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Enquanto isso....

Pov Mikoto On

--Eles estarem na mesma turma desde cedo vai ser bom para ambos.--Mitsuki continua a conversa enquanto bebia o chá que fez.

--Pois é. A Arya é muito tímida e uma criança extremamente introvertida. Conviver com o teu filho acho que será bom para ambos.

--Concordo. Katsuki é muito cabeça dura, mas eu acho que se vai apegar à sua filha, principalmente se ela lhe contar do que passou antes de
e a adotarem.

Eu e Mitsuki em pouco tempo viramos melhores amigas e eu lhe contei sobre o que eu sabia do passado da Arya

--Acho pouco provável ela se abrir assim desse jeito com Katsuki. Nem comigo ela se abre.

--Posso fazer uma pergunta?--ela pergunta hesitante e eu sorrio.

--Sim, claro.

--O nome dela é mesmo assim, ou vocês que lhe deram?

Eu suspiro.

--Fomos nos que lhe demos. No caso meu marido foi quem escolheu. O verdadeiro só a mesma sabe e ela não se sente confortável em revelar. Ainda hoje ela tem pesadelos e não se abre nem com a psicóloga. Eu só sei um pouco do passado dela por conta das vezes que ela grita enquanto sonha. Me dá uma agonia a ver assim.

--...Se Katsuki evidentemente souber do que lhe aconteceu, sabendo do jeito como ele age, ele vai se sentir na obrigação de a proteger ou tentar fazer com que Arya supere tudo, pode confiar em mim.

--Eu espero que sim. Desde que a adotei eu tenho desejado ver ela rir e se divertir.

--Ela nunca se divertiu e riu?--ela interrompe com um ar abalado e preocupado.

--Já, claro que já. Com o irmão mais velho e com o primo, mas ela parece se....conter por medo. E eu quero que isso acabe.

Mitsuki sorri quando um pensamento de forma na sua cabeça:

--Então eu tenho certeza que vai a ver sorrir e se divertir sem se conter.

--???

--Com o jeito teimoso e se persistência do Katsuki ele nunca vá desistir até ver sua filha assim. Eu tenho quase certeza que ela vai se abrir com ele.

--E como tem tanta certeza disso?

--Quando eu soltei Katsuki naquela hora, ele podia ter ido para cima da sua filha, mas ao invés disso ele olhou para ela, viu o olhar de medo e desespero dela e apertou minha perna com força e pude sentir essa mão tremendo. Nunca lhe aconteceu nada assim antes.

--...

Ela sorri.

--Mas o irmão dela que você tanto fala é mesmo irmão de sangue?

--Não, esse é o meu único filho de sangue. Para ela é adotivo. Ele sempre quis uma irmã e depois de eu o ter eu fiquei com cancro no útero e tive que o retirar, como eu não podia ter mais filhos, nós decidimos adotar um, uma menina. Quando soubemos de uma com traumas do passado, como o meu filho quer ser detetive, ele escolheu ela. Ninguém no orfanato sabja ao certo o que se passou com ela antes de chegar lá, mas quando a vimos pela primeira vez, amarrada numa funcionária, com um olhar que emitia um medo assustador, nós soubemos na hora que essa era a menina que queriamos ter. Para além de nós e meus pais, mais ninguém da família sabia dos problemas do passado dela, todos pensavam que ela apenas era uma garota introvertida assustada com o mundo, e não estão totalmente errados.

Pov Mikoto Off

Presente....

Pov Arya On

--<Filha se despacha, temos que ir na casa dos Bakugou antes da Mitsuki chegar.>

--<Tá, tá já tô indo.>--eu acabo de colocar o protetor solar, já que estávamos a meio do verão e estava um calor dos infernos.

Vou descendo as escadas às pressas, enquanto que faço um coque desajeitado, perfeito para a ocasião. 

Coloco um casaco preto a condizer com o look punk, à cintura já que estou mentruada.

Estou com um top cinza com uma estampa do Sasuke atrás, um short cinza escuro e All Star.

Antes de sair eu coloco um comprimido para cólica num dos bolsos do short e vou até ao carro.

Eu carregava uma bolsa nas costas onde tinha meus dispositivos eletrónicos, garrafa de água, porque sim, lenços de papel e uma bolsa pequena com um monte de absorventes por insegurança. 

--<Bom dia apressadinha.>--meu irmão diz no volante,virando-se olhando para mim.

Nossa mão entra.

--<Bom dia, Sr. estudante a detetive que reprovou 3 vezes no exame de condução.>

Nessa altura a nossa mãe entra no carro, ao seu lado.

--<Nossa isso é maldade.>

Eu reviro os olhos e coloco os fones, começando a ouvir música.

......Minutos depois......

O meu irmão estacionou o carro dentro da garagem casa dos Bakugou, já que o portão estava aberto.

--Filha, leva as outras prendas.--a minha mãe diz enquanto pega num saco que continha um objeto que se derruba-se partia.

--Entrem, entrem.--o pai de Katsuki diz abrindo a porta da cozinha que ligava ela e a garagem.

Eu saio do carro carregando as 2 prendas, ao lado do meu irmão.

--Filho, ajuda a Arya.

--Ela que se vire.--eu olho para o sofá e vejo ele com uma cara emburrada, enquanto jogava num Nitendo.

--Katsuki, por favor, pára de ser rude e ajuda ela.

--Tsc, tanto faz velho.--ele coloca o jogo no sofá e vem até mim.

--O-Oi.--eu digo timidamente e ele revira os olhos.

--Me dá isso, vai.--ele retira bruscamente as prendas da minha mãos e as junta às outras.

--Katsuki, onde eu coloco isso?--minha mãe pergunta gentilmente.

--Dá cá isso, caramba.--ele vai até minha mãe.

--Katsuki, cuidado isso parte!--ela diz quando ele  retira a prenda das mãos dela.

--Eu reparei, velha.

--Velha?!Eu sou bem nova, tenho 33!

--Tsc, velha.

Ele coloca essa prenda ao lado do resto e no final foi novamente jogar para o Nitendo.

|•Bulletproof.....Onde histórias criam vida. Descubra agora