²⁹ déjà vi

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Pov'Meredith

Alya estava agarranda ao meu pescoço, ouvi o soluço dela enquanto chorava, Ellis e Lexie sentaram na cama e nos abraçaram, foi exatamente aquilo que não me deixou parar, minha família.

- eu tenho que conhecer ele? - Alya se ajeitou na cama e voltou a me olhar

- meu amor, a escolha é sua - enxuguei suas lágrimas - ele quer se apresentar, mas nunca forçaria você a nada

- mamãe e se ele for mal?

- ele não é mal filha - eu queria tanto falar que ele era, fazer Alya odiar o pai e nunca desejar o ver, mas não poderia fazer isso, infelizmente deixaria Denny mostrar quem era, bom ou ruim - ele errou muito.

- mas ela não me quis mamãe, ele me deixou na sua barriguinha.

- Ele deixou filha, eu sei - foi por isso que eu menti a cada ano, para não ver minha Alya chorar daquele jeito - mas ele tem um lado bom.

- mas ele te faz chorar.

- ele não me faz chorar, te ver triste me faz chorar.

- nos vamos dar um jeito nisso ok? - Ellis acariciou os cabelos de Alya - nos quatro, como sempre fizemos.

- sim! Juntas - Lexie sorriu.


☀️☀️


Depois do jantar deitei na cama com minha ruivinha, ela se agarrou a mim.

- mamãe?

- oi amor!

- talvez eu queira saber quem e meu papai! Mas eu não sei se vou gostar dele, tudo bem?

- claro que sim amor, você pode conhecer, e decidir se gosta ou não depois.

- tá bom.

Fiquei com Alya até ela dormir então a ajeitei na cama e sai do quarto indo para o meu, peguei meu celular e vi a mensagem de Andrew

"Como está? Acabei de acordar, o que acha de filme e chocolate?"

Olhei a hora da mensagem, fazia só alguns minutos, entrei no closet e peguei só um casaco e vesti, peguei o celular e sai novamente do quarto, passei no de Ellis e avisei que estava "atravessando a rua".

- vá ser feliz - foi a resposta que ganhei.

- se precisar me liga.

- eu ligo.

Tranquei a porta de casa e caminhei para ao outro lado da rua, ouvi a música dentro da casa, toquei a campainha e parecia o primeiro dia outra vez, Andrew estava usando uma calça moletom azul clara, sem camisa, cabelos molhados, eu adorava eles exatamente assim, meio desgrenhados e o que era aquele abdômen? Nunca ia me adaptar a beleza daquele homem.

- boa noite garota da casa da frente, precisa de uma xícara de açúcar, café ou um ombro pra chorar? - seu sorriso era de tirar o fôlego.

- me convidaram para filme e chocolate - respondi.

- sim! claro! Que cabeça minha - Andrew pegou minha mão.

- você está corado - notei quando a luz da sala me permitiu o ver ainda melhor.

- você também vizinha... Acabei de fazer panquecas.

- panquecas no jantar?

- acabei de acordar - ele deu de ombros - aceita?

- comi a pouco com Alya - sentei no balcão.

- como ela está?

- já foi dormir, conversei com ela - falei baixo.

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