Notas iniciais:
Olá lindes!!! Obrigada por lerem a primeira parte dessa história. Espero que gostem deste segundo capítulo. Sem mais delongas.
Voilà <3-----------------------------------------------------------
Colin
Se a vida te der limões faça uma limonada. E se ela te der a oportunidade de passar uma noite a sós com a mulher que você está apaixonado secretamente há no mínimo oito anos é melhor fazer essa amizade evoluir para um relacionamento amoroso.
Me pergunto como deixei o negócio chegar a esse ponto. Eu fui de Penelope desde o momento que a vi deitada de bruços balançando os pés cruzados no ar e folheando uma dessas revistas adolescentes na cama da minha irmã, usava um vestido amarelo, brincos em formato de borboleta e os cachos ruivos estavam delicadamente caindo sobre os ombros. Penelope tinha um sorriso, aliás o sorriso ainda a acompanha, mais iluminado que testemunhei, assim que me viu ela corou e eu senti um aperto no peito.
Eu estava no primeiro ano da faculdade e logo comecei a viajar, achei que o sentimento fosse passar, ledo engano, porque toda vez que voltava, lá estava ela e lá estava meu coração dando pinotes.
Eu já estava farto de usar o pretexto de visitar Eloise frequentemente só pra conversar e admirar a beleza de sua melhor amiga. Por isso, resolvi chamar Penelope pra sair, contar que gosto dela e que não aguento mais disfarçar meus sentimentos. Daí ela apareceu com a história da promoção da rádio e a ocasião não poderia ser mais perfeita. Cutuquei, provoquei e consegui que ela aceitasse minha companhia. Verdade seja dita, teve uma mãozinha da minha irmã, mas gosto de acreditar que a decisão final se deu depois de Penelope me imaginar a devorando todinha.
Parado aqui, dentro do carro confesso estar nervoso pra porra, daqui alguns instantes ela vai surgir e eu me sinto um garotinho que vai transar pela primeira vez. E pra ser bem sincero não tenho planos de levar Penelope pra cama, não hoje, não só porque estamos indo pra um motel. Claro que se ela quiser eu não sou idiota de contrariá-la, porém quero que ela saiba que isso pra mim vai muito além de acompanhá-la para receber seu prêmio de dia dos namorados. Quero que seja especial, que seja o dia que declaro meu amor a pessoa que desejo passar o resto da minha vida. Sei que parece exagero, mas eu acredito nessas coisas de almas gêmeas e com certeza Penelope é a minha.
Falando nela, lá vem a minha metade da laranja, adoro fazer alusões a comida e hoje as frutas me parecem convenientes. Aposto que a pele de Penelope ao toque tem textura de um pêssego, ela cheira a morangos com chantily e os lábios provavelmente são suculentos com uma ameixa madura. Sei que ela tem outros sabores, mas isso requer um tempo de apreciação e degustação, espero conseguir contar com ele.
- Oi! - ela inclina o tronco para dentro da janela do carro com um sorrisinho, eu deveria parar com as analogias agora, mas o decote que ela está usando me dá a perfeita visão dos seus seios que são grandes e cheios, mangas, melões...eu nem sei qual fruta comparar. - Colin você tá bem? - ela estala os dedos na minha frente e deixo minha cesta de frutas de lado.
- Estou ótimo! - ativo o sorriso e ela cora, já disse que fico boiola quando ela cora pra mim? Destravo a porta, saio correndo, dou a volta no carro, abro a porta traseira, pego a mala pequena dela e acomodo no banco, depois abro a porta da frente e Penelope entra.
Dou a volta, me sento no meu banco e olho a mulher deslumbrante ao meu lado. Ela está vestida como se estivéssemos indo a um evento, vestido branco um pouco acima dos joelhos mangas bufantes e decote coração, uma maquiagem leve, mas nos lábios um batom vermelho. Deus, como eu queria borrar esse batom neste segundo... controle-se Colin, não assuste a sua futura namorada.
- Você está linda! - coisa certa a se dizer, não?!
-Obrigada. - Penelope desvia um pouco seu olhar do meu. - Você também está bonito. - diz tímida.
- Obrigado. Parece que tivemos a mesma ideia. - Ok... eu também me vesti como se tivesse indo à uma noite de gala. Coloquei uma camiseta preta, e por cima um blazer chumbo escuro, calça alfaiataria e sapatos sociais.
Um sorriso nasce no canto do lábio dela e logo uma gargalhada.
- Tudo isso pra passar uma noite fajuta num motel. - ela continua rindo.
- Ei, isso será memorável. - falo e Penelope cessa o riso e volta me encarar. Seus olhos azuis estão arregalados e a boca entreaberta.
- Colin, isso não é um encontro. - ela usa um tom ameno embora firme. - Você é meu amigo e tá me fazendo um favor. - meu coração diminui uns bons centímetros, eu engulo em seco. A vontade que tenho é selar nossos lábios e dizer que isso nunca foi sobre favor ou amizade, sempre foi sobre querer ela pra mim, mas normalizo a respiração e faço como alguém com o ego um tiquinho ferido faria.
- Claro Pen. Somos amigos. - dou partida no carro. - Pronta? - ela afivela o cinto de segurança, assente e eu arranco com o carro.
- Você ficou sério. - Penelope diz depois de alguns minutos escutando uma playlist que criei para ela.
- Impressão sua. - respondo seco. Fiquei chateado? Sim fiquei. - Só tô prestando atenção nas músicas.
- Ah. - ela geme e me sinto horrível por ter sido grosseiro.
- Na verdade... - começo. - queria que você soubesse que isso não é um favor.
- Mas Colin...
- Pen... - a corto, não quero que ela me desanime a fazer o que tenho planejado. - Eu tô fazendo isso porque gosto de você. - paro o carro no semáforo e a fito, ela está me olhando confusa. - E quer saber? Acho que deveríamos aproveitar pra eu explicar o quanto gosto de você. - seguro sua mão. - Janta comigo essa noite?
- Colin... nós...
- Eu fiz reservas. - me adianto em dizer. - Sai comigo e depois vemos se terminamos a noite nesse bendito motel. - arremato com um meio sorriso.
Penelope dá um longo suspiro, suas bochechas estão rosas, então ela faz que sim.
Mais cinco minutos e estaciono em frente ao restaurante preferido dela. Eu fiz a lição de casa, Eloise me contou algumas preferências de Penelope, não que eu não soubesse da maioria, mas sempre é bom se certificar.
Desço entrego a chave ao valet e abro a porta pra minha diva, deusa, feiticeira. Ofereço-lhe a mão e ela agarra com delicadeza. Penelope tem mãos pequenas e gordinhas, macias como sempre imaginei percorrendo meu corpo. Céus, eu sinto uma pontada lá embaixo, preciso controlar meus pensamos e me concentrar no momento.
- Por aqui. - caminhamos até a entrada. A hostees verifica minha reserva e nos conduz até a nossa mesa.
Penelope divide a atenção entre seguir a mulher e me olhar como quem não está acreditando.
Eu puxo sua cadeira e espero ela se acomodar, depois me sento ao seu lado, assim estaremos mais próximos e não restará dúvidas de que o que eu disse mais cedo é real, casais apaixonados preferem ficar lado a lado e eu quero que Penelope entenda que é assim que me sinto em relação a ela.
Um minuto de silêncio e ela analisa meu rosto. Passa os olhos pelos meus, depois desce pelo nariz e minha boca, certamente estou sorrindo porque ela corresponde da mesa forma.
Meu coração retoma as medidas originais, talvez até o fim da noite ele dobre de tamanho.
- Agora você pode me explicar, o que realmente tá acontecendo aqui? - vamos lá Penelope, não está mais claro como dois mais dois são quatro que eu te amo?!
Balanço minha cabeça em negação, mas continuo sorrindo.
- Hoje é dia dos namorados e esse restaurante está cheio de casais apaixonados. - aceno para alguns cantos do ambiente onde pessoas com seus parceiros trocam confidências ao pé do ouvido, carícias discretas e brindam alegremente.
- Certo, mas nós não somos namorados. - ela rebate.
- Mas eu estou apaixonado por você Penelope! - digo sem cerimônias olhando no fundo dos olhos azuis a minha frente. Ela abre os lábios, buscando ar.
- Muito bem, não vou mentir, sempre sonhei em escutar isso de você, contudo, porém , todavia... - ela expira devagar. - Eu não consigo acreditar que está acontecendo.
- Por quê? - será que é tão absurdo um cara como eu estar caidinho por uma mulher como Penelope?
- Oras, porque nós nunca falamos disso, nunca flertamos, você sempre foi meu bom amigo e de repente vem com essa, bem com essa... - ela gesticula freneticamente, está hiperventilando.
- Bomba. É isso que você quer dizer?- completo e franzo a testa, vejo ela piscar apavorada.
- Não foi isso que...
- Eu sei. - a interrompo. - Só tô brincando, Pen. Não a parte que me sinto atraído por você. - deixo claro e ela semicerra os olhos e morde o lábio inferior.
- Isso não foi engraçado, Cols. - Penelope me dá um tapinha no braço e riu.- Eu não sei o que dizer. -ela esfrega a mão no colo e eu paro o movimento a segurando firme com a minha.
- Você não precisar dizer muita coisa. Apenas aceitar.
- Aceitar, o que?
- Aceitar o cara que durante todo esse tempo que te conhece não teve coragem de admitir pra si mesmo que gostava de você, mas agora não consegue mais esconder e está disposto a tudo pra te conquistar e te provar que pode ser um bom namorado. O cara no caso sou eu. - aponto com o indicador para meu rosto. - Eu gostaria muito que você me aceitasse. - fixo meus olhos nos dela espero uma resposta, porém só escuto vozes distantes, talheres batendo contra pratos, taças se tocando. Acho que nunca fui tão sincero em relação aos meus sentimentos e agora posso surtar se ela continuar muda.
Quando Penelope esboça um movimento de lábios o garçom chega a nossa mesa. Nos cumprimenta, enche nossas taças com água e entrega os cardápios.
Eu amo comida e estou com fome, contudo fiquei levemente irritado com a falta de timing desse indivíduo.
Penelope desvia sua atenção para o menu posso quase afirmar que ela está se escondendo atrás dele, então eu faço o pedido e ela reaparece por trás da carta.
- É o meu prato preferido. - ela fala surpresa.
- Eu sei. - dou uma piscadinha e ela fica vermelha.
- Eloise? - supõe.
- Não, você sempre dizia que amava, que era de comer de joelhos e rezando. Só me lembrei. - digo galante e Penelope me fita admirada.
- E para beber? - o garçom questiona.
- Vinho, a sua melhor safra, por favor. - só vou dar um gole na bebida afinal estou dirigindo, contudo mereço o nível mínimo de álcool no sangue. Fui tão corajoso até o momento falando o que sinto, mas agora estou ansioso e pensando que talvez exagerei na dose de declaração de amor para um primeiro encontro.
- Perfeito. Volto logo. - o senhor recolhe suas coisas e sai.
Me viro para Penelope e ela está mais próxima do que antes, há um magnetismo nos atraindo para cada vez mais perto um do outro, quando dou por mim meu braço envolveu a sua cintura e uma pequena palma força minha nuca para frente. Está acontecendo e será glorioso. Nosso lábios se tocam suavemente num leve e longo selinho, rimos com nossos narizes se tocando, então Penelope me surpreende, me puxando com força, reivindicando algo mais. Eu obedeço e a beijo com paixão. Passo minha língua sobre seus lábios e ela os abre pra mim, nossas línguas se encontram numa dança envolvente, sugo e me perco no desejo. Ela é mais deliciosa do que idealizei, tem um sabor doce que me faz pensar qual o gosto das outras partes de seu corpo. Alerta vermelho, minhas calças estão ficando apertadas na braguilha. Uma mão de Penelope massageia minha nuca enquanto a outra aperta meu ombro, desliza se detendo no meu peito. Já a minha outra mão livre encontrou as coxas dela e as apalpa com entusiasmo subindo numa velocidade provocante . Estamos ficando ofegantes, escuto um gemido abafado quando meu dedo toca seu centro coberto por um tecido úmido, arfo ao imaginar que ela está pronta pra mim, é cada vez mais difícil controlarmos a situação, eu a quero e Penelope me deseja também. Só paramos com nosso amasso quente quando ouvimos um som de limpar garganta mais alto que o normal, nosso garçom retornou e aguarda mais vermelho do que um pimentão para nos servir o vinho.
Eu dou um assobio divertido passo a mão pelo cabelo e seguro minha taça para que ele deposite o líquido. O senhor mal olha em nossa direção.
Ele serve Penelope também e pede licença. Assim que dá de costas não conseguimos nos conter e gargalhamos. Penelope está tão linda e solta. Eu não tenho dúvidas agora que fiz a coisa certa.
- Eu aceito. - ela diz quando para de rir e eu abro um sorriso de orelha a orelha.
Hoje é dia dos namorados e eu estou com sorte, pois Penelope Featherington me aceitou como seu namorado, e nossa noite está apenas começando. Irra!-----------------------------------------------------------
Notas finais:
E então, o que acharam? Prometo não demorar muito para postar o final dessa mini aventura. Beijos e muito obrigada.
Taylu
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Lucky
FanfictionPenelope está com sorte! Ela vence a promoção de dia dos namorados de uma rádio local e ganha um pernoite com tudo pago num motel recém inaugurado na cidade. Colin, seu amigo e por quem alimenta um amor platônico se disponibiliza a aproveitar o prêm...