NOVAS ESPÉCIES

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Naty

O frio estava ficando rigoroso, e eu terei que submeter a desconfiança de um SER o dobro do meu tamanho,força e agilidade para sobreviver até a primavera.
Sua cara de mal seu corpo cheio de músculo parecia não ter uma gordura, por mais que eu estivesse medo dele, ele não deixava de ser lindo exalando masculinidade. Definitivamente Dona Maria quando me mandou para cá não esperava que sua amiga estivesse morta e apenas seu filho morasse em sua fazenda, filho esse que não a conheceu.
Rage observava a cada movimento como se eu fosse o surpreender lhe atingindo com uma arma secreta Mortal. Depois de ter feito minhas necessidades e tomar um chá quente Rage me levou para o serviços do curral eu deveria limpar os estrumes após colher o leite, enquanto ele reformava as paredes e o teto, não era um serviço leve mas era honesto. Rage não fala comigo mas seu olhar parecia falar muito, ao mesmo tempo que me incomodava me trazia uma sensação desconhecida.
Depois de um tempo ele me chamou de volta para a cabana não tinha muito o que comer apenas ovos e duvido que seria o suficiente para nós saciar, mal daria para ele um macho daquele tamanho.

Ele ficou pensando como se planejasse algo, meu medo foi tanto que um tremor me atingiu, 'os boatos da cidade que os novas espécies eram perigosos e que se alimentavam de carne humana como um animal selvagem fez com que minha pressão caísse ao me lembrar do ocorrido'.

Rage- Se controle humana ouço seu coração daqui, e seu cheiro está ruim.

Meus olhos se arregalaram "Como assim ele ouviu a batida do meu coração,? tá certo que meu cheiro não deve estar tão agradável, já que faz 4 dias que não me Limpo.

Rage- Você sabe fazer comida?
- Si..immm..
Rage- ótimo tem uma horta atrás de você pegue o que precisar.
Ele disse apontando para porta de fundos da cozinha. A horta é extensa os legumes estavam bonitos, mais com a nevada muitos deles irão estragar, se tivesse macarrão eu poderia fazer uma sopa que sustentaria mais. Além do mais aqui só tem o que a terra produz não a tempero.
Assim que terminei o almoço sob seu olhar eu o servir um prato na esperança de lhe agradar.

Rage - Coma
- E..u.. Disse gaguejando.
Rage- COMA AGORA...
Sua voz estava mais autoritária que o normal, o medo de ver o Zangado me fez comer rápido, ele me olhava o tempo todo como se esse fosse seu melhor passa-tempo.
- Rage eu comi muito,  você não esta com fome?
Rage - Achei que comeria tudo, apesar de pequena e magra você come muito.
- Oras seu grosso, você me obrigou a comer tudo isso.
Com as bochechas coradas - eu nem como tanto assim.

Ráge comeu com as mãos como se estivesse passando fome há dias, ou apenas por ser um troglodita, não posso o cupar já que vive isolado sozinho a não sei quanto tempo.
Após a refeição Rage trouxe agua em baldes, onde limpei a louças. E reservei um pouco para me limpar a noite.

Rage quis pescar, eu queria mesmo era conversar, ensinar o pouco que sei como colher todos os legumes antes da geada o frio irá fazer com que eles não se estraguem facilmente, e podemos também colher algumas mudas para ter a certeza que na primavera teremos o que plantar. Se ele tivesse dinheiro qualquer moeda que fosse, eu poderia ir na cidade comprar farinha, fermentos e especiarias para cozinhar, mas tenho medo de conversar com ele de sua reaçao. Também sei que não é apropriado para uma donzela sozinha na cidade pois muitos sabem que já não tenho família, seria arriscado eu me encontrar com algum Gladiador ou homem de má índol,  mas era um risco que eu estou disposta a correr.

Os animais já estavam cada um em seu curral e seria assim até o fim do inverno como o pai de Raj o ensinou. Com as tralhas na mão seguimos caminho para o Rio próximo à casa.
Enquanto ele buscava por isca eu me arriscava tentando pegar algum peixe para lhe mostrar como posso ser útil.
Eu tinha muito medo dele pelo seu tamanho e força por saber de toda a sua agilidade, mas em meu coração algo me dizia que ele não me faria mal se fosse qualquer outro homem humano nas atuais circunstâncias já teria me maltratado de inúmeras formas das quais não quero nem pensar.

- Rage eu sei que não gosta de conversar mas eu tenho algumas ideias que Talvez possa nos ajudar a melhorar nosso estilo de vida e passar por esse inverno da melhor forma possível.

Ele sentou-se ao meu lado colocando a isca no anzol, me ignorando como se não estivesse me escutado.
Suspirei.... Ele era dificil.
- Faz muito tempo que está sozinho? minha mãe Maria morreu faz quatro dias e esse será o primeiro inverno que irei passar longe dela.
Ouvi seu suspiro. Um singelo sorriso se fez presente em meu rosto so por saber que ele me escutava.

28/07/21
Não esqueçam de ⭐⭐⭐

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