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13/09/2021

Rage

Ela me olhava espantada talvez me achasse um animal
- RESPONDA HUMANA.
Naty- Não me chame de humana meu nome é Natália.
- Que seja serei seu marido então.

Ah deixei em casa, hoje o frio está mais forte que ontem, ela é pequena e frágil, "como pode um ser tão frágil, irritante e bonito ao mesmo tempo? não parece ser de uma raça tão perigosa".
Depois de alimentar os animais e limpar os estrumes, voltei para casa pronto para questionar mais sobre o mundo, ela sabia de muita coisa.
Assim que sair do estábulo o cheiro delicioso de comida invadiu minhas narinas, não encontrei a na cozinha, nem na sala, mas seguindo seu cheiro delicioso e suave a encontrei no quarto da porta quebrada. Ela olhava uma caixa vellha, com retratos e moedas.

- O que está fazendo?
Ela pulou com a mão no peito respirando ofegante.
Naty- Que susto.
Eu a olhava de forma questionadora esperando minha resposta.
Naty- Rage eu preciso que confie em mim.... tenho que voltar a cidade antes do inverno para....
- NÃO!!!!
Naty- Posso melhorar nossas vidas.

Eu Rugi nervoso, que humana teimosa e chata.
Naty- Pois você não manda em mim.
Rugi mais alto, e dei um soco na mesma porta de antes, para fazer ela me obedecer mostrando os dentes em forma de ataque para que ela se  submeter-se a mim.
Naty- Eu não tenho medo de você Rage, se não me deixar ir morrerei de qualquer forma mesmo.

" Como assim ela morrerá? Será que esta doente? Ou ferida?"
A cheirei da cabeça aos pés, e descobri a origem de seu cheiro que vinha do meio de suas pernas, o cabelo do seu braço arrepiou, meu membro endureceu, meu instinto dizia para tirar toda sua roupa e lambe-lá por inteiro. A minha roupa já estava me incomodando, e apesar do frio que estava segundos atrás o calor me consumia,  a troca de olhares e o silêncio refleia em um clima desconhecido por mim . Até que Raio latiu me despertando dos meus planos,  eu olhei encolhida dessa vez mais longe, e saí sem rumo ao lado de raio que látia para uma raposa próxima ao galinheiro.
Cachorro covarde, a raposa só fugiu quando eu cheguei,  voltei para casa com raio ao meu lado e Naty estava trancada no quarto,  deixei sozinha esquentei o angu estava pronto.
" Acho que gosto dessa humana chata ela parece deliciosa".

Na manhã seguinte me levantei, estava mais frio que o normal, decidido a ir na cidade comprar o que ela desejava para não a deixar morrer. e infrentar quem for para protegê-la.
Assim que acordei e fiz minha higiene conforme ela me ensinou.  Tirei o leite que ela tanto gosta de beber pela manhã, tomei meu desjejum e limpei os estrumes dos animais.
Quando voltei para casa o silêncio reinava, o cheiro de Naty estava fraco, o que me deixou em alerta, respirei fundo próximo a porta em que há deixei ontem e não parecia estar aqui, entrei e constatei que estava vazio, corri para horta e não a encontrei, corri para o lago onde pescamos e nem sinal do seu cheiro.
Só agora me dei conta que não vi Raio hoje, Eu estava nervoso,  ela fugiu de mim, a primeira coisa que vi na minha frente foi uma árvore e foi nela que eu descontei toda minha furia, a cada tronco grosso e forte eu quebrava como gravetos, eu precisava ficar cansado para que toda agonia terminar, gritei por raio e nem sinal daquele cachorro covarde. Depois de deixar a árvore em enúmeros pedaços, o que era bom pois me serviria de lenha, eu decidi que iria fazer uma loucura.
Nunca em toda a minha existência eu havia ultrapassado os portões da fazenda e nem permitido que algo desconhecido ultrapassassem nas minhas terras que não fosse animais.
E agora eu estava disposto Ah não só ultrapassar o portão proibido como também enfrentar uma cidade por uma fêmea teimosa. Mais quando eu a encontrá-la irei matá-la com as minhas próprias mãos por me deixar agoniado, e fugir de mim, desobedecer minhas ordens.
Eu não faço a mínima ideia de como enfrentar os humanos já que a única coisa que sei é que somos parecidos fisicamente, apesar de eu ser mais forte e habilidoso com todos os sentidos aguçados. Mas não sei comunicar como eles, pois a humana insolente não me ensinou o suficiente, espero ser forte o suficiente para conseguir trazer ela de volta é não permitir que nenhum humano a tome de mim. Por mais que eu tentasse controlar minha respiração, a vontade insana de quebrar, demolir e matar, corria em minhas veias, certamente os meus olhos também trocaram de cor.

Gente estou chocada como Naty teve a coragem de fugir?
Como será sua reação quando ele chegar na cidade? e como os humanos irão vê -llo?.
Não esqueçam de votar ⭐⭐⭐.

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