila, de tempo ao tempo e tudo vai se encaixar. Se for para vocês ficarem juntos a vida vai se encarregar de dar um empurrãozinho, mas não se envergonhe de demonstrar o que você sente, você é e sempre foi sentimento filha, então não mude porque o mundo precisa de mais pessoas assim. - minha mãe fala, me da um beijo e sai do quarto.

Fico ali deitada refletindo nas palavras que minha mãe disse antes de sair do quarto, e quer saber de uma coisa? Ouvir todas aquelas palavra foi como um abraço, um cafuné que só as mães sabem dar.

𝗔𝗜𝗟𝗨𝗗𝗜𝗗𝗔Onde histórias criam vida. Descubra agora