UM AMOR ABRASILEIRO I

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Nedim chega na mansão e vê apenas 3 seguranças, entra com o carro olhando atentamente não vê mais ninguém. Aonde será que estavam os outros? Será que aconteceu algo? Para o carro descendo rapidamente e segue para a casa. Cenger que já abria a porta diz que o senhor Yaman já o esperava. Nedim sobe para o escritório, batendo na porta entra encontrando o amigo muito nervoso. Andando de um lado a outro.

- O que aconteceu Yaman, porque você está nervoso? Todos estão bem? Pergunta preocupado.

- Sim, sim, estou apenas preocupado, Seher saiu somente com o motorista e está demorando.

- Quer que eu vá procura-la? Ou mande alguém?

- Não, não. O motorista é ex-soldado, se precisar ele a defende. Mas tem outra coisa me preocupando, os nossos seguranças. Depois do sequestro e de tudo o que aconteceu, tivemos que mandar vários para a cadeia por serem coniventes com aquela mulher, que se dizia minha cunhada. Estamos com poucos seguranças.

- Isso mesmo que queria falar com você, precisamos de mais homens, mas não é somente isso, precisam ser mais bem treinados e estarem preparados para todas as situações.

- Exatamente isso, contrate quantos homens precisar, quanto ao treinamento quero o melhor.

- Pode deixar, a algum tempo venho pensando sobre isso, e acho que nosso pessoal precisa de treinamento especial, e nada melhor que treinamento russo.

- Como assim Nedim, explique isso direito, diz Yaman arqueando a sobrancelha.

- Tenho um amigo de descendência russa, que faz parte das forças especiais russas, e ainda mantemos contato. Na verdade, fui padrinho de casamento dele e padrinho de seu filho mais velho. E estou pensando em pedir ajuda a ele, para mandar um de seus melhores homens para treinar nossos seguranças. Pois você sabe que dias terríveis virão com a volta de Aksak, e todo o cuidado é pouco.

- Por isso estou preocupado. Mas converse com seu amigo e forneça o que ele precisar para que nos empreste um de seus soldados. A segurança da minha família é prioridade.

- Pode deixar farei isso imediatamente. Nedim sai do escritório para cumprir sua tarefa, pensando em como o amigo tinha mudado nos últimos meses. Seher era uma mulher maravilhosa e tinha tirado Yaman da sua escuridão o trazendo para a vida. Ele era muito grato a Seher pelo o que ela fez pelo seu amigo. Então eles iriam ter a melhor segurança que ele pudesse proporcionar. Se precisasse defenderia seus amigos com a própria vida.

Enquanto isso...

Lana olhava pela janelinha do avião militar a base lá embaixo se aproximando, estava feliz, a missão tinha sido um sucesso, depois de seis meses trabalhando disfarçada, conseguiu enfim passar todas as informações para desmantelar a cédula terrorista. Infelizmente tinha se ferido no confronto, mas nada que algumas semanas de repouso e comidinha da sua querida tia não resolvesse. Já tinha decidido tirar férias, estava com muita saudade de seu querido Brasil. Calor, música, feijoada, caipirinha, queijo com marmelada, churrasco, comidinha caseira, sol, praia... Que delicia, suspira, sendo acordada de seu devaneio pelo barulho do telefone. Falando em sua tia...

- Oiii tiaaaa, atende o telefone alegre.

- Olá minha querida, como você está? Já chegou? Quando vem pra casa?

- Eita, calma. O avião tá aterrissando, estou bem e não sei quando vou pra casa. Tenho uma reunião agora com o Coronel. Depois de todo o protocolo saberei. Mas não se preocupe, assim que tiver notícias eu ligo.

- Está bem minha filha, se cuide. Beijos.

- Você também tia, se cuide. Beijos, adeus. Lana desliga o telefone emocionada. Sua querida tia Sasa era uma mulher incrível, doce e bondosa, mas ao mesmo tempo forte e decidida. Foi a única pessoa da sua família que apoiou seu sonho e sua carreira. Seus pais não queriam nem ouvir falar da única filha entrar para o serviço militar, russo ainda? Nem pensar. Sendo descendente de russo, e com avô que foi agente das forças especiais, nada mais natural para Lana que seguir a carreira dele. Ela era apaixonada pela história de vida do vovô Vladi, e decidiu seguir seus passos, mas seus pais não aceitavam de jeito nenhum, e quando ela bateu o pé e manteve sua decisão, seus pais romperam relação com ela. E assim depois de um tempo conseguiu ser aceita nas tropas especiais russas, e estava ali a 10 anos. A três anos atrás voltou a ter uma relação cordial com os pais, mas não era a mesma coisa de antes, mais uma vez a tia Sasa, conseguiu reunir a família. Devia tudo a ela.

UM AMOR BRASILEIRO - INTRODUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora