Página 5. Uma escada quebrada.

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Alguns dias depois.

- O que tá fazendo aí? - Oikawa pergunta, quando Ai chega no depósito segurando uma escada.

- Preciso limpar as prateleiras de cima. - Coloca no chão e ofega. - Depois finalmente terei acabado meu lado.

- Você vai acabar é caindo. - Aponta. - A escada tá com um pé menor que o outro, você vai virar.

- Não vou não. - Ajusta a escada olhando pra cima. - É tudo uma questão de equilíbrio. - Pega o pano, sobe pela lateral e se vira pra ele. - Se você olhar embaixo da minha saia, eu te mato!

- Eu acredito. - Levanta as mãos e vira de costas.

- Ótimo. - Continua subindo e começa a limpar. - Não é tão difícil. - A escada treme. - Opa!

- É sério, deixa que eu limpo aí, você vai cair! - Fala sem se virar. - Não seja teimosa.

- Silêncio. - Continua limpando. - Tá dando certo.

- Você que sabe, maluca. - Volta ao que estava fazendo, um tempinho depois ela desce da escada e a empurra pra próxima prateleira.

- Um prêmio de melhor pianista. - Sopra o prêmio e limpa a poeira. - 1998, nossa, é antigo. - Sorri. - Legal e lindo. - Coloca na prateleira mais abaixo e começa a limpar a de cima. - Quase acabando mais uma e nem caí.

- Bom pra você!

- Claro que sim. - Se vira e se estica, a escada treme e ela se desequilibra. - Ah não, AAAH! - Cai, fecha os olhos e a escada vira pro outro.

- Droga. - Corre pra pegar.

- Hã? - Bate a cabeça de leve no peito de Tooru e abre os olhos. - O que?

- Peguei a tempo, que bom. - Ele segura seus ombros e ambos se olham. - Se machucou?

- Não, eu tô bem. - Divaga os olhos por seu rosto. - Por que fez isso?

- Ora, por quê? - Sorri. - Você ia se machucar, eu não podia deixar isso acontecer.

- Mas você podia ter se machucado. - Coloca as mãos em seu peito e se ergue um pouco. - Sabia disso?

- Olha só, quando alguém faz um coisa legal por você, o educado é dizer obrigado.

- Eu sei, só... - Desvia o olhar e suspira. - Obrigado.

- De nada. - Sorri e vira a cabeça. >Momento em que o coração erra uma batida.<

- Ah... - Cora. - E-eu... - Empurra ele. - Você tá muito perto.

- Hein?

- No fundo você é só um pervertido, não é? - Sai de cima e se afasta. - Tá tentando se aproveitar da situação pra me seduzir ou o que?

- Do que está falando? - Senta. - Eu acabei de te salvar, não estou tentando te seduzir e eu não sou um pervertido, mas você é louca, não é?

- Eu sou louca? - Coloca a mão no peito. - Senti seu olhar em mim mais de uma vez.  - Aponta. - Você olhou embaixo da minha saia, não foi?

- Não. - Move os olhos. - Só as pernas.

- Ah... - Arregala os olhos e abre a boca. - E ainda diz que não é um pervertido.

- Foi mal! - Levanta as mãos. - Mas eu me contive e não olhei embaixo da sua saia, eu juro. - Junta as mãos. - É verdade.

- E como quer que eu acredite nisso? - Fecha os punhos. - Tarado! - Bate na estante, o prêmio gira e cai.

Fanfic Haikyuu: Pela vitoria. (Oikawa Tooru.) EM PAUSA!Onde histórias criam vida. Descubra agora