𝙃𝙚𝙖𝙧𝙩 𝙤𝙛 𝙁𝙞𝙧𝙚 - 𝔏𝔢𝔞𝔥 ℭ𝔩𝔢𝔞𝔯𝔴𝔞𝔱𝔢𝔯

⁰³: anger - part one

As janelas do apartamento estavam completamente fechadas. A luz que iluminava o ambiente era resultado das cortinas abertas. O sol havia acabado de amanhecer, e com ele, os moradores da cidade chuvosa.

John estava sentado no sofá, apenas olhando a cidade ganhar vida. Nada muito extravagante. Seus pensamentos há tempos se desligaram do que seus olhos veem.

As palavras que Carlisle havia lhe dito ontem estavam vagando em sua mente. Mesmo mal o conhecendo, o homem ainda é seu pai e ele não pode negar que isso mexa com uma parte bem pequena dele.

Ele suspira, sabendo que deveria pensar nisso, por enquanto.

Seus olhos caminham pelo ambiente. O apartamento que alugará era bonito e aconchegante. As paredes eram feitas de mármore, escondidas pela pintura. O piso era feito por madeira de carvalho, pintada com uma tonalidade escura, seus móveis eram gerais, havia coisas de madeiras, ferro... um lugar ótimo para quem mora sozinho.

Pensando nisso, o vampiro joga sua cabeça para trás, se lembrando da boate.

Johnatha tinha uma boate, o dava um lucro ótimo, então não poderia reclamar da vida econômica. Sentia orgulho de si mesmo ao dizer que ela foi criada apenas por si. Era um ótimo negócio, talvez pudesse construir uma em Forks?

Talvez pensasse nessa hipótese.

Seus olhos caem num quadro, em cima de uma lareira bem feita que tinha no meio dos sofás, grudada na parede. No retrato, estava ele e sua irmã caçula, Thaylane. Hoje em dia ela já era uma mulher, mas ainda sim, seria seu bebê por toda a eternidade.

Depois da morte da mãe, Amélia, John vagou por alguns anos, encontrando Thaylane e a adotando como sua Irmã. Demorou um pouco para a transformá-la, queria que a mesma se divertisse um pouco com a sua humanidade, porque depois da transformação, não poderia se divertir, não como fazia quando humano.

(...)

( Observação: colocar a música depois dessa parte. )

John, depois de um tempo sem fazer nada, decidiu caminhar pelas florestas de Forks. Não sabia o porquê da vontade repentina, mas não achou má ideia. Então ali estava ele, caminhando pelas terras molhadas e sentindo as folhas úmidas molharem o seu rosto pálido.
Seus olhos vagavam por cada centímetro daquele ambiente chuvoso. Havia visto vários animais em sua breve caminhada. Agora sabia o por quê dos Cullen's morarem por ali. Tinham uma grande fonte de alimento, um ambiente assim era um prato cheio para vampiros como ele.

- Isso não tem graça, Emmett! - Ele ouve uma voz dizer, o fazendo parar de caminhar, olhando na direção de onde veio o som.

- Aaa, é engraçado Ursinha! Vamos lá! - diz um vampiro musculoso, mostrando um alce para a garota de cabelos loiros.

Ela rosna, mordendo o alce.

- Parem com isso crianças! - diz o Cullen mais velho, rindo, enquanto mordia a sua "refeição", outro cervo igualmente grande.

- Não seja chato, querido, deixe-os - fala uma mulher de rosto oval.

- Minha roupa! - grita uma vampira baixa, rindo, enquanto olhava para sua blusa coberta de sangue.

- Que tal irmos ao shopping depois? - pergunta uma garota de cabelos castanhos.

John fecha os olhos com força, tentando controlar a raiva que começa a sentir naquele momento. Ele escuta o vento uivar por entre as árvores e, após isso, sai dali o mais rápido possível, não aguentando mais ver aquela cena tão deplorável em sua opinião.

(...)

Encarando o teto do apartamento em que está, o filho biológico de Carlisle não para de refletir sobre a cena que viu. Uma família perfeita, é isso que aparentavam ser. E ele odiou isso.

Durante toda sua vida, escutou sua mãe destacar as qualidades que a fizeram se apaixonar pelo Cullen, fazendo-o pensar que seu pai era alguém realmente digno. Doce engano. Se ele fosse tão bom quanto sua mãe tentava lhe fazer acreditar, não teria lhe abandonado vários anos atrás.

Você não perde por esperar, sentencia em pensamentos.
Ele fecha os olhos, mesmo sabendo que não conseguirá dormir.

Sua vida foi feliz, disso ele não pode reclamar. Sua mãe sempre foi uma mulher amorosa, gentil e paciente, completamente oposta a ele. Desde muito novo, ele foi um garoto rebelde, com tendências autoritárias e temperamento forte. Talvez, esse seja o motivo de seu sucesso no âmbito profissional.

Um pequeno sorriso aparece em seus lábios avermelhados.

Eu sou tudo aquilo que você deve temer.

(...) Dois Dias Depois (...)

Olhando a porta à sua frente, ele só consegue pensar em o quão incrível sua noite será. Ajeitando sua jaqueta preta rapidamente, ele faz menção de tocar a campanha, mas antes que o faça a porta é aberta.
Uma garota com pouco mais de um metro, fluida como uma bailarina e com uma cabeleira ligeiramente repicada aparece na porta, sorrindo para ele. Seus olhos dourados não deixam dúvidas, ela é uma vampira. E, por nós últimos dias ter observado de longe a família perfeita de seu pai, ele sabe muito bem quem é ela: Alice Cullen.

- Olá, seja bem-vindo! - Diz, soando o mais simpática possível.

Ele lhe dá um aceno em reconhecimento, estranhando a recepção acalorada.

- Estávamos esperando a sua vinda, John. - Ela fala, pegando-o de surpresa.

- Ah, é?

- Não somos seus inimigos. - Diz uma voz masculina atrás dela, e logo outro vampiro surge.

Jasper.

Seus músculos se tensionam, endurecendo. Ele não tem nada contra o outro, mas já ouviu falar de sua fama. Está perto de alguém que consegue sentir e manipular as emoções como ele pode fazer não agrada em nada John.

- Que tal você entrar e conversarmos um pouco? - Alice propõe, sentindo o clima pesado. - Carlisle nos falou sobre você, mas pediu para não te incomodarmos.

Franzindo a testa, Johnatha demora a processar as palavras dela.

- Ele falou sobre mim?

- Sim, logo no primeiro dia que descobriu que tinha um filho biológico. - Responde, sorrindo largamente. - O grau de segredos nessa família é quase zero. - Uma risada melodiosa escapa dela e com isso, Jasper lhe abraça por trás.

- Vamos entrar? - Propõe ela novamente.

Dessa vez, caminhando com seu marido agarrado a si, Alice entra na residência Cullen, deixando espaço para que John decida segui-la ou não. Com nada além de sua propensão para o caos, ele entra.

Isso não vai ser bom.

▩━━━━━━◈━━━━━━▩

Well, o que vocês acham desse clima que estar no ar?

O que será que vai acontecer no próximo capítulo?

O que vai acontecer nessa conversa?

▩━━━━━━◈━━━━━━▩