LOUIS.
Acordei na terça feira ainda morto do plantão de segunda. Aquilo estava acabando comigo. Eu não tinha tanta coisa para fazer naquele dia, apenas a faculdade de noite... e ainda tinha o Harry. Pelo menos ainda era de manhã bem cedo. Me levantei para fazer o meu café da manhã, café sem açúcar, panquecas e alguma fruta.
Me alimentei, odiava comer pela manhã mesmo sendo a refeição mais importante do dia. Antes que eu me esquecesse, fiz minha lição da escola sabatina, fiz um devocional que encontrei na internet e comecei a orar, às vezes me questionava se Deus realmente me escutava. Se Ele não me escutasse eu era maluco de estar falando sozinho? Bom, pelo menos eu falava. Só pela obrigação.
A casa estava vazia, mais vazia que o normal, tinham coisas faltando. Minha mãe e meu pai estavam no trabalho, o silêncio era confortável, mas ainda assim estranho. Porque era ensurdecedor. Então subi novamente para o quarto, estudei um pouco, arrumei a minha cama e tentei arrumar o meu quarto, mas nada nunca ficava em ordem. Mexi um pouco no computador e quando percebi já era hora de almoçar. Decidi que iria almoçar na rua, me arrumei, coloquei uma calça de moletom, uma blusa preta e simples, um casaco por cima pois o dia estava frio, e fui até o centro da cidade de táxi.
Almocei em um restaurante italiano, depois fiquei vagando pela rua, pois ainda eram meio dia e eu só precisaria encontrar com o Harry às duas. Ou pelo menos eu achava que era às duas. Mas as horas não se passaram rápido, quando percebi já estava na loja que tínhamos combinado de nos encontrar, ainda faltando cinco minutos.
— Olá, Louis. — Aquela voz fez meu corpo estremecer, me virei um pouco assustado, e lá estava ele, com a camisa sempre com dois malditos botões abertos e uma calça super justa. Ridículo. Mas quem sou eu para julgar os outros?
— Oi. — Acenei para ele, com um sorriso tímido em meus lábios, ainda não sabia o que aquele cara esquisito queria comigo ou por que comigo. — Bem vindo! Aqui é a melhor loja de móveis da cidade, e você está sendo privilegiado a ter minha companhia.
Estava tentando ser gentil, ou eu teria que ser rude? Se ele gostasse da minha companhia iria querer sair novamente, e eu realmente não tenho tempo para isso, e nem posso ser visto com ele. Mas esse não era o caso aqui, não é mesmo?
— Então espero que você também ajude-me a escolher uma mesa. — Ele piscou para mim, começando a adentrar na loja, seguindo para a parte detrás, onde ficavam as mesas.
Ele passou infinitos minutos olhando, até que escolheu uma, alegando que a residência era boa e sussurrou no meu ouvido que tinha que ser boa ou quebraria com certos movimentos. E então imaginei ele me jogando nela, beijando meu pescoço, tirando minhas roupas tão lentamente que eu tinha que implorar a ele para tirar mais rápido, pois queria sentir os lábios dele por todo o meu corpo, e parecia que ele sabia exatamente o que eu estava pensando, pois tinha um sorriso convencido nos lábios.
E então eu acordei. Minha cama estava um pouco molhada e meu membro dolorido. Não, não, não. Não mais uma vez. Me levantei tão apressado que fui para o banheiro me trancar lá. Em seguida escutei batidas na porta do meu quarto.
— Louis querido? — Minha mãe falava na porta, e eu estava com uma ereção. Ok, aquilo era a coisa mais vergonhosa do mundo! E um grande pecado também, levando tudo em consideração. — O café está na mesa, fiz panquecas como você gosta.
Panquecas não, ah que droga! O que eu iria fazer? Eu não podia cancelar algo com o cara só porque sonhei com ele. Mas sonhei algo errado e pervetido. Por que isso foi acontecer? Como eu ia me livrar naquela ereção.
Segurei meu membro. Fechei os meus olhos e tentei, mas eu não conseguia. Comecei a tremer. O dia estava frio mas a única outra forma de me livrar daquilo era um banho bem gelado, e então ajustei a temperatura da água e deixei cair sobre o meu corpo, deixando os meus músculos relaxarem enquanto eu pensava em sangue, cirurgias, agulhas e tudo que afastasse aqueles pensamentos sujos. E assim consegui, peguei a toalha e me sequei bem, e depois me vesti.
Odiava tocar em meu corpo, ainda mais em partes mais íntimas. Mas... por que eu tive aquele sonho? Eu nem conhecia ele direito. E aquilo... aquilo é errado.
@harrystyles: te encontro hoje às 14hrs! Conto com sua ajuda para encontrar uma boa mesa.
Olhei para aquela mensagem e joguei o celular na cama, me joguei na cama também e dei um grito no travesseiro, eu precisava tirar ele da minha cabeça, da minha vida. Então depois de hoje eu realmente não poderia mais ver ele, teria que exclui-lo de tudo, afinal, eu já teria me desculpado sobre tê-lo acusado de perseguição, então estava tudo bem, estaríamos bem, ele seguiria o caminho dele e eu seguiria o meu.
Vesti um calça jeans, e uma regata, e então desci para tomar o meu café. As coisas que estavam faltando no sonho estavam ali novamente, e o silêncio não estava tão ensurdecedor, meus pais estavam em casa, estava tudo em perfeito estado e aquilo era real. O que não era real eram aqueles pensamentos sujos. Então respirei fundo, comi minhas panquecas, tomei meu café, bem doce, e deixei de comer uma fruta, queria fazer as coisas diferentes do sonho.
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in the hands of a fallen angel!
Fantasia- Louis Tomlinson é cristão desde a sua infância. - Harry Styles é um anjo caído Esse encontro entre dois mundos apostos pode causar muita confusão.