Vagando por Entre Prosa e Poesia

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Quando começo a escrever, o tempo para pra mim, nada mais importa a não ser aquele universo absoluto que me aproprio todos os dias com tanta alma: que é a arte da escrita. Muitas vezes me torno sujeita de uma arte tão complexa, densa e solitária, mas ao mesmo tempo, de uma leveza sublime que simplesmente as palavras vão saindo da minha mente e vão dando forma em um conjunto de sentenças ainda incompletas. É um sentimento indescritível.


De início vou me fazendo de versos, linhas, métricas e rimas em várias estrofes ainda inacabadas. Então, chega o momento da pausa, da respiração, e é aí que pego a inspiração e me jogo em um mar de metáforas estonteantes. Mas tem momentos que no caminho dessa construção sou só a junção de vários parágrafos incompreendidos da minha essência. E aí me encontro compondo uma rica combinação de palavras que só sendo lírica demais, profunda demais para entender a beleza que ressalta de seus significados.

Esse processo de criação da qual transito durante dias e horas se torna lento, demorado, mas repleto de encantos onde vou aproveitando cada segundo. Fico inerte a essa acrobacia de palavras e vou me misturando dentre elas, sentindo cada som, cada fonema seu. Dessa maneira, vou navegando por entre vogais e consoantes, passo por pronomes, adjetivos e advérbios onde finalizo em uma incrível oração.

Essa arte da qual me caracterizo sempre uma poeta singular e indefinida, vai se transformando, dando sentido e lapidando meus sentimentos: minhas emoções, minhas vontades, meus desejos mais sinceros para no final resultar em uma combinação mágica e surpreendente . Então, só assim termino completa, transformada em cima de uma magnífica prosa ou poesia.


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