Contos de fadas sempre fora algo plausível para (Nome), principalmente ao se casar com Yuji Terushima, o qual jurava fazer dela o que sempre sonhou.
Isso era o que ela acreditava, e até certo ponto poderia se dizer que ele o fez, até a descoberta qu...
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Uma possante câimbra percorre meu braço, me fazendo gemer de dor quando o estiquei tentando alcançar aquele maldito caco de vidro em baixo do armário da cozinha, eu me levantei fazendo movimentos circulares para me alongar, tentando aliviar aquela dor aguda obviamente não só causada pela última ação, meu corpo todo é um rio de estresse
Fazia alguns meses que havia me mudado para Londres, dois que consegui meu primeiro emprego fixo como escritora, e apesar desse período considerável, aqui nesse apartamento coberto de plástico bolha e fita adesiva, é a primeira vez que decidimos guardar tudo o que restou das outras caixas, o que me fez chegar à conclusão de que eu procrastino demais para uma mulher adulta mãe de dois filhos.
-Que tal dar um tempo? Podemos pedir um chocolate quente -Lea desvia o olhar do amontoado de bichinhos de pelúcia empoeirados no canto do quarto, abrindo um sorriso pra mim, ela assentiu com a cabeça, eu estava no corredor do lado de fora apenas observando a zona que confiei à ela que pudesse dar conta sozinha, do lado esquerdo do corredor a porta de Luther também também escancarada exibia uma bagunça organizada, ele organizada a estante de livros ao lado dos bonecos de star wars. -O que acha Luther? Ovomaltine?
-Pode ser do Starbucks? -Ele pergunta, eu me virei para Lea perguntando com os olhos se podia ser.
-Tudo bem por mim.
Peguei os casacos, nos vestimos, procurei as chaves e desci o elevador, quando a porta giratória do condomínio nos empurrou para fora uma geada congelante invadiu meu nariz, eu olhei para Luther que piscava constante e rapidamente os olhos com aquele vento no rosto, Lea parecia bem, mas eu os conduzi para entrarem no rápido correndo, dei partida e liguei o aquecedor no mínimo.
No som do carro tocava "Magic! - Pilot" num som agradável, era a música favorita deles desde que os apresentei os seriados que assistia quando era mais nova, eles se apaixonaram tanto quanto eu, principalmente "Os feiticeiros de Waverly Place", que por coincidência, era o favorito do pai deles, o meu era Icarly.
-Fiquem aqui, tá muito frio lá, fora, eu já volto.
Eu abri a porta e sai de lá freneticamente já mirando diretamente na porta, fui correndo na tentativa de me esconder no frio quando esbarrei em um corpo vestido num casaco de feltro cinza, com ombreiras e uma gola sofisticada, era macio e parecia ser bem quente, e usava um cachecol marrom, ele segurou nos meus braços com firmeza.
Levantei o olhar devagar, tentando disfarçar o tremor no meu corpo pelo vento gelado no meu rosto, eu provavelmente estava vermelha igual a um pimentão, mas era por causa do frio, eu juro...
-Não precisa ter pressa, a fila tá pequena. -O exemplar do sorriso fraci e engessado foi na minha direção, os olhos brilhantes, a cabeça um pouco caída, e aquela arrogância até na vontade de ser simpático, sem falar naquele cabelo branco, por Deus.
