Planejar um assassinato não era tarefa fácil.
Obito precisou repassar todos os passos pelo menos 10 vezes em busca de coisas que poderiam sair do controle e traçar planos para contornar os possíveis problemas.
Além disso, com ajuda do Deidara, Obito estudou sua vítima, quem era Fukuhara Shinzo depois de Kakashi, e quais eram os seus passos. Obito estava exausto, tinha desenvolvido uma vida dupla, dividindo sua mente em ser um adolescente de 16 anos, estudante que tira boas notas, uma amiga e um ficante que saia e trocava mensagens e beijos.
A outra parte da sua mente estava focada em eliminar Fukuhara, e ele tinha desenvolvido mapas mentais para conseguir lembrar de todos os passos, planos e informações sobre o garoto, e sem anotações para não deixar nenhuma prova física da premeditação do seu crime para uma possível investigação.
Já tinha período determinado, roupas exclusivas para o evento, luvas, uma peruca, anestésico e uma seringa, também tinha ácido escondido em um lugar específico de um galpão próximo, e pretendia sumir com os restos no incinerador do colégio.
Obito iria se aproveitar que seus pais tinham saído em viagem, e acreditando que seu filho já era maduro o suficiente para estar sozinho em casa, aproveitaram para tirar uma segunda lua de mel.
Terminando de calçar as luvas pretas de couro, e verificando os últimos detalhes (peruca no lugar, lentes de contato, suas cicatrizes do rosto devidamente cobertas, as roupas pretas arrumada), Obito deixou o celular sobre a cômoda do quarto, e não apagou a luz do mesmo, além de deixar a televisão do cômodo ligada.
Terminou de calçar os tênis velhos, que seus pais não se importariam se ele jogasse fora, Obito apagou a luz do andar de baixo, e saiu de casa pela porta dos fundos, pulando a cerca do terreno, passando pelo quintal da casa de trás a sua, vazia pois estava para alugar. Caminhando por alguns minutos, Obito pegou um ônibus para a parte baixa da cidade.
Kamo era uma área mais pobre da cidade de Konoha, uma coisa como Narrows ou a área próxima ao Arkham em Gotham. Cheia de prédios mal acabados, becos escuros e ruas mal iluminadas, o lugar era conhecido pela alta taxa de crimes, moradores de rua, gangues e prostitutas. Com certeza, um lugar bem ruim para ir parar, ainda mais quando você já tinha sido um garoto de classe média alta. Cara, a queda tinha sido grande, pensava Shinzo.
Pular de abrigo em abrigo, em busca de comida tinha se tornado talvez sua atividade principal nos últimos tempos. Sendo um jovem de 18 anos, que nunca tinha passado grandes dificuldades até o ano passado, era surpresa até para ele ter sobrevivido naquele fim de mundo. Shinzo acreditava que isso se devia a uma longa maré de sorte, e sinceramente, ele estava começando a não ver mais motivos para que essa sorte continuasse.
Sua vida estava arruinada. Maldita hora em que ele dirigiu a palavra para Kakashi Hatake. Aquele desgraçado! Fukuhara amaldiçoava cada maldito átomo que compunha aquele psicopata narcisista de merda em cada momento que tinha um respiro para pensar.
Além dos abrigos, Shinzo tinha aprendido a roubar coisas para ter dinheiro para não morrer. Fukuhara amaldiçoava sua família também, porque sinceramente, que belo amor familiar esse em que "Há, nós te amamos até que você mostre que é algo diferente do que esperávamos. Então, vamos te jogar no mundo e fingir que você nunca existiu". Hipócritas!
Shinzo tinha certeza que o fato de ele namorar um garoto passaria como apenas um pequeno incômodo, mas namorar um garoto, de classe mais baixa, de uma família não tradicional e com pais divorciados, seria um grande problema, agora um namorado que arma um escândalo envolvendo a polícia? Isso era intolerável. Kakashi tinha sido bem esperto ao arma a sua queda, ele agiu de modo bem cínico nessa, Fukuhara nem teve como se defender.
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Not A Love Story
FanfictionUchiha Obito sempre se sentiu vazio, com alguma coisa faltando dentro de si, incapaz de sentir qualquer coisa, independente de qualquer estímulo que recebesse. A única coisa que mantinha vivo e operante como indivíduo era a promessa de seu avô de qu...