Keiko Akasuki estava morta.
Tinha deixado uma carta suicida no armário do clube de literatura, e se jogado do terraço da escola. Seu corpo foi encontrado por um funcionário da escola, mas quando a ambulância chegou, ela já estava morta.
Essa era a versão oficial dos fatos mas não necessariamente a verdade.
Obito uma vez havia ouvido que não existe crime perfeito, apenas crimes mal investigados, e nesse caso, não havia por que investigar alguma coisa.
Não era a primeira vez que uma adolescente cometia suicídio, e não seria a última, existiam inúmeros motivos para que Keiko tirasse a própria vida (a morte dos pais, a situação financeira em casa, o bullying recente), e não foi encontrado pelos policiais nenhum motivo para que alguém quisesse fazer algum mal a ela ou que a quisesse morta.
Dessa forma, a escola foi liberada para fazer um funeral honorário à garota sem grandes perturbações da polícia.
Obito ficou um pouco surpreso em como aquilo tinha sido fácil, apenas forjar uma carta de suicídio e sumir com a outra carta, marcando o encontro.
E a sorte que tinha da polícia não ter se importado nem um pouco em tomar outra linha de raciocínio que não fosse a que eles viam em questão e que era tão fácil. Os seres humanos realmente viam o que queriam ver.
Repassando todos os seus novos sentimentos, Obito percebeu que não houve raiva em suas ações contra a Akasuki, pelo menos, não raiva desmedida e descontrolada.
Claro, ele a queria completamente fora do seu caminho, sem a menor possibilidade de atrapalhar o Uchiha em sua conquista, por que se alguém tinha que ser condenado à morte, que não fosse ele então.
Em contrapartida, não sentiu nenhum prazer violento em matar a garota, apenas a sensação de poder por saber que a vida dela estava nas mãos dele, mas que ela não sabia disso.
Agora, andando pelos corredores do colégio recém aberto às aulas, Obito se sentia mais aliviado, Keiko não seria mais uma pedra em seu caminho.
O Colégio Secundário de Konoha estava com uma atmosfera tão estranha, os alunos agora usavam o uniforme preto, em luto, e as pessoas não paravam de comentar sobre o acontecimento.
Sussurros mórbidos, como se as pessoas estivessem contando uma coisa obscena e que fossem repreendido por serem pegos. Obito não tinha certeza se os alunos estavam de fato impactados com o resultado das suas atitudes ou se só estavam comentando a repercussão que isso gerou no corpo docente, que limpou toda a bagunça bem rápido.
Falando em corpo docente… Quando o Uchiha perguntou a Deidara sobre o celular de Keiko e se isso não poderia lhe causar problemas pela inimizade deles, o Namikaze apenas respondeu que "tinha gente do alto escalão da escola nas mãos dele".
— Oe, Uchiha-san — Ouviu aquela voz (aquela voz que disparava seu coração e deixava sua mente em polvorosa) o chamar.
— Hatake-senpai.
— Pode dizer a Rin que a reunião de hoje foi adiada para sexta-feira? Eu tentei encontrá-la, mas parece que ela simplesmente sumiu na escola.
Rin, sua danada, pensou o moreno, vendo a clara situação que a Nohara formará para si.
— Eu aviso sim ela, senpai.
— Muito obrigado, Uchiha-san — Ele deu um sorriso, um sorriso que atacou mais um pouco a sua sanidade. O platinado já estava indo.
— Oe, senpai — Obito começou, antes que a coragem se esvaísse — Você… Você quer sair comigo?
Kakashi se virou para Obito, e o olhou por um segundo antes de dizer:
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Not A Love Story
FanfictionUchiha Obito sempre se sentiu vazio, com alguma coisa faltando dentro de si, incapaz de sentir qualquer coisa, independente de qualquer estímulo que recebesse. A única coisa que mantinha vivo e operante como indivíduo era a promessa de seu avô de qu...