Naty
Mais um dia amanheceu e hoje mais frio que ontem, ao me despertar o sol já havia nascido, olhei para mamãe que dormia tranquila beijei sua testa lhe desejando um bom dia, ela estava quente enrolada na coberta, certamente cansada de tanto esforço para falar, ah deixei descansando e o pão próximo a cama para quando despertar. Eu fui trabalhar ver o que poderia conseguir para nos alimentar a noite.
Com o inverno chegando as pessoas se retiravam mais cedo para suas casas. Então hoje com dinheiro que consegui eu comprei apenas um pão e uma garrafa de leite.
Assim que cheguei em casa coloquei a comida sobre a mesa e olhei para mamãe que estava da mesma forma que a deixei de amanhã, apenas sorri e sair em busca de lenha para manter a lareira acesa, sem muita força apenas peguei alguns galhos torcendo para que seja suficiente para queimar a noite inteira.
Lareira acesa, resolvi acordar minha mãe, não era comum ela dormi tanto e ainda do mesmo lado, quando coloquei a mão sobre sua cabeça, ela estava gelada, peguei em sua mão mas estava dura.
Lágrimas desciam do meu rosto como cachoeira eu não tinha voz para gritar ou chorar, por mais que meu maior medo estivesse acontecendo, eu sabia que isso poderia acontecer a qualquer momento, mas a gente nunca está preparado para perder a mãe a única pessoa que me amou incondicionalmente, que me ensinou tudo que sei, e que acreditou em mim, que secou as minhas lágrimas, é que se preocupou comigo. Agora eu estava só! em um mundo medieval onde a voz de um homem vale mais do que o sangue de uma mulher. Agora estou sozinha sem um teto para morar, sem um amor para lutar todos os dias, me dar carinho, estou me sentindo SÓ, minha vontade era de tirar minha própria vida é acompanhar minha mãe para onde ela esteja indo, por mais que esse seja o meu desejo eu sei que não era dela, eu a prometi que lutaria pela vida, irei procurar A Fazenda mas sem esperança de encontrar por ajuda, irei apenas para cumprir a promessa que lhe foi feita ontem, eu não tenho forças para mais nada.
Pedir para que um vizinho me ajudasse a enterrar minha mãe para que quando eu partir seu corpo não fosse jogado para os abutres, e com má vontade ele me ajudou a cavar uma cova rasa, e assim permitir que mamãe descanse em paz.
Aquela sem sombra de dúvida foi a noite mais sofrida, longa, e fria, a pior de todas, eu sentiria falta e suas poucas palavras ou apenas de saber que ela estava ali para me ouvir para sonhar acordada comigo para me dar conselhos. Eu não consegui pregar os olhos, o meu corpo clamava por comida mas a minha mente apenas clamava por paz, e nessa luta entre o corpo e a alma a dor do Coração eu apaguei.
Me levantei com o corpo dolorido joguei uma água no rosto bebi todo leite que estava na garrafa para que não estragar fiz uma trouxa com os meus trapos que chamam de roupa é assim partir da casa onde um dia foi o meu lar onde passei o melhor momento da minha vida e também o mais difícil. E assim virei as costas deixando para trás todas as coisas, todas as lembranças e saudades em busca de um futuro de um rumo sem saber qual, levando apenas com retrato que um dia foi minha família e o mapa com um destino desconhecido.
A caminhada certamente seria muito longa a pé, mas sem uma moeda para pagar por uma carroça nem que fosse pela metade do caminho eu tinha, essa era minha única opção os meus pés me levariam até lá. Como o inverno estava próximo, o sol já não estava tão quente como sempre é, o clima pelo menos estava agradável para caminhar.
Andando sempre pelas árvores para não me encontrar com gladiadores pelo caminho ou homens que possam me roubar vou fazer maldade por pura diversão.
Caminhei por quase um dia inteiro e logo viu uma Porteira que aparecia enferrujada e trancada mas acerca parecia a nova intacta, O que é uma prova que realmente tem alguém morando aí já que o mato era tão alta que parecia uma propriedade abandonada. Então pulei ela e passei pelo mato alto, orando a Deus para que eu tenha oportunidade de me apresentar e quem sabe,... talvez conhecer essa família de novas espécies que apenas ouvi falar.
Andando entre o Mato Alto o sol se pôs e apenas a luz do luar permitia continuar caminhando meus pés doíam estava exausta tinha apenas metade de um pão e nada mais era noite então em silêncio resolvi me deitar no curral sobre a palha perto de uma vaca Mansa onde vi a oportunidade de ter um leite para acompanhar o meu pão. Não era o melhor lugar para se dormir mas pelo menos estaria segura essa noite, amanhã e irei me apresentar para a nova família que mora aqui quem sabe eu possa ficar em troca de trabalho honesto, e assim deixei que a exaustão me tomasse.
Acordei ainda de madrugada com cavalo relinchando Então me levantei apaguei os meus rastros e fugir por medo de me apresentar Irei vigialos de longe para conhecê-los pois as histórias que eu conheci não são das mais agradáveis, alguns diziam que novas espécies comiam carne humana, que eram animais apenas em corpo de homens, que eram ignorantes e sem cérebro, então é preciso conhecer o território antes de me entregar.
Eu confio na mãe Maria mas o meu medo não confia não tivermos um diálogo confiante antes que ela partisse então meu receio era válido.
Passei o dia dentro do território da Fazenda em cima de um pé de manga onde me alimentei durante o dia, e descansei, não pude ver a cara do indivíduo pois o povo dizia que eles tinham super olfato não queria arriscar em deixar meu "cheiro" por ai! a noite eu dormiria no curral novamente até que estivesse pronta o suficiente para pedir ajuda, esse era o plano.
A noite caiu, é a minha coragem sumiu deveria achá-la logo, por que o inverno estava chegando e se eu não tivesse coragem suficiente para me apresentar irei morrer de fome e congelada se não tiver um abrigo.
Assim como na noite passada eu abri o curral para dormir em um lugar seguro, mas me surpreendi com um cachorro enorme caramelo que latia, e uivava e rosnava me deixando apavorada, certamente hoje seria o dia que irei me encontrar com mamãe não esperava morrer assim. Não demorou para um homem alto muito muito forte com cara de mal aparecesse.
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NOVAS ESPÉCIES
Fantasyvenha descobrir .... Esse romance entre duas especies diferentes. Um macho, solitario vivendo em uma fazenda, Uma órfã, da idade média, embusca de ajuda , vai parar na fazenda onde habita um um macho selvagem, com DNA felino, que ódeia humanos.