²⁷ inevitável

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Pov'Meredith


Depois do dia incrível na praia voltamos para casa, Alya não parava de falar sobre os castelos de areia, Andrew continuava a provocar ela sobre o vingador favorito dela, parecia que os dois eram amigos a anos e não só a dois meses.

Estávamos descendo do carro quando o carro famíliar parou bem atrás, dessa vez não ia poder evitar o encontro, Denny estava diante de Alya.

- oi Meredith - ele estava sério - você é a Alya certo? - perguntou olhando para ela.

- sim! Quem é você?

- eu? - Denny me olhou e sorriu, ele estava me torturando com aquilo.

- por favor - pedi, segurei a mão de Andrew quando ele se aproximou de Denny, não queria os dois se degladiando na frente de Alya.

- sou Denny, fui professor da sua mãe a um tempo. Estava ansioso para te conhecer, você é linda.

- por que? - ela olhou dele para mim.

- por que eu gosto da sua mãe ... Éramos amigos sabia?

- não...

- seu nome é muito bonito - Denny estava apoiado nós joelhos olhando Alya nos olhos, era tão fácil notar as semelhanças entre eles, cabelos ondulados, o queixo, o formato dos olhos, apesar do dela ser mais claro.

- Alya quer dizer...

- sol, eu sei - ele sorriu um pouco

- filha é hora de entrar, você precisa tomar banho - a virei de frente para mim.

- tudo bem, tchau Denny - Alya sorriu para ele

- tchau Alya, eu adorei te conhecer.

- mãe?

- eu a levo... Vem princesa.

Quando Ellis e Lexie entraram com Alya voltei a encarar Denny, ainda segurava a mão de Andrew para ele não acabar em uma outra briga, não queria isso outra vez, ver ele machucado.

- por que está aqui?

- quero conhecer Alya .. Meredith não quero brigar com você, por favor.

- então vai embora, me deixa continuar minha vida com a minha filha.

- não posso, sinto muito, ela tem o direito de saber que sou o pai dela - ele falava calmo, uma das coisas que mais odeio em psicólogos era aquk capacidade de soar tão calmo.

- Denny pelo amor de Deus - suspirei com raiva - você só me fez sofrer.

- sempre? Não, não foi ... Nós éramos felizes.... Foi real.

- não seja sínico, você sabe o que eu estou falando, para de fingir que tem algum direito - ele conseguia me tirar do sério.

- eu não posso falar o que penso, mas ele pode ir até minha casa e falar?

Olhei para Andrew sem entender.

- Andrew não contou? - Denny riu - eu estou morando no apartamento, o mesmo apartamento... Ainda tem seu cheiro lá.

- você sabia? Você foi lá quando? - perguntei para Andrew.

- ontem a noite ... Ele foi visitar o pai - a resposta sarcástica veio de Denny.

- você veio aqui pra isso? - saquei a de Denny - veio aqui falar isso achando que vou ficar com raiva de Andrew?

- não, mas achei que ia gostar de saber.

- você é tão sínico que me enoja, fica longe de Alya - se Denny tinha esperança de um dia eu voltar para ele, de estar com ele, as chances nulas, só diminuíam cada vez que ele agia assim - pode me dar um minuto com ele?

- Meredith?

- pode ficar ali... por favor Andy - toquei sei rosto.

- vou sentar nas escadas - Andrew caminhou até as escadas de casa e sentou, sei olhar era duro.

- eu não sei o que está querendo, você se ausentou por sete anos, agora quer voltar e fingir que tá tudo bem, quando não está... O que tivemos foi único, mas é passado.

- podemos tentar de novo - Denny murmurou.

- não, não podemos, eu não quero... Alya está bem, ela é feliz... Por favor não estraga isso, em respeito ao que vivemos, por esse amor que diz sentir por mim - estava quase implorando.

- não dá Meredith, eu fui covarde uma vez, não vou ser novamente.

- você não está sendo covarde agora e sim egoísta ... Você me machucou demais.

- sinto muito, queria que tudo fosse diferente - ele tocou meu rosto com os dedos e ganhou um tapa no braço, queria bater na cara dele, mas controlei o impulso.

- não toca em mim.

- Meredith por favor me dá a chance de conhecer ela, eu sei que estou errado, mas ... Eu só quero ser pai. de Alya.

- não!

- ela tem direito a ter um pai.

- e só agora pensou nisso? Deveria ter pensado assim quando me mandou abortar - o lembrei.

- eu errei, mas me arrependo todos os dias.

- não é suficiente - dei as costas para ele e caminhei em direção a Andrew peguei a mão dele e o puxei para dentro de casa.

- calma - ele falou atrás de mim.

- que raiva - parei na sala e o encarei - eu o odeio mais a cada dia.

- calma - Andrew me abraçou

- ele não vai sossegar enquanto Alya não souber que é o pai dela.

- posso falar o que eu acho? - Andrew me fez o olhar no olhos

- pode!

- seja mais rápida, não de a chance dele falar e acabar magoando ela, conversa com Alya diz que o pai está de volta ... Eu sei que é horrível, pode parecer que estou fazendo isso por ele ser meu ... Padastro, mas não é! eu juro, estou fazendo por vocês, por que se ela souber por ele pode sofrer mais e ficar com raiva... Ele pode contar a verdade do jeito dele, Alya é esperta demais.

- por que foi até lá? - lembrei do que Denny havia faladou.

- desculpa ter mentido, mas não queria que achasse que estou me metendo na sua vida.... Só queria entender algumas coisa, e explicar outras.

- não entendi.

- fui lá falar para ele que você não está sozinha, apesar de não precisar de um cara pra nada - Andrew riu um pouco - fui até lá falar que enquanto você me pedir pra o afastar eu vou, que vou cuidar de vocês por que é o certo.

- por que? - eu queria chorar.

- eu gosto de você Meredith, gosto muito e de Alya, foi inevitável.

- obrigado... Por isso.

- vai pensar no que falei?

- vou... Vou conversar com a mamãe também, decidir o melhor.

- isso! Vou deixar você tomar banho e descansar, também preciso, estou quase dormindo de pé, Alya tem muita energia.

- obrigado por hoje, foi um dia maravilhoso - dei um beijo nele.

- eu também achei, te vejo depois - Andrew acariciou meu rosto depois saiu.


☀️☀️



  Olha eu aqui!
Acham que Andrew está certo?


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