Make You Mine [hiatus]

Capítulo 30.

Natasha Hopkins.

— Natasha? — Liv chama minha atenção — Eu queria te contar uma coisa.

Largo meu lápis no livro e Olívia me encara com tensão.

— Achei que você não gostasse de suspense. — provoco — Pode contar.

— Eu e Sarah estamos namorando. — desvia o olhar para as próprias mãos.

Abro a boca tentando fingir surpresa.

— O que? — pergunto em um gritinho agudo — Como assim, menina?

Um garoto da mesa ao lado me encara bravo, como repreensão por estar gritando em uma biblioteca. Dou um sorriso pesaroso de desculpas.

Olívia inclina a cabeça pro lado e semicerra seus olhos em minha direção.

— Tá bom, há quanto tempo você já sabe? — pergunta sem emoção.

— Semanas. — respondo firme. Nem tento continuar a fingir que não sabia.

Ela sorri negando com a cabeça.

— Foi mal não ter te contado antes, eu ainda estava me resolvendo com a Sarah mas agora é oficial. Estamos namorando. — anuncia orgulhosa.

— Legal. — sorrio — Mas eu achei que ela estivesse com o Lucas. — digo confusa.

A menina levanta uma sobrancelha, convencida.

— Eu sou a cura hétero. — se gaba. Não digo nada, apenas passo a mão pelo meu rosto. Meu Deus. — Mas agora falando sério, esse garoto estava fazendo o inferno na nossa vida. Ele meio que pegou a gente no flagra e começou a gritar com Sarah.

— Meu Deus, ele está mais calmo agora? — indago voltando a escrever no meu caderno.

Liv dá de ombros.

— Sei lá, só sei que quero ele bem longe de mim. — bufa.

— Então a Sarah é bi? — assente — Legal.

Olívia concorda voltando a atenção para o livro à sua frente. Voltamos a falar sobre os trabalhos individuais até dar o meu horário de saída da faculdade para ir pro meu trabalho.

— Agora que eu lembrei! — diz me acompanhando até o ponto de ônibus — Vou aproveitar que meus pais vão viajar no sábado e fazer uma festa na casa deles.

— Você vai dar uma festa escondida dos seus pais? Parece que voltei pro Ensino Médio. — a menina ri — Por que você não faz no seu próprio apartamento?

O tanto de vezes que acobertei Olívia quando ela dava essas festas na nossa adolescência são incontáveis.

— Pra aquele bando de universitários famintos quebrarem e roubarem minhas coisas? Não, obrigada. — responde simples — Se sumir alguma coisa na casa dos meus pais, eles nem vão perceber.

— Ok, eu vou ir mas já aviso que não vou ajudar a limpar nada no dia seguinte. — guardo meus livros dentro da mochila.

Ela ri.

— Nem eu, você realmente acha que eu vou limpar com as minhas próprias mãos? Vou obrigar quem dormir lá a limpar pra mim, é o preço da estadia.

— O Castiel vai?