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Eu olho para ele e a minha feição muda para uma com raiva e dor.

--Se é assim...porque, me ajudavas sempre?Porque.....me salvaste naquele dia?

--Agi por impulso, me arrependo ago...

--O que eu sou para ti?--ele me olha estático.

--...Uma pedrinha mo meu caminho, pior que o merda do Deku.

Aquele foi o maldito gatilho que eu precisava para agir.

--NÃO FALA ASSIM DO IZUKU, SEU MERDA!--eu corro até ele e dou um soco em seu rosto.

Ele pega minha mão antes que eu pudesse continuar.

Ele dá um sorriso convencido.

Com a outra eu não falho, dou um soco bem certeiro.

Kirishima e Mina vêm correndo nos separar.

--Já deu, vocês dois lá em cima agora!--Mina diz autoritária.

--Quê?--eu pergunto sem entender nada.

Mina pega no meu braço e me puxa para o andar se cima.

--ME LARGA OU EU TE EXPLODO, SEU CABELO DE MERDA!--Kirishima ativa sua individualidade e arrasta Bakugou também para o andar de cima.

--Vocês dois, precisam se resolver.--Mina diz entrando num quarto, sendo seguida de Katsuki e Kirishima.

Denki e Sero observavam tudo de fora do quarto.

--Eu não tenho nada a resolver com a fedelha!

--Meu nome é Arya seu desgraçado!

--Foda-se o teu nome.

Mina e Kirishima saem do quarto sorrateiramente e nos trancam lá.

--Ela não fez isso.--eu corro até à porta e a tento abrir.

--Sai da frente...--ele me empurra violentamente me fazendo cair no chão brutalmente.--Eu vou explodir essa porta se ninguém a abrir!

--Não faças isso, a casa não é tua para a destruires!--eu respondo racionalmente.

--Foda-se!--antes que ele fizesse algo que causasse algum prejuízo para Mina, eu me levando, mesmo com a dor depois da batida e seguro seus braços.--Estás pedindo pra morrer mocinha?

--NÃO FAÇAS NADA PRECIPITADO, TSUKI!--eu continuo agardando seus braços, mas ele me joga longe.

Merda.

Aí ambos congelamos com o apelido recém falado.

Foi mero impulso.

--O que foi que me chamaste?--eu me levanto, mesmo toda dolorida, e me sento na cama, segurando a parte de cima do meu braço que estava doendo para caralho.

--Agora quem virou o surdo? Invertemos o papel foi?

Ambos olhamos para o chão e ficamos em silêncio.

--Cara é sério, porque começaste a me tratar como merda?--eu toco novamente no assunto e o encaro.

Ele estava me encarando e ao invés de corar aquilo me dá forças para continuar.

--...

--Não tens saudades da nossa amizade antiga?

--Nem um pouco.--ok aquilo machucou.

--Eu queria ela de volta.

--Eu estou ótimo sem ela.

--...

--...

--Nós eramos tão unidos antes, então porque decidiste simplesmente acabar com tudo?

--...

--Foi porque eu entrei na Shiketsu?

--...

Não, não foi isso.

--Foi porque eu virei amiga do Kioto e os outros?

--Eu não ligo para as suas amizades tóxicas.

--A única amizade tóxica que tenho é a tua.

--Eu não ligo.

--Foi porque eu entrei na U.A?--Não, ele já estava emburrado comigo antes.

--Para de tentar, eu simplesmente cansei de ti.

--Foi porque....eu não compri com aquela nossa promessa boba?

Ele ficou tenso.

--N-não fales merda.

--Eu não acredito, Katsuki hahahahahahahaha

--Para de rir sua louca.--eu olho brevemente para ele, o vendo corado.

--Se estás assim, só por causa de uma promessa boba entre duas crianças com sonhos bobos, eu até tenho medo de como seria um Katsuki Bakugou realmente zangado comigo. Hahahhaha

--Se poupa...--ele diz e fica calado por um momento.

Eu reparei que sua atenção foi roubada completamente pelo meu braço.

Eu ainda rindo olho para ele e paro de rir imediatamente.

--Merda.--eu vejo que a bandagem do braço havia despertado e agora estava no meu pulso, mostrando toda a extensão do braço.

Ele se aproxima.

--Isso tá realmente feio.

Eu olho para baixo e fico quieta.

Ele se sentou ao meu lado e começou a passar uma de suas mãos no meu braço, vendo as cicatrizes.

--Katsuki, pára isso é desconfortável.--eu digo escondendo meu braço, por baixo do outro, o cruzando.

--Já contaste a alguém o que aconteceu a todas as cicatrizes?

--Porquê o interesse repentino?

--Eu estou tentando ser legal, mas já estou perdendo a paciência, mocinha!

--Eu...não contei.

--E sobre o teu passado?

--...Sabes que eu não gosto de falar sobre isso.--eu me mexo desconfortavelmente.

--Isso não responde à minha pergunta.

--N-Não...

--Quando é que vais desafabar com alguém sobre isso e deixares que essa merda ainda interfira na tua vida?--ele diz autoritário, elevando a voz.

--Eu...não sei.

--E eu não sei, porque ainda tento.--ele se levanta e vai até à porta.

--E eu não sei, porque estavas zangado comigo só porque eu não compri uma promessa de infância boba.

--Eu não estava zangado contigo por causa disso, porra!

--Sim sim, claro. Mente para mim, que eu gosto.

--Tanto faz, não quero saber.

--Katsuki,...--eu alcanço a atenção dele.--Eu quero que saibas que a partir de hoje, as coisas entre a gente não será o mesmo de antes.

--E daí?

--Tu criaste gatilhos demais para mim, para eu....por tua causa, de noite eu....., além do mais por tua culpa eu meio que revivi coisas que.....esquece, chega de te dar satisfações pra tudo. Acho que nós dois sabemos que não somos mais os mesmos de antes.  Apenas quero que saibas que desta vez, eu não te perdoo.

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