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Caminhando pelas ruas da cidade de Forks, percebo o quanto a cidade é sem graça e parada ao meu ver. Pessoas de mente pequena com futuros limitados, tudo que odeio em um lugar.

Finjo não notar o olhar que recebo de um grupo de adolescentes que está na cafeteria atrás de mim, é melhor assim. Mesmo com minha aparência sendo jovial, sou velho demais para essas crianças. Com o ímpeto de voltar para meu apartamento, giro meus pés para tomar a direção certa e é aí que a vejo.

Seus cabelos esvoaçante com o vento e suas bochechas vermelhas acentuam a palidez de seu rosto.

Não posso negar que ela é bonita, penso a contra gosto, lhe vendo se distrair com o berro de uma criança que acabou de deixar seu ursinho cair no chão.

Um pequeno sorriso brota em seus lábios.

Antes que eu possa decifrar como me sinto sobre seu sorriso, ouço um irritante barulho de derrapagem. Com rapidez busco a origem do som, logo vejo uma picape preta desgovernada ir na direção da Cullen distraída.

Não penso, ajo.

- Renesmee, cuidado! - Falo, correndo em minha velocidade híbrida e tirando-a do caminho.

A picape bate contra um poste, produzindo distração o suficiente para que ninguém preste atenção em nós.

Renesmee arregala os olhos assustada.

- Você está bem? - Pergunto, me afastando dela.

- Eu não sei... Eu... - Ela me parece abalada, confusa com o que aconteceu.

- Carlisle está trabalhando?

- Acho que sim. - Sua voz é fraca, trêmula.

- Vou te levar até lá.

Ela assente, me encarando com confusão. Antes que possa falar qualquer coisa, desmaia em meu colo.

Levo Renesmee até o hospital e vou direto para recepção. A recepcionista ao me ver com uma garota nós braços corre em minha direção.

- Chame o doutor Cullen agora.- Ordeno, não esperando que ela fale nada.

Ela assente e faz como pedido. Em poucos minutos, me vejo novamente diante de meu pai.

- Mas o que houve? - Pergunta, mantendo a neutralidade profissional.

- Ela quase foi atropelada

- Aqui, por favor. - Ele fala para alguém atrás de mim.

Um enfermeiro trás a marca e eu a coloco lá, pronto para ir embora.

- Vou fazer alguns exames. - Ele me diz, me encarando profundamente. - Não sei nem como agradecer...

- Então, não agradeça.

Ele suspira.

- Você poderia esperar aqui? - Balanço a cabeça em negativa.

- Já fiz mais do que devia.

- John, por favor...

É minha vez de suspirar.

- Tudo bem, eu espero.

(...) Horas Depois (...)

Já cansado de esperar, cogito ir embora no momento em que os Cullen's invadem a recepção.

- Cadê a minha filha? - Bella pergunta, quase histérica.

- Calma, Bella. - Pede o seu marido, agarrando seus ombros.

Os dois estão visivelmente preocupados, o que não me faz sentir nada além pena deles.

- Cadê o CCarlisle - Rose pergunta se dirigindo diretamente à mim.

- Até onde sei, ele está examinando ela.

- O que aconteceu? - Ela questiona, parecendo desconfiar de mim.

Arqueio uma sobrancelha e neste momento a enfermeira aparece, nos dizendo que ela está bem e que pode receber visitas. Pronto para ir embora, sou pego de surpresa pela enfermeira dizendo que Renesmee deseja minha presença no quarto.

Sem querer prolongar ainda mais o momento estranho, seguimos a mulher até o quarto onde a filha de Edward está.

- Filha! - Isabella Swan praticamente se joga nos braços da filha, é engraçado de se ver.

- Eu tô bem mãe.

- Tem certeza? - Rosalie perguntou.

Reviro os olhos.

- Ela não foi atingida, foi apenas um susto. - Carlisle diz, tranquilizando eles.

Seus olhos buscam os meus. Ele parece tentar me dizer algo, mas não compreendo o que é.

- Acho que já vou. - Falo, me virando pra ir embora.

- Espera... Se não fosse por você eu seria atropelada. - Conta.

- Sim, você salvou minha filha. - Edward concordo, com gratidão reluzindo em seus olhos.

- Obrigado. - Bella me abraça.

Congelo.

Mesmo sem graça por causa do abraço, me esforço a voltar ao normal.

- De nada.

- Como podemos recompensá-lo? - O pai de Renesmee me pergunta.

- Não quero recompensa, só fiz o que era certo a se fazer.

Todos parecem entender meu ponto.

- Por que não tentamos de novo? - Carlisle propõe, se referindo a sermos uma família, presumo.

Dou de ombros.

- Irei pensar a respeito.

- Claro... Podemos esperar você está pronto. - Ele diz.

Antes que eu saia da sala, recebo um obrigada de Renesmee que retumba por meu cérebro.

Acabado de chegar à frente do meu apartamento quando percebi que a porta estava entre aberta, fiquei alerta a qualquer possível de ataque, e entrei no apartamento e então vi uma pessoa com uma taça de vodka e então eu sorri.

- Olá querido irmão.

𝙃𝙚𝙖𝙧𝙩 𝙤𝙛 𝙁𝙞𝙧𝙚 - 𝔏𝔢𝔞𝔥 ℭ𝔩𝔢𝔞𝔯𝔴𝔞𝔱𝔢𝔯Onde histórias criam vida. Descubra agora