─────•⊰•► [...] Jung Wooyoung, um modelo renomado que tinha tudo aos seus pés. Bom, isso até Choi San chegar e virar não só a agência em que trabalhava, mas toda a sua vida de cabeça para baixo. Tudo isso por causa de um único objetivo, o qual ele...
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Wooyoung:
O barulho incessante do despertador no meu celular anunciava que a hora de levantar já havia chegado. O som estridente se espalhou pelo cômodo como um enxame de abelhas, levando todas as vibrações sonoras diretamente para os meus ouvidos sensíveis, me fazendo grunhir, irritado, enquanto Seonghwa se remexia, impaciente, entre os lençóis.
— Wooyoung! — reclamou, se afastando de mim para colocar o travesseiro sobre o rosto.
Meu cérebro deveria ter saído durante a madrugada, pois minha cabeça parecia estar completamente vazia e oca, ao mesmo tempo em que estava pesada, como se carregasse pedras no lugar dos neurônios. Eu conhecia muito bem aqueles sintomas, eram o resultado de uma foda bruta junto de uma ressaca fodida em plena quarta-feira.
— Me escutou? Desliga isso, Woo! — Park continuou a chamar, inúmeras vezes seguida e a cada mísero som vindo de sua boca, a dor piorava, ficando cada vez mais aguda e insuportável. — Desliga a porra desse despertador, Wooyoung! — gritou, raivoso.
— Vai gritar na casa do caralho, Park Seonghwa! — esbravejei, lhe jogando no chão com um movimento brusco e impulsivo, sequer notei que ele estava próximo demais da beira da cama para evitar tal incidente.
Éramos péssimas combinações em uma ressaca, pois enquanto Seonghwa ficava como uma criança mimada e birrenta, eu me tornava um velho ranzinza e antipático. Terríveis componentes para proporcionar um mísero equilíbrio harmônico entre nós.
— Aí, seu filho da p…
— Cala a boca, Seonghwa, pelo amor de Deus, cala a boca! — falei, ignorando seus murmúrios descontentes e obscenos enquanto se levantava e deitava ao meu lado novamente. — Que puta dor de cabeça. — choraminguei, tentando fugir da caridade que vinha da janela.
Não seria surpreendente assumir que eu era muito fraco para o álcool, bastava apenas algumas doses de uma bebida qualquer para ficar num estado deplorável, exatamente como me encontrava agora.
— Você quase fudeu com minhas costas, seu rabudo! — lamuriou, chateado. — E se eu batesse minha cabeça no criado mudo?
— Poupe-me dos seus dramas essa manhã, Park! Você está inteiro e isso é mais que suficiente.
— Seu ingrato, sem coração! — disse emburrado, logo voltando a me abraçar. A merda da bipolaridade. — Woogie, não fica assim comigo! — manhou, esfregando o nariz no meu pescoço.
— Okay, me desculpe — pedi, suspirando, vendo-o se alinhar ainda mais em meu corpo e murmurar um "tudo bem" baixo.
Não demorou nada até sentir sua respiração pesada novamente contra minha bochecha, tratei de me afastar o quanto antes e com cuidado para não despertá-lo. Se me deixasse levar acabaria caindo no sono junto de si, pois era isso que meu interior clamava, cama. Apenas cama e silêncio.